Smartwatch: Como Escolher o Modelo Ideal | Funcionalidades vs Autonomia

Há quase dez anos, experimentei meu primeiro gadget inteligente: a Xiaomi Mi Band 1S. Esse braccialete simples era discreto, sem tela, apenas com três LEDs para notificações e um sensor de batimentos cardíacos. Um produto básico, acessível e muito funcional.

Nos anos seguintes, a categoria de wearables se expandiu significantemente, com o surgimento das smartbands e dos smartwatches, que agora contam com telas muito maiores e diversas funcionalidades, algumas delas substituindo as funções de um smartphone.

Confesso que tive uma relação de amor e ódio com essas tecnologias. Durante minha jornada, transitei de smartbands para smartwatches, embora nem sempre tenha ficado totalmente satisfeito com essa transição. Depois de anos usando Android, decidi experimentar o iPhone, começando pelo iPhone 12 Pro Max e, posteriormente, o iPhone 13 Pro e o iPhone 14 Pro.

Ao adquirir o iPhone 12 Pro Max, optei também por um Apple Watch SE, que comprei por pouco mais de 100 euros. Um excelente negócio! Porém, admito que, a preço integral, eu provavelmente não teria feito a compra, dado meu ceticismo em relação a esse tipo de dispositivo na época.

Nos primeiros meses, utilizei o relógio para uma variedade de aplicativos, transformando-o quase em um mini smartphone. Com o tempo, todavia, a excitação inicial se dissipou e eu acabei usando o smartwatch predominantemente para notificações e chamadas.

O uso de funções como pagamento digital e navegação, embora prático, não se mostraram tão necessárias quanto eu imaginei. Criei o hábito de usar o smartphone para a maioria dessas tarefas, sentindo que o smartwatch, mesmo sendo interessante, não se tornava essencial no meu dia a dia.

Além disso, havia o incômodo de ter que carregá-lo diariamente. Muitas vezes, esquecia o carregador ao sair de casa, e quando um gadget se torna mais um item para gerenciar em vez de facilitar a vida, perde muito de sua praticidade.

Após essa experiência com o Apple Watch, percebi que muitos outros produtos interessantes surgiram no mercado, trazendo um equilíbrio mais adequado entre funcionalidades e autonomia. Em 2023 e 2024, redescobri meu interesse por smartwatches com o OnePlus Watch 2 e o Huawei Watch GT 4 (Pro). Ambos se destacam na nova categoria de dispositivos que oferecem robustez e uma autonomia admirável.

O OnePlus Watch 2, baseado no Wear OS, traz um chip duplo que garante uma excelente duração da bateria. Já o Huawei Watch, que utiliza HarmonyOS, oferece até 10 dias de autonomia, mesmo sacrificando algumas funções menores em comparação com o Apple Watch.

Recentemente, experimentei também a Fitbit Charge 6, uma smartband de alto desempenho que se destaca pelas suas capacidades de monitoramento de saúde e atividades físicas, sem a necessidade de uma tela grandiosa. Embora tenha suas limitações, como a impossibilidade de fazer chamadas, suas funções de saúde, como ECG e monitoração de estresse, têm se mostrado valiosas.

Por fim, a Xiaomi Smart Band 9 tem se destacado pela sua performance a um preço acessível, com autonomia impressionante em torno de 15 dias, consolidando-se como uma ótima opção para quem busca simplicidade e eficácia.

Em suma, a variedade e evolução dos wearables nos permitem escolher produtos que melhor se adequem às nossas necessidades. A pergunta que fica é: o que você procura em um smartwatch? Existe um equilíbrio entre funcionalidade e duração da bateria, e a escolha deve sempre levar em conta as necessidades diárias e o estilo de vida de cada um.