Artista de Vila Isabel e Spotify lançam podcast afrofuturista
Produção mistura ficção e realidade para refletir sobre ancestralidade, memória e futuro No Mês da Consciência Negra, a Zona Norte se destaca com a estreia de “Zumbir”, um podcast original do Spotify idealizado por Samara Costa, moradora de Vila Isabel, em parceria com Julio Angelo e a produtora Gandaia. O projeto une ficção e realidade para celebrar a ancestralidade e imaginar futuros possíveis para a comunidade negra. Cultura afro-brasileira, adaptação de clássico da literatura e infantil em forma de cordel: veja a agenda de teatro na Zona Norte do Rio Mangueira Sustentável: Associação promove educação ambiental na comunidade Com uma temporada de dez episódios, “Zumbir” mistura cinco histórias ficcionais com cinco episódios de bate-papo, nos quais os temas abordados nas narrativas são explorados mais profundamente. Os novos episódios serão lançados às segundas e quintas-feiras, com o próximo, intitulado “Mercúrio podcast”, previsto para segunda-feira (25). Neste episódio, o podcast recebe convidados para discutir assuntos relacionados ao comportamento, focando no medo. Em uma das cenas, situações inesperadas acontecem, levando o público a questionar o que é realidade e o que é ficção. Samara Costa, que além de cocriadora é diretora criativa do podcast, destaca que a mistura entre ficção e realidade é um elemento central do projeto. — Kênia Freitas (pesquisadora do afrofuturismo) diz que pessoas negras vivem uma ficção absurda no cotidiano. Cruzar essas duas dimensões surgiu como uma maneira de questionar a realidade em que vivemos, já que uma reflete a outra — pondera Samara. Samara Costa é moradora de Vila Isabel e leva para “Zumbir” sua perspectiva sobre afrofuturismo e ancestralidade Divulgação/Caroline Lima Cada episódio ficcional explora um cenário único, trazendo temas como memória, resistência e musicalidade urbana afrodiaspórica. A trilha sonora, um dos pontos altos do podcast, mistura ritmos como funk, hip-hop, samba e sons afro-latino-caribenhos. — Em “Zumbir”, o trabalho de roteiro, atuação e edição foi redobrado. Cada detalhe sonoro, do salto de uma personagem ao canto de pássaros, foi pensado para criar uma experiência imersiva, como se o ouvinte estivesse escutando um segredo ao pé do ouvido — destaca Samara. Além da ficção, o podcast traz episódios conversacionais chamados “Lado_B”, que aprofundam os debates iniciados nas narrativas. — A ficção tem um papel essencial como espelho e lente de aumento da realidade, criando um espaço seguro para explorar questões complexas — diz. Samara ressalta que “Zumbir” vai além do entretenimento, propondo uma reflexão sobre histórias pessoais e coletivas. — Espero que cada ouvinte se sinta estimulado a questionar as narrativas impostas sobre nossos corpos negros e a criar novas histórias. O afrofuturismo é mais do que um conceito artístico, é uma filosofia — conclui.
Produção mistura ficção e realidade para refletir sobre ancestralidade, memória e futuro No Mês da Consciência Negra, a Zona Norte se destaca com a estreia de “Zumbir”, um podcast original do Spotify idealizado por Samara Costa, moradora de Vila Isabel, em parceria com Julio Angelo e a produtora Gandaia. O projeto une ficção e realidade para celebrar a ancestralidade e imaginar futuros possíveis para a comunidade negra. Cultura afro-brasileira, adaptação de clássico da literatura e infantil em forma de cordel: veja a agenda de teatro na Zona Norte do Rio Mangueira Sustentável: Associação promove educação ambiental na comunidade Com uma temporada de dez episódios, “Zumbir” mistura cinco histórias ficcionais com cinco episódios de bate-papo, nos quais os temas abordados nas narrativas são explorados mais profundamente. Os novos episódios serão lançados às segundas e quintas-feiras, com o próximo, intitulado “Mercúrio podcast”, previsto para segunda-feira (25). Neste episódio, o podcast recebe convidados para discutir assuntos relacionados ao comportamento, focando no medo. Em uma das cenas, situações inesperadas acontecem, levando o público a questionar o que é realidade e o que é ficção. Samara Costa, que além de cocriadora é diretora criativa do podcast, destaca que a mistura entre ficção e realidade é um elemento central do projeto. — Kênia Freitas (pesquisadora do afrofuturismo) diz que pessoas negras vivem uma ficção absurda no cotidiano. Cruzar essas duas dimensões surgiu como uma maneira de questionar a realidade em que vivemos, já que uma reflete a outra — pondera Samara. Samara Costa é moradora de Vila Isabel e leva para “Zumbir” sua perspectiva sobre afrofuturismo e ancestralidade Divulgação/Caroline Lima Cada episódio ficcional explora um cenário único, trazendo temas como memória, resistência e musicalidade urbana afrodiaspórica. A trilha sonora, um dos pontos altos do podcast, mistura ritmos como funk, hip-hop, samba e sons afro-latino-caribenhos. — Em “Zumbir”, o trabalho de roteiro, atuação e edição foi redobrado. Cada detalhe sonoro, do salto de uma personagem ao canto de pássaros, foi pensado para criar uma experiência imersiva, como se o ouvinte estivesse escutando um segredo ao pé do ouvido — destaca Samara. Além da ficção, o podcast traz episódios conversacionais chamados “Lado_B”, que aprofundam os debates iniciados nas narrativas. — A ficção tem um papel essencial como espelho e lente de aumento da realidade, criando um espaço seguro para explorar questões complexas — diz. Samara ressalta que “Zumbir” vai além do entretenimento, propondo uma reflexão sobre histórias pessoais e coletivas. — Espero que cada ouvinte se sinta estimulado a questionar as narrativas impostas sobre nossos corpos negros e a criar novas histórias. O afrofuturismo é mais do que um conceito artístico, é uma filosofia — conclui.
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