Acusado por Tabata de encenar gravidade da lesão, Marçal aparece sem gesso em carreata

Empresário afirmou que retirou proteção após consulta médica nesta sexta-feira O empresário Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo nas Eleições 2024, apareceu com as duas mãos livres em carreata pelo Brás, bairro paulistano conhecido pelo comércio popular de roupas, nesta sexta-feira (4). Após uma semana com a mão direita enfaixada e outras duas com um gesso, ele relata que dispensou a proteção após consulta médica mais cedo no dia. Ontem, no debate da TV Globo, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) criticou o uso da atadura, afirmando se tratar de um “gesso cenográfico” para fins eleitorais. Marçal aderiu às faixas e ao gesso depois de sofrer uma cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) no debate da TV Cultura, em 15 de setembro. De acordo com boletim do Hospital Sírio Libanês, o ex-coach teve “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas” e recebeu alta no dia seguinte. — A doutora Tabata de Harvard disse que eu já podia tirar — ironizou o candidato do PRTB, em meio a uma tumultuada entrevista coletiva na rua Barão de Ladário, próximo ao estacionamento de um shopping. Outro episódio de desconfiança sobre Marçal a respeito da cadeirada ocorreu por conta de uma filmagem compartilhada pela sua equipe nas redes sociais em que o candidato aparece com uma máscara de oxigênio enquanto era levado para o hospital numa ambulância que transitava em alta velocidade. O candidato depois foi gravado em um jantar dizendo que a equipe queria "fazer uma cena" e que poderia ter ido correndo até o local do atendimento. A três dias do primeiro turno, Marçal realizou uma carreata pelo Brás com uma bandeira do Brasil nas costas e indicando que seria o último evento com apoiadores. Ele segue propagando a tese de que teria condições de vencer em primeira votação, no próximo domingo, 6 de outubro, mesmo com as pesquisa mostrando um cenário acirrado, com empate técnico triplo na ponta entre o empresário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). O candidato considerou o debate de ontem, da TV Globo, positivo e não soube apontar quem venceu, apenas quem avalia como perdedor, o prefeito Ricardo Nunes. Ele também desconversou sobre a tática de se mostrar uma alternativa moderada na televisão e voltou a opinar que o eleitor não vota com base em propostas, mas de acordo com perfil dos concorrentes. — O eleitor não tem a característica de votar na ideia, ele vota em quem ele confia. Tanto é que um cara igual o Ricardo Nunes, que não cumpriu metade do plano de governo, ainda tem gente que acredita nele. Não vai passar de 15% na apuração da urna. Vários líderes de partidos já estão me ligando e dizendo que, pela pesquisa, não tem como. Sobre o comício convocado por Boulos ao lado do presidente Lula (PT) neste sábado, 5 de outubro, Marçal fez pouco caso. Disse que o petista está vendo seus aliados perderem na maioria das capitais e que a visita a São Paulo seria “um favor” para os adversários, colocando “a tampa no caixão” do candidato. O ex-coach ainda não divulgou a agenda do final de semana e, mantendo mais uma vez o mistério, disse que ela envolve não dormir até o dia de votação. O objetivo, segundo ele, é lançar “três ondas em uma”, em referência ao seu método de planejar a campanha com base em factóides e outros eventos para captar a atenção do público e engajar sua militância sem precisar investir em propaganda. A respeito dos problemas do centro, prometeu um plano de revitalização do local, com apoio para reforma de imóveis tombados, e regularizar a situação dos camelôs, entre eles alguns que seriam "seus alunos" e fazem muito dinheiro.

Oct 4, 2024 - 23:59
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Acusado por Tabata de encenar gravidade da lesão, Marçal aparece sem gesso em carreata

Empresário afirmou que retirou proteção após consulta médica nesta sexta-feira O empresário Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo nas Eleições 2024, apareceu com as duas mãos livres em carreata pelo Brás, bairro paulistano conhecido pelo comércio popular de roupas, nesta sexta-feira (4). Após uma semana com a mão direita enfaixada e outras duas com um gesso, ele relata que dispensou a proteção após consulta médica mais cedo no dia. Ontem, no debate da TV Globo, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) criticou o uso da atadura, afirmando se tratar de um “gesso cenográfico” para fins eleitorais. Marçal aderiu às faixas e ao gesso depois de sofrer uma cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) no debate da TV Cultura, em 15 de setembro. De acordo com boletim do Hospital Sírio Libanês, o ex-coach teve “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas” e recebeu alta no dia seguinte. — A doutora Tabata de Harvard disse que eu já podia tirar — ironizou o candidato do PRTB, em meio a uma tumultuada entrevista coletiva na rua Barão de Ladário, próximo ao estacionamento de um shopping. Outro episódio de desconfiança sobre Marçal a respeito da cadeirada ocorreu por conta de uma filmagem compartilhada pela sua equipe nas redes sociais em que o candidato aparece com uma máscara de oxigênio enquanto era levado para o hospital numa ambulância que transitava em alta velocidade. O candidato depois foi gravado em um jantar dizendo que a equipe queria "fazer uma cena" e que poderia ter ido correndo até o local do atendimento. A três dias do primeiro turno, Marçal realizou uma carreata pelo Brás com uma bandeira do Brasil nas costas e indicando que seria o último evento com apoiadores. Ele segue propagando a tese de que teria condições de vencer em primeira votação, no próximo domingo, 6 de outubro, mesmo com as pesquisa mostrando um cenário acirrado, com empate técnico triplo na ponta entre o empresário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). O candidato considerou o debate de ontem, da TV Globo, positivo e não soube apontar quem venceu, apenas quem avalia como perdedor, o prefeito Ricardo Nunes. Ele também desconversou sobre a tática de se mostrar uma alternativa moderada na televisão e voltou a opinar que o eleitor não vota com base em propostas, mas de acordo com perfil dos concorrentes. — O eleitor não tem a característica de votar na ideia, ele vota em quem ele confia. Tanto é que um cara igual o Ricardo Nunes, que não cumpriu metade do plano de governo, ainda tem gente que acredita nele. Não vai passar de 15% na apuração da urna. Vários líderes de partidos já estão me ligando e dizendo que, pela pesquisa, não tem como. Sobre o comício convocado por Boulos ao lado do presidente Lula (PT) neste sábado, 5 de outubro, Marçal fez pouco caso. Disse que o petista está vendo seus aliados perderem na maioria das capitais e que a visita a São Paulo seria “um favor” para os adversários, colocando “a tampa no caixão” do candidato. O ex-coach ainda não divulgou a agenda do final de semana e, mantendo mais uma vez o mistério, disse que ela envolve não dormir até o dia de votação. O objetivo, segundo ele, é lançar “três ondas em uma”, em referência ao seu método de planejar a campanha com base em factóides e outros eventos para captar a atenção do público e engajar sua militância sem precisar investir em propaganda. A respeito dos problemas do centro, prometeu um plano de revitalização do local, com apoio para reforma de imóveis tombados, e regularizar a situação dos camelôs, entre eles alguns que seriam "seus alunos" e fazem muito dinheiro.

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