Alice Braga sobre sexualidade: 'Me sentia pressionada a dizer se era bi, gay ou hétero quando nem eu sabia'
Em entrevista a Maria Fortuna, no videocast 'Conversa vai, conversa vem', atriz também conta o que tem pensado em relação à maternidade: 'Para mim, não passa necessariamente pelo corpo físico, e tem o papo de ativista do clima sobre ter filho no mundo de hoje...' Alice Braga conversou com a jornalista Maria Fortuna sobre a evolução da questão da sexualidade no meio artístico. Em entrevista ao videocast 'Conversa vai, conversa vem', do jornal OGLOBO, a atriz, que já namorou homens e mulheres, disse que, hoje, há uma aceitação maior das diferentes orientações sexuais em sua profissão. Tô bem: Adriana Calcanhotto toca sucesso do Jovem Dionísio no 'Conversa vai, conversa vem' Juliana Paes: Atriz revela crises de ansiedade em videocast do GLOBO; assista - Hoje, há menos preconceito, não há isso de botar numa caixinha ou num tipo de personagem - conta Alice. A atriz lembrou o início de seu despertar sexual, quando precisou lutar contra os próprios preconceitos para acolher sua sexualidade fluida. Alice Braga no estúdio do Jornal OGLOBO Reprodução - A gente fica com medo do que os outros vão achar, se pergunta: "Por que eu sou assim?". Não é uma escolha. Desejos são desejos, eu sinto, eu sou - analisa. - Quando estava descobrindo minha sexualidade, senti uma pressão grande para falar o que eu era. Nem eu sabia o que eu era. Se era bi, gay, hétero.... E tinha esse lugar do julgamento e de como o mundo olhava para isso, principalmente, na nossa profissão. Se ia virar um estereótipo ou não. Passei por esse processo no início dos meus 20 anos. Depois, passou a ser mais natural. Hoje vivo minha vida bem mais aberta. Essa abertura é resultado de muita luta de pessoas que vieram antes, reconhece Alice. - Mas ainda somos um país altamente homofóbico, transfóbico, o que é muito grave. O Brasil ainda é um dos países que mais mata pessoas trans, homossexuais e bissexuais no mundo. Falar sobre o assunto é uma forma de ajudar outros no processo de aceitação, acredita Alice. - O mais triste é pensar quantos jovens estão sofrendo com isso. Imagina as pessoas trans, viver num corpo que não sente que é o seu? Temos que estar abertos sobre isso porque é sobre o amor, sobre deixar o outro ser o que é. Durante a entrevista, Alice também refletiu sobre maternidade (ou não-maternidade) - Pensei muito nisso nos últimos anos, chegando aos 40 (ela tem 41). Nunca tinha pensado minha vida sem filhos. Pensava: "Vou ter filho". Mas aí, trabalho, trabalho. E também comecei pensar: "Quero, não quero". Não decidi se quero ser mãe, mas, para mim, a maternidade não passa, necessariamente, pelo meu corpo físico. Você pode mãe sem ser fisicamente - afirma. - A maternidade, nesse exato momento é uma questão que ainda não penso e não consegui chegar numa decisão. Não tem um "não quero ter filho", mas tem ainda um lugar em mim que questiona. Estou no momento de decidir. E também tem aquele papo de ativista do clima: é difícil hoje em dia olhar e falar: "Vou ter um filho no mundo de hoje". Dá medo.
Em entrevista a Maria Fortuna, no videocast 'Conversa vai, conversa vem', atriz também conta o que tem pensado em relação à maternidade: 'Para mim, não passa necessariamente pelo corpo físico, e tem o papo de ativista do clima sobre ter filho no mundo de hoje...' Alice Braga conversou com a jornalista Maria Fortuna sobre a evolução da questão da sexualidade no meio artístico. Em entrevista ao videocast 'Conversa vai, conversa vem', do jornal OGLOBO, a atriz, que já namorou homens e mulheres, disse que, hoje, há uma aceitação maior das diferentes orientações sexuais em sua profissão. Tô bem: Adriana Calcanhotto toca sucesso do Jovem Dionísio no 'Conversa vai, conversa vem' Juliana Paes: Atriz revela crises de ansiedade em videocast do GLOBO; assista - Hoje, há menos preconceito, não há isso de botar numa caixinha ou num tipo de personagem - conta Alice. A atriz lembrou o início de seu despertar sexual, quando precisou lutar contra os próprios preconceitos para acolher sua sexualidade fluida. Alice Braga no estúdio do Jornal OGLOBO Reprodução - A gente fica com medo do que os outros vão achar, se pergunta: "Por que eu sou assim?". Não é uma escolha. Desejos são desejos, eu sinto, eu sou - analisa. - Quando estava descobrindo minha sexualidade, senti uma pressão grande para falar o que eu era. Nem eu sabia o que eu era. Se era bi, gay, hétero.... E tinha esse lugar do julgamento e de como o mundo olhava para isso, principalmente, na nossa profissão. Se ia virar um estereótipo ou não. Passei por esse processo no início dos meus 20 anos. Depois, passou a ser mais natural. Hoje vivo minha vida bem mais aberta. Essa abertura é resultado de muita luta de pessoas que vieram antes, reconhece Alice. - Mas ainda somos um país altamente homofóbico, transfóbico, o que é muito grave. O Brasil ainda é um dos países que mais mata pessoas trans, homossexuais e bissexuais no mundo. Falar sobre o assunto é uma forma de ajudar outros no processo de aceitação, acredita Alice. - O mais triste é pensar quantos jovens estão sofrendo com isso. Imagina as pessoas trans, viver num corpo que não sente que é o seu? Temos que estar abertos sobre isso porque é sobre o amor, sobre deixar o outro ser o que é. Durante a entrevista, Alice também refletiu sobre maternidade (ou não-maternidade) - Pensei muito nisso nos últimos anos, chegando aos 40 (ela tem 41). Nunca tinha pensado minha vida sem filhos. Pensava: "Vou ter filho". Mas aí, trabalho, trabalho. E também comecei pensar: "Quero, não quero". Não decidi se quero ser mãe, mas, para mim, a maternidade não passa, necessariamente, pelo meu corpo físico. Você pode mãe sem ser fisicamente - afirma. - A maternidade, nesse exato momento é uma questão que ainda não penso e não consegui chegar numa decisão. Não tem um "não quero ter filho", mas tem ainda um lugar em mim que questiona. Estou no momento de decidir. E também tem aquele papo de ativista do clima: é difícil hoje em dia olhar e falar: "Vou ter um filho no mundo de hoje". Dá medo.
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