Ataques de Israel mataram 30 pessoas no norte de Gaza nesta sexta-feira, afirma Defesa Civil local
Área de Jabalia é cenário de intensos combates ligados a operação israelense para 'eliminar focos de resistência do Hamas'; bombardeios atingiram escolas, dizem autoridades Uma série de ataques israelenses deixou ao menos 30 mortos nesta sexta-feira nos arredores de Jabalia, cidade que é alvo de uma intensa operação de Israel para, segundo os comandantes militares, eliminar o que seria uma tentativa do grupo terrorista Hamas para reconstruir suas capacidades de combate. Na região central do enclave: Bombardeio israelense mata 28 em escola de Gaza; ataque atinge base de missão da ONU no Líbano Jardineiro de Gaza: Palestino que cultiva vegetais em meio aos escombros narra luta por sobrevivência após 1 ano de guerra Segundo um porta-voz da Defesa Civil de Gaza, citado pela agência AFP, durante a noite — tarde no Brasil — um ataque aéreo deixou 12 mortos na cidade, “incluindo mulheres e crianças”. Horas antes, o diretor do órgão para o norte de Gaza, Ahmad Kahlout, afirmou também à AFP que 18 pessoas tinham sido mortas em bombardeios contra a cidade de Jabalia e contra um campo de refugiados próximo e que leva o mesmo nome. Entre os alvos, disse Kahlout, estariam ao menos “oito escolas” que abrigam pessoas deslocadas. Um correspondente da rede al-Jazeera na Faixa de Gaza afirmou que os bombardeios causaram grandes estragos às estruturas, e as bombas deixaram crateras em áreas já devastadas por combates anteriores. Testemunhas disseram que o impacto das bombas era similar a um terremoto, e não há equipamentos adequados para resgatar as pessoas que ficaram presas nos escombros. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 61 pessoas morreram em todo o enclave nas últimas 24 horas, e outras 231 ficaram feridas. Afirma a ONU: Dois terços dos edifícios de Gaza foram destruídos ou danificados na guerra Um ano depois dos ataques do Hamas contra Israel, que deixaram cerca de 1,2 mil mortos, e do início da guerra que matou mais de 42 mil pessoas no enclave palestino, as forças israelenses deram início a uma nova operação terrestre no norte de Gaza, com o objetivo, apontam os comandantes, de eliminar uma possível ressurgência do grupo terrorista. A operação foi a terceira apenas em 2024, e assim como na última ação, em maio, milhares de civis de Jabalia e de áreas próximas, como Beit Hanoun e Beit Lahia, receberam a ordem de deixar a região — muitas dessas pessoas já tinham deixado suas casas em outras regiões de Gaza em busca de segurança, e foram mais uma vez obrigadas a se deslocar. Em entrevista à BBC, Asmaa Tayeh, moradora de Jabalia, revelou que essa era a quarta vez em que ela e sua família estavam se mudando apenas este ano. — A situação está ficando tão perigosa que não temos muita esperança de voltar — disse Asmaa à rede britânica. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirma ainda que muitos dos civis que querem deixar a região não conseguem diante do risco de serem baleados nas ruas. “Estávamos abrigados no Hospital al-Yemen al-Saeed, mas eles (Israel) o bombardearam. Cerca de 20 pessoas foram mortas. Não sei o que fazer, a qualquer momento podemos morrer. As pessoas estão morrendo de fome. Tenho medo de ficar e também tenho medo de ir embora”, disse a coordenadora de projetos do MSF na região, Sarah Vuylsteke, em depoimento publicado pela organização no X. Guerra no Oriente Médio, 1 ano: Embaixador diz que Brasil já antevia risco de conflito sério antes de ataque do Hamas a Israel Ao anunciar a operação, há quase uma semana, os militares israelenses afirmaram que ela envolveria “ataques sistemáticos e a destruição radical de estruturas terroristas”, pondo em xeque o discurso, repetido inclusive pelo chefe das Forças Armadas, de que o grupo havia sido derrotado em Gaza. — Dizem (Israel), por exemplo, que o Hamas perdeu 6 mil combatentes, mas parece estar recrutando, ou melhor, mobilizando, cerca de 6 mil membros de suas reservas — ao site Euronews Hugh Lovatt, analista político do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR). — Eles certamente não serão tão bem treinados quanto o grupo inicial, mas ainda são capazes de segurar uma arma e disparar lançadores de foguetes contra tanques israelenses.
