Ataque israelense mata pelo menos 20 pessoas no centro de Beirute, afirmam autoridades locais
Represália de Israel contra o Hamas em Gaza matou 120 palestinos nas últimas 48 horas, afirma Ministério da Saúde do enclave Um ataque aéreo israelense no centro de Beirute matou pelo menos 20 pessoas e feriu outras 66 na madrugada de sábado, destruindo um prédio residencial e despertando moradores em toda a cidade, na mais recente atualização do Ministério da Saúde libanês, afirmando que "o trabalho de remoção [dos escombros] continuam". O ataque foi seguido por outros nos subúrbios do sul da cidade, neste caso após pedidos do Exército israelense para a retirada da população da área. Os ataques também seguem em Gaza, onde pelo menos 120 palestinos morreram nas últimas 48 horas, informou o Ministério da Saúde. Leia mais: Defesa civil de Gaza diz que 19 pessoas morreram em ataques israelenses Veja também: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda para o segundo turno no Uruguai Operações de resgate foram feitas no local do primeiro ataque na manhã de sábado, com escavadeiras removendo os escombros de um prédio de oito andares atingido. — O ataque foi tão forte que parecia que o prédio ia cair sobre nossas cabeças — disse Samir, de 60 anos, que mora em um prédio em frente ao que foi destruído. Ele contou que fugiu de casa no meio da noite com sua esposa e filhos. — Vimos duas pessoas mortas no chão... as crianças começaram a chorar, e a mãe delas ainda mais — disse ele à AFP. A Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA) informou que Beirute "acordou em meio a um massacre horrível", depois que jatos israelenses atingiram o prédio, no bairro operário de Basta, no centro de Beirute. De acordo com a NNA, os jatos israelenses lançaram seis mísseis contra a estrutura, causando "destruição generalizada em edifícios" próximos. O ataque na madrugada em Basta não foi precedido por aviso de deslocamento do Exército israelense. — É a primeira vez que acordo gritando de terror — disse Salah, morador de Basta e pai de dois filhos, à AFP, acrescentando que saiu correndo de casa com a família. Ataques semelhantes realizados sem aviso fora dos redutos tradicionais do Hezbollah tendem a ter como alvo membros de alto escalão. Segundo uma fonte de segurança libanesa à AFP, o alvo desta vez era um "alto funcionário" do movimento xiita. Fontes israelenses identificaram o combatente ao meio de comunicação al-Hadath, citado pelo Times of Israel, como Muhammad Haydar, membro do Conselho Jihad, responsável por liderar e organizar atividades militares e de segurança do grupo. Sua posição no Hezbollah não é clara. As bombas também caíram nos subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, localizado perto do aeroporto internacional da capital libanesa. Em Shiyah, um dos bairros bombardeados, um edifício foi reduzido a um monte de pedras e ferro fumegante. Ao redor, restavam apenas fachadas e janelas quebradas. No bairro de Hadath, os bombeiros combatiam as chamas nos edifícios bombardeados. Em um comunicado, o Exército israelense afirmou que os seus alvos na periferia sul eram "centros de comando do Hezbollah e outras infraestruturas terroristas". O Hezbollah ainda não se manifestou. Israel intensificou sua campanha aérea contra o grupo apoiado pelo Irã no final de setembro, além de enviar tropas terrestres que cruzaram a fronteira após quase um ano de trocas de tiros limitadas através da fronteira. O Ministério da Saúde do Líbano afirma que pelo menos 3.645 pessoas foram mortas desde outubro de 2023, quando o Hezbollah iniciou confrontos transfronteiriços com Israel em solidariedade ao aliado palestino Hamas na guerra em Gaza. A maioria das mortes ocorreu a partir de setembro deste ano. Neste sábado, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, declarou que os Estados Unidos estão empenhados em uma solução diplomática no Líbano e instou Israel a melhorar as condições "terríveis" em Gaza, durante um telefonema com o seu homólogo israelense, Israel Katz. Tanques e bombardeios em Gaza O Ministério da Saúde de Gaza afirmou neste sábado que 120 pessoas foram mortas nas últimas 48 horas. O enclave é controlado pelo Hamas desde 2007, mas os dados do ministério são considerados confiáveis pela ONU. Ao todo, a guerra em Gaza já deixou mais de 44 mil pessoas mortas, sendo a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza. O conflito, que se arrasta por mais de um ano, foi desencadeado após o ataque terrorista do Hamas contra o sul de Israel em 7 de outubro, que deixou 1,2 mil pessoas mortas, a maioria civis, e 251 reféns. A Agência de Defesa Civil de Gaza relatou neste sábado que 19 pessoas, incluindo ao menos seis menores, morreram na madrugada deste sábado por ataques aéreos israelenses e disparos de tanques na madrugada deste sábado. Mahmud Bassal, porta-voz da agência de Defesa Civil de Gaza, disse à AFP que as mortes ocorreram "em três massacres [...] entre meia noite e esta manhã" de sábado. Um deles atingiu uma casa na Cidade de Gaza, norte do território, região que as forças israelenses cercara
