Astronautas 'presos' no espaço aparecem abatidos e magros em foto: veja os efeitos no corpo causados pela ausência de gravidade

Imagem divulgada pela Nasa mostra a dupla junta durante refeição; o déficit calórico e a perda da massa muscular são as principais razões Imagens dos astronautas Sunita Williams e Barry Wilmore, que estão na Estação Espacial Internacional (ISS) há 153 dias, viralizaram na internet nos últimos dias por conta da aparência dos dois. Sunita e Barry estão na ISS desde 6 de junho, quando seu Boeing Starliner apresentou problemas técnicos. A foto divulgada pela Nasa mostra a dupla junta durante uma refeição com a mulher visivelmente abatida e seu companheiro parecendo mais magro. Refeição mais importante do dia: estudo revela os alimentos do café da manhã que podem aumentar o foco e ajudar a mantê-lo satisfeito 13 ovos por dia e zero carne: conheça a dieta de 5 mil calorias que transformou o corpo de fisiculturista brasileiro De acordo com especialistas, o emagrecimento dos dois se deve ao déficit calórico “significativo” em viagens ao espaço. O corpo humano queima mais calorias do que em solo terrestre devido às baixas temperaturas e às condições adversas em geral. Contudo, a atrofia muscular é que deveria ser a maior preocupação no caso dos dois profissionais. Mas quais são as principais mudanças no corpo para quem fica tanto tempo fora da terra? Músculos e ossos Sem a força constante da gravidade sob os membros, a massa muscular e óssea diminui rapidamente no espaço. Os mais afetados são os músculos das costas, pescoço, panturrilhas e quadríceps, responsáveis pela postura, uma vez que não são mais tão exigidos e, por isso, correm o risco de atrofiar. Dentro de duas semanas, a massa muscular pode cair até 20%, chegando a 30% em missões mais longas, de três a seis meses. O mesmo ocorre com os ossos. Em seis meses, até 10% da massa óssea pode ser perdida, com a diminuição de 1 a 2% por mês, aumentando o risco de fraturas e o tempo de recuperação. Você descarta? Conheça utilidades para as cascas do limão Como alternativa, os astronautas devem fazer 2,5 horas de exercícios por dia quando estão em órbita, que incluem séries de agachamentos, remadas e supinos, além de atividades aeróbicas em esteiras e bicicletas ergométricas adaptadas ao ambiente. Perda de peso Manter um peso saudável pode ser um enorme desafio quando se está em órbita, mesmo com uma dieta balanceada e exercícios. De acordo com um estudo feito com o astronauta Scott Kelly, que voou por 340 dias na ISS enquanto seu irmão gêmeo estava na Terra, a sua massa corporal diminuiu 7% durante a missão no espaço. Após seu retorno, pesquisadores descobriram que mesmo as bactérias e fungos que viviam em seu intestino haviam sofrido alterações em comparação com o período anterior à viagem. Visão No espaço, há a tendência de que o sangue se acumule na cabeça de forma anormal, podendo se concentrar na parte posterior do olho e ao redor do nervo óptico, provocando edema. Isso pode levar a alterações na vista, como diminuição da nitidez e mudanças na estrutura do olho dentro de até duas semanas no espaço — com maiores riscos em períodos prolongados. Embora muitas delas cessem depois de um ano que os astronautas estão de volta à Terra, há relatos de alterações permanentes. Confusão neural Ainda de acordo com o estudo feito no astronauta Scott Kelly, pesquisadores notaram que a velocidade e a precisão do seu desempenho cognitivo diminuíram nos seis meses que seguiram o seu retorno — provavelmente devido a uma readaptação do cérebro à gravidade. Creatina: nova análise mostra as marcas aprovadas e reprovadas vendidas no Brasil; veja a lista completa Um outro estudo, realizado com um astronauta russo que passou 169 dias na ISS, revelou que o cérebro também pode mudar em órbita. Segundo a pesquisa, foram constatadas mudanças nos níveis de conectividade neural em partes responsáveis pela função motora, orientação e equilíbrio. Bactérias A pesquisa feita com Kelly também mostrou que bactérias e fungos que viviam no intestino dele sofreram mudanças significativas em comparação ao período anterior à missão. A alteração pode ter sido provocada por diversos fatores, como o consumo de alimentos incomuns, novas pessoas na rotina e exposição à radiação. Pele A pesquisa com Kelly também ajudou a ciência a perceber as mudanças do longo período em órbita na pele. No caso do astronauta, sua pele apresentou maior sensibilidade e erupções cutâneas nos seis dias depois do seu retorno. Para os pesquisadores, o motivo pode ser a falta de estímulos na pele no período em órbita. Genes Uma das descobertas mais significativas da viagem de Kelly foram os seus efeitos no DNA. No final de cada fita de DNA há estruturas conhecidas como telômeros, que ajudam a proteger os genes. À medida que o ser humano envelhece, essas estruturas ficam mais curtas. No entanto, pesquisas com Kelly e outros astronautas revelaram que a viagem espacial parece alterar o comprimento desses telômeros: aumentando em órbita e diminuindo mais rápido do que o normal no retorno à Terra. Câncer: mortes pel

Nov 7, 2024 - 16:32
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Astronautas 'presos' no espaço aparecem abatidos e magros em foto: veja os efeitos no corpo causados pela ausência de gravidade