Área de Jabalia é cenário de intensos combates ligados a operação israelense para 'eliminar focos de resistência do Hamas'; bombardeios atingiram escolas, dizem autoridades Uma série de ataques israelenses deixou ao menos 30 mortos nesta sexta-feira nos arredores de Jabalia, cidade que é alvo de uma intensa operação de Israel para, segundo os comandantes militares, eliminar o que seria uma tentativa do grupo terrorista Hamas para reconstruir suas capacidades de combate. Na região central do enclave: Bombardeio israelense mata 28 em escola de Gaza; ataque atinge base de missão da ONU no Líbano Jardineiro de Gaza: Palestino que cultiva vegetais em meio aos escombros narra luta por sobrevivência após 1 ano de guerra Segundo um porta-voz da Defesa Civil de Gaza, citado pela agência AFP, durante a noite — tarde no Brasil — um ataque aéreo deixou 12 mortos na cidade, “incluindo mulheres e crianças”. Horas antes, o diretor do órgão para o norte de Gaza, Ahmad Kahlout, afirmou também à AFP que 18 pessoas tinham sido mortas em bombardeios contra a cidade de Jabalia e contra um campo de refugiados próximo e que leva o mesmo nome. Entre os alvos, disse Kahlout, estariam ao menos “oito escolas” que abrigam pessoas deslocadas. Um correspondente da rede al-Jazeera na Faixa de Gaza afirmou que os bombardeios causaram grandes estragos às estruturas, e as bombas deixaram crateras em áreas já devastadas por combates anteriores. Testemunhas disseram que o impacto das bombas era similar a um terremoto, e não há equipamentos adequados para resgatar as pessoas que ficaram presas nos escombros. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 61 pessoas morreram em todo o enclave nas últimas 24 horas, e outras 231 ficaram feridas. Afirma a ONU: Dois terços dos edifícios de Gaza foram destruídos ou danificados na guerra Um ano depois dos ataques do Hamas contra Israel, que deixaram cerca de 1,2 mil mortos, e do início da guerra que matou mais de 42 mil pessoas no enclave palestino, as forças israelenses deram início a uma nova operação terrestre no norte de Gaza, com o objetivo, apontam os comandantes, de eliminar uma possível ressurgência do grupo terrorista. A operação foi a terceira apenas em 2024, e assim como na última ação, em maio, milhares de civis de Jabalia e de áreas próximas, como Beit Hanoun e Beit Lahia, receberam a ordem de deixar a região — muitas dessas pessoas já tinham deixado suas casas em outras regiões de Gaza em busca de segurança, e foram mais uma vez obrigadas a se deslocar. Em entrevista à BBC, Asmaa Tayeh, moradora de Jabalia, revelou que essa era a quarta vez em que ela e sua família estavam se mudando apenas este ano. — A situação está ficando tão perigosa que não temos muita esperança de voltar — disse Asmaa à rede britânica. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirma ainda que muitos dos civis que querem deixar a região não conseguem diante do risco de serem baleados nas ruas. “Estávamos abrigados no Hospital al-Yemen al-Saeed, mas eles (Israel) o bombardearam. Cerca de 20 pessoas foram mortas. Não sei o que fazer, a qualquer momento podemos morrer. As pessoas estão morrendo de fome. Tenho medo de ficar e também tenho medo de ir embora”, disse a coordenadora de projetos do MSF na região, Sarah Vuylsteke, em depoimento publicado pela organização no X. Guerra no Oriente Médio, 1 ano: Embaixador diz que Brasil já antevia risco de conflito sério antes de ataque do Hamas a Israel Ao anunciar a operação, há quase uma semana, os militares israelenses afirmaram que ela envolveria “ataques sistemáticos e a destruição radical de estruturas terroristas”, pondo em xeque o discurso, repetido inclusive pelo chefe das Forças Armadas, de que o grupo havia sido derrotado em Gaza. — Dizem (Israel), por exemplo, que o Hamas perdeu 6 mil combatentes, mas parece estar recrutando, ou melhor, mobilizando, cerca de 6 mil membros de suas reservas — ao site Euronews Hugh Lovatt, analista político do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR). — Eles certamente não serão tão bem treinados quanto o grupo inicial, mas ainda são capazes de segurar uma arma e disparar lançadores de foguetes contra tanques israelenses.
Qual é a sua reação?