Represália de Israel contra o Hamas em Gaza matou 120 palestinos nas últimas 48 horas, afirma Ministério da Saúde do enclave Um ataque aéreo israelense no centro de Beirute matou pelo menos 20 pessoas e feriu outras 66 na madrugada de sábado, destruindo um prédio residencial e despertando moradores em toda a cidade, na mais recente atualização do Ministério da Saúde libanês, afirmando que "o trabalho de remoção [dos escombros] continuam". O ataque foi seguido por outros nos subúrbios do sul da cidade, neste caso após pedidos do Exército israelense para a retirada da população da área. Os ataques também seguem em Gaza, onde pelo menos 120 palestinos morreram nas últimas 48 horas, informou o Ministério da Saúde. Leia mais: Defesa civil de Gaza diz que 19 pessoas morreram em ataques israelenses Veja também: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda para o segundo turno no Uruguai Operações de resgate foram feitas no local do primeiro ataque na manhã de sábado, com escavadeiras removendo os escombros de um prédio de oito andares atingido. — O ataque foi tão forte que parecia que o prédio ia cair sobre nossas cabeças — disse Samir, de 60 anos, que mora em um prédio em frente ao que foi destruído. Ele contou que fugiu de casa no meio da noite com sua esposa e filhos. — Vimos duas pessoas mortas no chão... as crianças começaram a chorar, e a mãe delas ainda mais — disse ele à AFP. A Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA) informou que Beirute "acordou em meio a um massacre horrível", depois que jatos israelenses atingiram o prédio, no bairro operário de Basta, no centro de Beirute. De acordo com a NNA, os jatos israelenses lançaram seis mísseis contra a estrutura, causando "destruição generalizada em edifícios" próximos. O ataque na madrugada em Basta não foi precedido por aviso de deslocamento do Exército israelense. — É a primeira vez que acordo gritando de terror — disse Salah, morador de Basta e pai de dois filhos, à AFP, acrescentando que saiu correndo de casa com a família. Ataques semelhantes realizados sem aviso fora dos redutos tradicionais do Hezbollah tendem a ter como alvo membros de alto escalão. Segundo uma fonte de segurança libanesa à AFP, o alvo desta vez era um "alto funcionário" do movimento xiita. Fontes israelenses identificaram o combatente ao meio de comunicação al-Hadath, citado pelo Times of Israel, como Muhammad Haydar, membro do Conselho Jihad, responsável por liderar e organizar atividades militares e de segurança do grupo. Sua posição no Hezbollah não é clara. As bombas também caíram nos subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, localizado perto do aeroporto internacional da capital libanesa. Em Shiyah, um dos bairros bombardeados, um edifício foi reduzido a um monte de pedras e ferro fumegante. Ao redor, restavam apenas fachadas e janelas quebradas. No bairro de Hadath, os bombeiros combatiam as chamas nos edifícios bombardeados. Em um comunicado, o Exército israelense afirmou que os seus alvos na periferia sul eram "centros de comando do Hezbollah e outras infraestruturas terroristas". O Hezbollah ainda não se manifestou. Israel intensificou sua campanha aérea contra o grupo apoiado pelo Irã no final de setembro, além de enviar tropas terrestres que cruzaram a fronteira após quase um ano de trocas de tiros limitadas através da fronteira. O Ministério da Saúde do Líbano afirma que pelo menos 3.645 pessoas foram mortas desde outubro de 2023, quando o Hezbollah iniciou confrontos transfronteiriços com Israel em solidariedade ao aliado palestino Hamas na guerra em Gaza. A maioria das mortes ocorreu a partir de setembro deste ano. Neste sábado, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, declarou que os Estados Unidos estão empenhados em uma solução diplomática no Líbano e instou Israel a melhorar as condições "terríveis" em Gaza, durante um telefonema com o seu homólogo israelense, Israel Katz. Tanques e bombardeios em Gaza O Ministério da Saúde de Gaza afirmou neste sábado que 120 pessoas foram mortas nas últimas 48 horas. O enclave é controlado pelo Hamas desde 2007, mas os dados do ministério