Agnaldo Rayol: programa dominical vai mostrar como foi a última noite do cantor, que morreu aos 86 anos

Domingo Espetacular, da Record, vai falar da carreira do artista, que sofreu uma queda em sua casa na última segunda-feira (4), em São Paulo A edição deste domingo do programa Domingo Espetacular, da Record, vai trazer detalhes inéditos da última noite de Agnaldo Rayol, cantor que morreu na última segunda-feira (4), aos 86 anos. A atração vai abordar o acidente doméstico que o vitimou, e por que tantos idosos morrem com quedas em casa. O programa, que vai ao ar às 19h45, também vai dar detalhes de como foi o resgate ao artista. Agnaldo Rayol sofreu uma queda em sua casa, no bairro de Santana, Zona Norte de São Paulo. Depois de acordar para ir ao banheiro em casa, o cantor escorregou no chão, bateu a cabeça e sofreu um corte na região do crânio. O cantor vivia com a mulher Maria Gomes — que está acamada há quatro anos, desde que foi diagnosticada com Alzheimer — e, por isso, tinha também a companhia frequente de uma cuidadora em casa. Na ocasião, ele foi ajudado por ela, que telefonou para Vanessa, filha de Agnaldo, e que mora no mesmo prédio. Foi, então, que o serviço do SAMU foi acionado. Familiares do cantor alegam que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU, demorou 40 minutos para chegar ao endereço do artista, no bairro de Santana, em São Paulo (SP). A informação foi relatada ao GLOBO pela assessoria de imprensa do carioca. Em casos graves, como este, a média do tempo de atendimento deve ser de 20 minutos, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde baseadas em padrões internacionais. Ao GLOBO, a assessoria de imprensa do artista esclareceu que Agnaldo Rayol chegou "lúcido e consciente" ao Hospital HSanp, também no bairro de Santana, para onde foi levado. No local, ele realizou exames, que indicaram um traumatismo craniano. Após apresentar piora no quadro de saúde, o artista precisou ser entubado. Ele não resistiu. Relembre a carreira do cantor O carioca começou muito cedo na música. Aos 8 anos, já cantava na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro. Ganhou projeção, no entanto, já adulto, a partir do fim dos anos 1950, com uma voz barítono, potente, de estilo operístico. Gravou seu primeiro disco, "Agnaldo Rayol", em 1958, pela gravadora Copacabana. O cantor teve uma carreira expressiva no cinema, na famosa produtora Atlântida. Fez sua estreia em 1949, no filme "Também somos irmãos", que tinha Grande Otelo no elenco e direção de José Carlos Burle. O filme é considerado um dos marcos inaugurais da discussão do racismo no cinema brasileiro. Na história, um homem que não pode ter filhos adota duas crianças brancas e duas negras. À medida que elas vão crescendo, as dificuldades sociais impostas aos negros vão se acentuando. Depois, houve uma sequência de longas, muitos deles se apresentando em números musicais, como em "Garota enxuta" (1959) e "Jeca Tatu" (1959). Viveu seu auge nos anos 1960, comandando seus próprios programas de TV como "Agnaldo e as garotas", na TV Continental, "São Paulo meu amor", "Agnaldo Rayol show" e o "Corte Rayol Show", estes três na TV Record. Estava também entre as atrações da primeira edição do lendário programa Jovem Guarda. Em 1969, ele protagonizou o filme "Agnaldo: perigo à vista". Agnaldo Rayol atendendo fãs em foto de 1968 Agência O Globo Agnaldo gravou cerca de 30 álbuns, entre LPs e CDs. Um deles foi “As minhas preferidas – na voz de Agnaldo Rayol – presidente Costa e Silva”, em 1968, com as canções favoritas do segundo presidente da ditadura militar. Em 1999, virou novamente sensação ao cantar o tema de abertura da novela da TV Globo "Terra nostra", de Benedito Ruy Barbosa. Junto com a cantora Charlotte Church, uma soprano inglesa que, na época, tinha apenas 13 anos e milhões de discos vendidos, ele entoou, em italiano, os versos de "Tormento d'amore". A canção foi composta por Marcelo Barbosa, filho do autor da novela. O sucesso da música foi tanto que ele lançou, no fim do mesmo ano, um álbum só interpretando músicas em italiano. "Minha mãe é italiana, e cresci ouvindo essas canções", disse ele ao GLOBO em 1999. "Na primeira vez em que me apresentei ao vivo, na Rádio Nacional, foi cantando 'Matinatta'". A última participação de Agnaldo na TV como ator foi em 2017 na série "Mister Brau", protagonizada por Lázaro Ramos e Taís Araújo. Ele interpretou o apresentador Tom Bob. “Foi um prazer enorme. Fiquei muito feliz de estar ao lado de pessoas que eu admiro tanto e de um programa que eu já acompanho desde o começo. Fui muito bem tratado e dirigido. Foi um momento que eu vou guardar para sempre no meu coração, como a gente guarda uma joia em uma caixinha”, disse ele, na época. Agnaldo Rayol nos bastidores de 'Mister Brau', em 2017 TV Globo O último CD e DVD do músico foi "Agnaldo Rayol e Amigos ao vivo em alto-mar", uma coletânea que teve a participação de Jerry Adriani, Simoninha, Angela Maria e outros, gravada em 2013.

