'Ainda estou aqui': Marcelo Rubens Paiva já não sabia quem era ator e quem era real
Amigo de uma das filhas de Rubens Paiva, o diretor Walter Salles fez uma profunda pesquisa no acervo fotográfico da família para produzir o longa Amigo de juventude de Nalu, apelido de Ana Lúcia Paiva, o diretor de “Ainda estou aqui”, Walter Salles, buscou recriar a casa que frequentou na adolescência. — A pesquisa iconográfica e as muitas fotos da família Paiva foram fundamentais para recriar os anos 1970 — recorda Salles. — Minha amizade com Nalu começou quando tínhamos 13 anos. Foi graças a ela que conheci seus pais, Rubens e Eunice, suas irmãs, Veroca, Eliana e Babiu, e seu irmão Marcelo. Revisitar o álbum da família foi muito comovente, foi um pouco como voltar ao início da adolescência, quando nós ainda não tínhamos perdido a inocência. Fernanda Torres: 'Sou uma atriz diferente depois da Eunice', afirma atriz, que se reconectou com o drama após comédias' Francis Ford Coppola: Cineasta lança filme sobre crise da República e critica Hollywood: 'Só se importam com lucro' O vasto acervo fotográfico da família Paiva, mantido por Eunice ao longo das décadas, surpreendeu até mesmo Marcelo, que só foi entender a dimensão do material quando decidiu organizar os arquivos da mãe. — Fui o curador da minha mãe quando ela ficou interditada por conta do Alzheimer. Tive que organizar todos os arquivos dela e era impressionante porque é uma pessoa muito meticulosa, organizava fotos e documentos. Eu digitalizei todas essas fotos e mandei para as minhas irmãs. Foi emocionante porque eu nem sabia que ela tinha tanto material — conta Marcelo. — Quando o Walter veio fazer a adaptação, coloquei tudo em uma caixa e confiei totalmente. Só depois soube que ele estava reproduzindo as fotos reais com os personagens, porque ele ia me mandando as imagens. Ficamos em choque, porque às vezes não reconhecíamos que eram o Selton Mello e a Fernanda Montenegro, de tão parecidos que estavam. Walter Salles no set de 'Ainda estou aqui' Divulgação/Alile Dara Onawale O ator destaca o papel das fotos no trabalho da equipe. — A fotografia é importante no filme, porque tem várias cenas em que ela está presente: como a fotografia comandada por Rubens no começo, a fotografia da revista Manchete, em que a Eunice pede para a família sorrir, e a fotografia no final com a família e Eunice já vivida por Fernanda Montenegro. O processo de reprodução de fotografias e reconstituição de época de “Ainda estou aqui” contou com o trabalho de direção de arte de Carlos Conti, de figurino de Cláudia Kopke, de maquiagem de Marisa Amenta e de caracterização de Luigi Rocchetti, entre outros nomes da equipe técnica. — É muito desafiador fazer um figurino de época já que a maioria dos tecidos não existe mais e as modelagens são bastante específicas. No caso da reprodução de fotos de época, o desafio é redobrado — diz a figurinista. — Tentei me aproximar ao máximo das fotos da família Paiva. Cheguei a recortar flores de um tecido pra colar em outro e fazer um barrado num vestido de Eunice.
Amigo de uma das filhas de Rubens Paiva, o diretor Walter Salles fez uma profunda pesquisa no acervo fotográfico da família para produzir o longa Amigo de juventude de Nalu, apelido de Ana Lúcia Paiva, o diretor de “Ainda estou aqui”, Walter Salles, buscou recriar a casa que frequentou na adolescência. — A pesquisa iconográfica e as muitas fotos da família Paiva foram fundamentais para recriar os anos 1970 — recorda Salles. — Minha amizade com Nalu começou quando tínhamos 13 anos. Foi graças a ela que conheci seus pais, Rubens e Eunice, suas irmãs, Veroca, Eliana e Babiu, e seu irmão Marcelo. Revisitar o álbum da família foi muito comovente, foi um pouco como voltar ao início da adolescência, quando nós ainda não tínhamos perdido a inocência. Fernanda Torres: 'Sou uma atriz diferente depois da Eunice', afirma atriz, que se reconectou com o drama após comédias' Francis Ford Coppola: Cineasta lança filme sobre crise da República e critica Hollywood: 'Só se importam com lucro' O vasto acervo fotográfico da família Paiva, mantido por Eunice ao longo das décadas, surpreendeu até mesmo Marcelo, que só foi entender a dimensão do material quando decidiu organizar os arquivos da mãe. — Fui o curador da minha mãe quando ela ficou interditada por conta do Alzheimer. Tive que organizar todos os arquivos dela e era impressionante porque é uma pessoa muito meticulosa, organizava fotos e documentos. Eu digitalizei todas essas fotos e mandei para as minhas irmãs. Foi emocionante porque eu nem sabia que ela tinha tanto material — conta Marcelo. — Quando o Walter veio fazer a adaptação, coloquei tudo em uma caixa e confiei totalmente. Só depois soube que ele estava reproduzindo as fotos reais com os personagens, porque ele ia me mandando as imagens. Ficamos em choque, porque às vezes não reconhecíamos que eram o Selton Mello e a Fernanda Montenegro, de tão parecidos que estavam. Walter Salles no set de 'Ainda estou aqui' Divulgação/Alile Dara Onawale O ator destaca o papel das fotos no trabalho da equipe. — A fotografia é importante no filme, porque tem várias cenas em que ela está presente: como a fotografia comandada por Rubens no começo, a fotografia da revista Manchete, em que a Eunice pede para a família sorrir, e a fotografia no final com a família e Eunice já vivida por Fernanda Montenegro. O processo de reprodução de fotografias e reconstituição de época de “Ainda estou aqui” contou com o trabalho de direção de arte de Carlos Conti, de figurino de Cláudia Kopke, de maquiagem de Marisa Amenta e de caracterização de Luigi Rocchetti, entre outros nomes da equipe técnica. — É muito desafiador fazer um figurino de época já que a maioria dos tecidos não existe mais e as modelagens são bastante específicas. No caso da reprodução de fotos de época, o desafio é redobrado — diz a figurinista. — Tentei me aproximar ao máximo das fotos da família Paiva. Cheguei a recortar flores de um tecido pra colar em outro e fazer um barrado num vestido de Eunice.
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