Autor de ataque ao STF usou bombas caseiras com 'grau de lesividade muito grande'
PF investiga como se deu o "processo produtivo" dos artefatos utilizados por Wanderley Luiz, que se explodiu na Praça dos Três Poderes A Polícia Federal apreendeu pelo menos dez bombas caseiras que teriam sido fabricados pelo homem-bomba que se explodiu em Supremo Tribunal Federal (STF). O caso aconteceu na última quinta-feira na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O material foi apreendido no corpo de Francisco Wanderley Luiz, na casa e no trailer que ele alugou na capital federal. Os explosivos eram do tipo "pipes bombs", feitos com canos de PVC recheados com pólvora, parafusos e porcas. No linguajar da perícia, trata-se de "artefatos completos", pois possuem o material explosivo, o detonador e mecanismos de acionamento que podem ser tanto remotos como manuais. A Polícia Federal colheu o depoimento nesta sexta-feira do dono da loja que vendeu fogos de artifício a Wanderley Luiz por R$ 1.500. As compras foram feitas nos dias 5 e 6 de novembro. A PF suspeita que o homem tenha adaptado os rojões para torná-los mais potentes e serem acionados de forma mais rápida. Peritos avaliam que é preciso ter conhecimento técnico para produzir essas bombas artesanais. Além de chaveiro, ele foi dono de bar e trabalhou como promotor de festas em Rio do Sul (SC). Bomba artesanal apreendida pela PF Reprodução Nesta quinta-feira, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que um dos focos da investigação é o "processo produtivo" dos artefatos explosivos. Segundo ele, as bombas artesanais tinham "grau de lesividade muito grande" e simulavam granadas. Wanderley Luiz ainda carregava consigo um extintor de incêndio cheio de combustível - segundo a PF, isso poderia ser usado como um lancha-chamas. Os explosivos não atingiram o efeito esperado porque chovia muito na Praça dos Três Poderes no dia do atentado. O homem-bomba ainda deixou alguns artefatos armados na gaveta de um armário da sua casa, que foram detonados quando um robô tocou o móvel. O chefe da PF afirmou que isso configura uma ação premeditada para matar ou ferir os policiais. A Polícia Federal quer saber se o homem contou com a ajuda de uma terceira pessoa no seu suposto plano de atacar o Supremo. Um morador de rua, que costumava dormir perto do Congresso Nacional e mantinha contato com o Wanderley Luiz, foi ouvido pela PF nesta sexta. Nos últimos dias, os policiais também ouviram a ex-mulher do homem-bomba, a dona da casa alugada por ele e alguns vizinhos. Em um vídeo sob avaliação da PF, a mulher diz que o plano do homem era matar o ministro do STF Alexandre de Moraes. Uma das linhas de investigação é que ele tramava invadir o Supremo, não conseguiu e se matou em seguida. Imagens de câmeras da Praça dos Três Poderes mostram Wanderley Luiz lançando as bombas caseiras em direção ao prédio da Corte. Depois, ele se ajoelha e se deita em cima de um artefato, que dilacera parte da sua cabeça e da sua mão. Pedaços de cano encontrados na casa do homem-bomba Patrik Camporez/ O GLOBO
PF investiga como se deu o "processo produtivo" dos artefatos utilizados por Wanderley Luiz, que se explodiu na Praça dos Três Poderes A Polícia Federal apreendeu pelo menos dez bombas caseiras que teriam sido fabricados pelo homem-bomba que se explodiu em Supremo Tribunal Federal (STF). O caso aconteceu na última quinta-feira na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O material foi apreendido no corpo de Francisco Wanderley Luiz, na casa e no trailer que ele alugou na capital federal. Os explosivos eram do tipo "pipes bombs", feitos com canos de PVC recheados com pólvora, parafusos e porcas. No linguajar da perícia, trata-se de "artefatos completos", pois possuem o material explosivo, o detonador e mecanismos de acionamento que podem ser tanto remotos como manuais. A Polícia Federal colheu o depoimento nesta sexta-feira do dono da loja que vendeu fogos de artifício a Wanderley Luiz por R$ 1.500. As compras foram feitas nos dias 5 e 6 de novembro. A PF suspeita que o homem tenha adaptado os rojões para torná-los mais potentes e serem acionados de forma mais rápida. Peritos avaliam que é preciso ter conhecimento técnico para produzir essas bombas artesanais. Além de chaveiro, ele foi dono de bar e trabalhou como promotor de festas em Rio do Sul (SC). Bomba artesanal apreendida pela PF Reprodução Nesta quinta-feira, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que um dos focos da investigação é o "processo produtivo" dos artefatos explosivos. Segundo ele, as bombas artesanais tinham "grau de lesividade muito grande" e simulavam granadas. Wanderley Luiz ainda carregava consigo um extintor de incêndio cheio de combustível - segundo a PF, isso poderia ser usado como um lancha-chamas. Os explosivos não atingiram o efeito esperado porque chovia muito na Praça dos Três Poderes no dia do atentado. O homem-bomba ainda deixou alguns artefatos armados na gaveta de um armário da sua casa, que foram detonados quando um robô tocou o móvel. O chefe da PF afirmou que isso configura uma ação premeditada para matar ou ferir os policiais. A Polícia Federal quer saber se o homem contou com a ajuda de uma terceira pessoa no seu suposto plano de atacar o Supremo. Um morador de rua, que costumava dormir perto do Congresso Nacional e mantinha contato com o Wanderley Luiz, foi ouvido pela PF nesta sexta. Nos últimos dias, os policiais também ouviram a ex-mulher do homem-bomba, a dona da casa alugada por ele e alguns vizinhos. Em um vídeo sob avaliação da PF, a mulher diz que o plano do homem era matar o ministro do STF Alexandre de Moraes. Uma das linhas de investigação é que ele tramava invadir o Supremo, não conseguiu e se matou em seguida. Imagens de câmeras da Praça dos Três Poderes mostram Wanderley Luiz lançando as bombas caseiras em direção ao prédio da Corte. Depois, ele se ajoelha e se deita em cima de um artefato, que dilacera parte da sua cabeça e da sua mão. Pedaços de cano encontrados na casa do homem-bomba Patrik Camporez/ O GLOBO
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