Nov 10, 2024 - 09:52
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Agnaldo Rayol: programa dominical vai mostrar como foi a última noite do cantor, que morreu aos 86 anos

Domingo Espetacular, da Record, vai falar da carreira do artista, que sofreu uma queda em sua casa na última segunda-feira (4), em São Paulo A edição deste domingo do programa Domingo Espetacular, da Record, vai trazer detalhes inéditos da última noite de Agnaldo Rayol, cantor que morreu na última segunda-feira (4), aos 86 anos. A atração vai abordar o acidente doméstico que o vitimou, e por que tantos idosos morrem com quedas em casa. O programa, que vai ao ar às 19h45, também vai dar detalhes de como foi o resgate ao artista. Agnaldo Rayol sofreu uma queda em sua casa, no bairro de Santana, Zona Norte de São Paulo. Depois de acordar para ir ao banheiro em casa, o cantor escorregou no chão, bateu a cabeça e sofreu um corte na região do crânio. O cantor vivia com a mulher Maria Gomes — que está acamada há quatro anos, desde que foi diagnosticada com Alzheimer — e, por isso, tinha também a companhia frequente de uma cuidadora em casa. Na ocasião, ele foi ajudado por ela, que telefonou para Vanessa, filha de Agnaldo, e que mora no mesmo prédio. Foi, então, que o serviço do SAMU foi acionado. Familiares do cantor alegam que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU, demorou 40 minutos para chegar ao endereço do artista, no bairro de Santana, em São Paulo (SP). A informação foi relatada ao GLOBO pela assessoria de imprensa do carioca. Em casos graves, como este, a média do tempo de atendimento deve ser de 20 minutos, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde baseadas em padrões internacionais. Ao GLOBO, a assessoria de imprensa do artista esclareceu que Agnaldo Rayol chegou "lúcido e consciente" ao Hospital HSanp, também no bairro de Santana, para onde foi levado. No local, ele realizou exames, que indicaram um traumatismo craniano. Após apresentar piora no quadro de saúde, o artista precisou ser entubado. Ele não resistiu. Relembre a carreira do cantor O carioca começou muito cedo na música. Aos 8 anos, já cantava na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro. Ganhou projeção, no entanto, já adulto, a partir do fim dos anos 1950, com uma voz barítono, potente, de estilo operístico. Gravou seu primeiro disco, "Agnaldo Rayol", em 1958, pela gravadora Copacabana. O cantor teve uma carreira expressiva no cinema, na famosa produtora Atlântida. Fez sua estreia em 1949, no filme "Também somos irmãos", que tinha Grande Otelo no elenco e direção de José Carlos Burle. O filme é considerado um dos marcos inaugurais da discussão do racismo no cinema brasileiro. Na história, um homem que não pode ter filhos adota duas crianças brancas e duas negras. À medida que elas vão crescendo, as dificuldades sociais impostas aos negros vão se acentuando. Depois, houve uma sequência de longas, muitos deles se apresentando em números musicais, como em "Garota enxuta" (1959) e "Jeca Tatu" (1959). Viveu seu auge nos anos 1960, comandando seus próprios programas de TV como "Agnaldo e as garotas", na TV Continental, "São Paulo meu amor", "Agnaldo Rayol show" e o "Corte Rayol Show", estes três na TV Record. Estava também entre as atrações da primeira edição do lendário programa Jovem Guarda. Em 1969, ele protagonizou o filme "Agnaldo: perigo à vista". Agnaldo Rayol atendendo fãs em foto de 1968 Agência O Globo Agnaldo gravou cerca de 30 álbuns, entre LPs e CDs. Um deles foi “As minhas preferidas – na voz de Agnaldo Rayol – presidente Costa e Silva”, em 1968, com as canções favoritas do segundo presidente da ditadura militar. Em 1999, virou novamente sensação ao cantar o tema de abertura da novela da TV Globo "Terra nostra", de Benedito Ruy Barbosa. Junto com a cantora Charlotte Church, uma soprano inglesa que, na época, tinha apenas 13 anos e milhões de discos vendidos, ele entoou, em italiano, os versos de "Tormento d'amore". A canção foi composta por Marcelo Barbosa, filho do autor da novela. O sucesso da música foi tanto que ele lançou, no fim do mesmo ano, um álbum só interpretando músicas em italiano. "Minha mãe é italiana, e cresci ouvindo essas canções", disse ele ao GLOBO em 1999. "Na primeira vez em que me apresentei ao vivo, na Rádio Nacional, foi cantando 'Matinatta'". A última participação de Agnaldo na TV como ator foi em 2017 na série "Mister Brau", protagonizada por Lázaro Ramos e Taís Araújo. Ele interpretou o apresentador Tom Bob. “Foi um prazer enorme. Fiquei muito feliz de estar ao lado de pessoas que eu admiro tanto e de um programa que eu já acompanho desde o começo. Fui muito bem tratado e dirigido. Foi um momento que eu vou guardar para sempre no meu coração, como a gente guarda uma joia em uma caixinha”, disse ele, na época. Agnaldo Rayol nos bastidores de 'Mister Brau', em 2017 TV Globo O último CD e DVD do músico foi "Agnaldo Rayol e Amigos ao vivo em alto-mar", uma coletânea que teve a participação de Jerry Adriani, Simoninha, Angela Maria e outros, gravada em 2013.

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