são considerados confiáveis pela ONU. Ao todo, a guerra em Gaza já deixou mais de 44 mil pessoas mortas, sendo a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza. O conflito, que se arrasta por mais de um ano, foi desencadeado após o ataque terrorista do Hamas contra o sul de Israel em 7 de outubro, que deixou 1,2 mil pessoas mortas, a maioria civis, e 251 reféns. A Agência de Defesa Civil de Gaza relatou neste sábado que 19 pessoas, incluindo ao menos seis menores, morreram na madrugada deste sábado por ataques aéreos israelenses e disparos de tanques na madrugada deste sábado. Mahmud Bassal, porta-voz da agência de Defesa Civil de Gaza, disse à AFP que as mortes ocorreram "em três massacres [...] entre meia noite e esta manhã" de sábado. Um deles atingiu uma casa na Cidade de Gaza, norte do território, região que as forças israelenses cercaram novamente para impedir, segundo alegam, o reagrupamento do Hamas. O ataque matou sete pessoas, afirmou o porta-voz, três dela menores. Um porta-voz do braço armado do Hamas, Abu Ubaida, afirmou que uma refém israelense foi morta no norte de Gaza. "A vida de outra prisioneira que costumava estar com ela continua em perigo iminente", afirmou, citado pela Reuters. O Exército israelense disse que não podia "confirmar nem refutar" a alegação. Outro ataque ocorreu em Khan Younis, no sul, e deixou seis mortos, metade menor de idade. O terceiro ataque ocorreu no centro da Faixa de Gaza, em Nuseirat, matando quatro pessoas. Tiros de tanque também mataram dois jovens em Rafah, afirmou Bassal. Enquanto o Ministério da Saúde conta apenas os corpos levados para hospitais, a Defesa Civil também conta os corpos que ainda não foram recuperados. Umm Muhammad Abu Sabla, irmã de uma das vítimas dos ataques de sábado, disse à AFP que correu até o local e encontrou "pessoas carregando partes de corpos debaixo dos escombros". — Toda a nossa vida é miséria. Que nos matem todos de uma vez para que possamos nos livrar deste sofrimento — disse a mulher de 62 anos na principal cidade do sul, Khan Yunis. A guerra criou uma crise humanitária no território sitiado, onde as pessoas enfrentam escassez generalizada de alimentos, combustível e medicamentos. Marwan al-Hams, diretor dos hospitais de campanha de Gaza, disse a jornalistas na sexta-feira que todos os hospitais no território palestino "pararão de funcionar ou reduzirão seus serviços em 48 horas devido à obstrução da entrada de combustível pela ocupação (Israel)". A ONU e outras organizações têm repetidamente denunciado as condições humanitárias, particularmente no norte de Gaza, onde Israel afirmou na sexta-feira ter matado dois comandantes envolvidos no ataque do Hamas em 7 de outubro. Prometendo impedir que o Hamas se reorganize, Israel iniciou em 6 de outubro uma nova operação aérea e terrestre no norte. O ministério da saúde de Gaza afirma que a operação matou milhares. A ONU diz que mais de 100.000 pessoas foram deslocadas da área, e um oficial disse ao Conselho de Segurança na semana passada que as pessoas "estão efetivamente morrendo de fome". Mandados 'absurdos' O Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, anunciou na quinta-feira que emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da defesa Yoav Gallant por sua condução da guerra em Gaza. O tribunal afirmou que há "motivos razoáveis" para acreditar que ambos têm "responsabilidade criminal" pelo crime de guerra de fome como método de guerra e crimes contra a humanidade, incluindo a falta de alimentos, água, eletricidade, combustível e suprimentos médicos específicos. Netanyahu reagiu furioso: "Israel rejeita com desgosto as ações e acusações absurdas e falsas feitas contra si." O TPI também emitiu um mandado contra o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, afirmando que há indícios de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, incluindo "violência sexual e baseada em gênero" contra reféns durante o ataque de 7 de outubro em Israel. Israel afirmou ter matado Deif em julho, mas o Hamas não confirmou sua morte. Desde que Israel expandiu o foco de sua guerra de Gaza para o Líbano, também intensificou ataques ao vizinho Síria, um importante canal de armas para o Hezbollah fornecidas por seu patrocinador, o Irã. O Observatório Sírio para Direitos Humanos informou na sexta-feira que ataques israelenses que visaram três locais em Palmyra no início da semana mataram 92 combatentes pró-Irã. Um desses ataques atingiu uma reunião de grupos pró-iranianos que envolvia comandantes do Hezbollah e do grupo iraquiano Al-Nujaba.
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