Imagem divulgada pela Nasa mostra a dupla junta durante refeição; o déficit calórico e a perda da massa muscular são as principais razões Imagens dos astronautas Sunita Williams e Barry Wilmore, que estão na Estação Espacial Internacional (ISS) há 153 dias, viralizaram na internet nos últimos dias por conta da aparência dos dois. Sunita e Barry estão na ISS desde 6 de junho, quando seu Boeing Starliner apresentou problemas técnicos. A foto divulgada pela Nasa mostra a dupla junta durante uma refeição com a mulher visivelmente abatida e seu companheiro parecendo mais magro. Refeição mais importante do dia: estudo revela os alimentos do café da manhã que podem aumentar o foco e ajudar a mantê-lo satisfeito 13 ovos por dia e zero carne: conheça a dieta de 5 mil calorias que transformou o corpo de fisiculturista brasileiro De acordo com especialistas, o emagrecimento dos dois se deve ao déficit calórico “significativo” em viagens ao espaço. O corpo humano queima mais calorias do que em solo terrestre devido às baixas temperaturas e às condições adversas em geral. Contudo, a atrofia muscular é que deveria ser a maior preocupação no caso dos dois profissionais. Mas quais são as principais mudanças no corpo para quem fica tanto tempo fora da terra? Músculos e ossos Sem a força constante da gravidade sob os membros, a massa muscular e óssea diminui rapidamente no espaço. Os mais afetados são os músculos das costas, pescoço, panturrilhas e quadríceps, responsáveis pela postura, uma vez que não são mais tão exigidos e, por isso, correm o risco de atrofiar. Dentro de duas semanas, a massa muscular pode cair até 20%, chegando a 30% em missões mais longas, de três a seis meses. O mesmo ocorre com os ossos. Em seis meses, até 10% da massa óssea pode ser perdida, com a diminuição de 1 a 2% por mês, aumentando o risco de fraturas e o tempo de recuperação. Você descarta? Conheça utilidades para as cascas do limão Como alternativa, os astronautas devem fazer 2,5 horas de exercícios por dia quando estão em órbita, que incluem séries de agachamentos, remadas e supinos, além de atividades aeróbicas em esteiras e bicicletas ergométricas adaptadas ao ambiente. Perda de peso Manter um peso saudável pode ser um enorme desafio quando se está em órbita, mesmo com uma dieta balanceada e exercícios. De acordo com um estudo feito com o astronauta Scott Kelly, que voou por 340 dias na ISS enquanto seu irmão gêmeo estava na Terra, a sua massa corporal diminuiu 7% durante a missão no espaço. Após seu retorno, pesquisadores descobriram que mesmo as bactérias e fungos que viviam em seu intestino haviam sofrido alterações em comparação com o período anterior à viagem. Visão No espaço, há a tendência de que o sangue se acumule na cabeça de forma anormal, podendo se concentrar na parte posterior do olho e ao redor do nervo óptico, provocando edema. Isso pode levar a alterações na vista, como diminuição da nitidez e mudanças na estrutura do olho dentro de até duas semanas no espaço — com maiores riscos em períodos prolongados. Embora muitas delas cessem depois de um ano que os astronautas estão de volta à Terra, há relatos de alterações permanentes. Confusão neural Ainda de acordo com o estudo feito no astronauta Scott Kelly, pesquisadores notaram que a velocidade e a precisão do seu desempenho cognitivo diminuíram nos seis meses que seguiram o seu retorno — provavelmente devido a uma readaptação do cérebro à gravidade. Creatina: nova análise mostra as marcas aprovadas e reprovadas vendidas no Brasil; veja a lista completa Um outro estudo, realizado com um astronauta russo que passou 169 dias na ISS, revelou que o cérebro também pode mudar em órbita. Segundo a pesquisa, foram constatadas mudanças nos níveis de conectividade neural em partes responsáveis pela função motora, orientação e equilíbrio. Bactérias A pesquisa feita com Kelly também mostrou que bactérias e fungos que viviam no intestino dele sofreram mudanças significativas em comparação ao período anterior à missão. A alteração pode ter sido provocada por diversos fatores, como o consumo de alimentos incomuns, novas pessoas na rotina e exposição à radiação. Pele A pesquisa com Kelly também ajudou a ciência a perceber as mudanças do longo período em órbita na pele. No caso do astronauta, sua pele apresentou maior sensibilidade e erupções cutâneas nos seis dias depois do seu retorno. Para os pesquisadores, o motivo pode ser a falta de estímulos na pele no período em órbita. Genes Uma das descobertas mais significativas da viagem de Kelly foram os seus efeitos no DNA. No final de cada fita de DNA há estruturas conhecidas como telômeros, que ajudam a proteger os genes. À medida que o ser humano envelhece, essas estruturas ficam mais curtas. No entanto, pesquisas com Kelly e outros astronautas revelaram que a viagem espacial parece alterar o comprimento desses telômeros: aumentando em órbita e diminuindo mais rápido do que o normal no retorno à Terra. Câncer: mortes pela doença vão quase duplicar em todo o mundo até 2050; veja projeção Contudo, a ciência ainda não cravou os motivos para esse fenômeno. Uma das suspeitas é que a exposição à mistura de radiação durante longos períodos no espaço pode danificar o DNA. Sistema imunológico Outra descoberta a partir do estudo com Kelly foi em relação à imunidade. O astronauta americano recebeu uma série de vacinas antes, durante e depois da viagem e seu sistema reagiu normalmente. Pesquisas com outros astronautas, no entanto, mostraram uma queda no número de glóbulos brancos devido à radiação.

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