'Se o G20 Social der certo, nunca mais os bacanas farão reuniões sem participação do povo', diz ministro

Iniciativa inédita da presidência brasileira, evento tem o objetivo de ampliar a participação da sociedade nas discussões do grupo das maiores economias do mundo Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, a promoção do G20 Social poderá ser um dos principais legados da presidência temporária do Brasil no fórum mundial. Segundo ele, a iniciativa muda o padrão das reuniões diplomáticas, geralmente a cargo de "30 ou 40 bacanas de paletó e gravata" e "mulheres bem vestidas". — Se o G20 Social der certo, nunca mais esses bacanas farão reuniões sem a participação do povo — enfatizou durante a abertura do evento nesta quinta-feira, no auditório do Museu do Amanhã, no Rio. Tudo sobre o G20 Social: o que é, como participar e as atrações; confira G20 Social vai entregar propostas aos líderes: veja o que diz cada uma delas Iniciativa inédita da presidência brasileira, o G20 Social tem o objetivo de ampliar a participação da sociedade nas discussões do grupo das maiores economias do mundo. A sessão de abertura, no entanto, foi marcada por atrasos e uma confusão na entrada. Muitas pessoas que queriam participar como representantes da sociedade civil foram barradas. Houve bate-boca com membros da organização e profissionais da imprensa, mesmo credenciados, também tiveram a passagem impedida. O espaço tem capacidade para 374 pessoas, segundo o site do Museu do Amanhã. Segundo Macêdo, o governo da África do Sul já informou que fará o G20 Social em 2025, quando estará na presidência temporária do grupo. O evento, que acontece às vésperas da Cúpula de Líderes do G20, começou nesta quinta-feira e terá diversas atrações gratuitas e abertas ao público até sábado na Região Portuária do Rio. 'Samba e chope' Dentro do auditório, o primeiro a discursar foi o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que agradeceu ao presidente Lula pela realização do G20 na cidade, "autoeleita capital do G20", segundo ele. — A gente sente muito orgulho de ser a cara do Brasil para o mundo — declarou. Paes também fez uma brincadeira com a primeira-dama Janja Lula da Silva, dizendo que “se dependesse dela, o presidente ficaria mais aqui [no Rio de Janeiro] do que em Brasília". A fala arrancou risadas da plateia, mas pareceu não agradar muito a primeira-dama. Às vésperas do 'Janjapalooza', chuva no Rio preocupa primeira-dama: 'Vamos jogar um sabãozinho para Santa Clara' A primeira-dama Janja Lula da Silva discursou em seguida e aproveitou seu discurso para responder a brincadeira de Paes e para parabenizá-lo por seu aniversário. — Samba e chope depois na Gávea Pequena? — brincou ela, referindo-se à residência oficial do prefeito do Rio, no bairro do Alto da Boa Vista. Initial plugin text Na avaliação da primeira-dama, a insistência do país em inserir a sociedade civil no processo decisório do G20 foi o grande destaque da presidência brasileira temporária do fórum mundial. — [Essa presidência] teve uma particularidade, porque ela não foi uma presidência isolada do governo brasileiro, ela foi compartilhada com a sociedade civil, com os movimentos, com as instituições, com os grupos de engajamento — defendeu. — Acho que nunca na história recente do G20 essa presença da sociedade civil foi tão forte, foi tão potente. Tenho muito orgulho de estar aqui fazendo uma história diferente para a humanidade, esperando que a gente consiga construir um futuro mais justo e fraterno. 'Janjapalooza' A partir desta quinta-feira, a Praça Mauá receberá também o Aliança Global Festival Contra Fome e Pobreza, com 30 shows gratuitos até sábado que devem atrair cerca de 40 mil pessoas por dia, paralelamente às reuniões e conferências do G20 Social. O festival, apelidado de "Janjapalooza", em referência à primeira-dama, sua idealizadora, é inspirado em concertos internacionais como o Live Aid, realizado em 1985, nos Estados Unidos, visando a arrecadar fundos para acabar com a fome na Etiópia, e o Free Nelson Mandela Concert, realizado em 1988, em Londres, em homenagem ao 70º aniversário do líder sul-africano. A programação celebra a diversidade da cultura brasileira e reunirá grandes nomes da música nacional para engajar a todos no compromisso do Brasil de liderar a Aliança Global em defesa de "um mundo sem fome e pobreza, com transição energética, justiça climática e uma representação menos desigual". Trinta e um países finalizaram a adesão à iniciativa, apontada como a principal proposta do Brasil na presidência do G20. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), uma das organizações que atuam no apoio técnico da iniciativa, outros 27 governos enviaram pedidos de adesão à presidência brasileira e aguardam aprovação. Há ainda 50 países que sinalizaram o interesse de entrar na aliança. No sábado, o presidente Lula receberá o documento que consolida as discussões do G20 Social, além das recomendações finais de cada um dos grupos de engajamento em uma cerimônia prevista para as 11h, no Armazém da Utopia.

Nov 14, 2024 - 17:51
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'Se o G20 Social der certo, nunca mais os bacanas farão reuniões sem participação do povo', diz ministro

Iniciativa inédita da presidência brasileira, evento tem o objetivo de ampliar a participação da sociedade nas discussões do grupo das maiores economias do mundo Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, a promoção do G20 Social poderá ser um dos principais legados da presidência temporária do Brasil no fórum mundial. Segundo ele, a iniciativa muda o padrão das reuniões diplomáticas, geralmente a cargo de "30 ou 40 bacanas de paletó e gravata" e "mulheres bem vestidas". — Se o G20 Social der certo, nunca mais esses bacanas farão reuniões sem a participação do povo — enfatizou durante a abertura do evento nesta quinta-feira, no auditório do Museu do Amanhã, no Rio. Tudo sobre o G20 Social: o que é, como participar e as atrações; confira G20 Social vai entregar propostas aos líderes: veja o que diz cada uma delas Iniciativa inédita da presidência brasileira, o G20 Social tem o objetivo de ampliar a participação da sociedade nas discussões do grupo das maiores economias do mundo. A sessão de abertura, no entanto, foi marcada por atrasos e uma confusão na entrada. Muitas pessoas que queriam participar como representantes da sociedade civil foram barradas. Houve bate-boca com membros da organização e profissionais da imprensa, mesmo credenciados, também tiveram a passagem impedida. O espaço tem capacidade para 374 pessoas, segundo o site do Museu do Amanhã. Segundo Macêdo, o governo da África do Sul já informou que fará o G20 Social em 2025, quando estará na presidência temporária do grupo. O evento, que acontece às vésperas da Cúpula de Líderes do G20, começou nesta quinta-feira e terá diversas atrações gratuitas e abertas ao público até sábado na Região Portuária do Rio. 'Samba e chope' Dentro do auditório, o primeiro a discursar foi o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que agradeceu ao presidente Lula pela realização do G20 na cidade, "autoeleita capital do G20", segundo ele. — A gente sente muito orgulho de ser a cara do Brasil para o mundo — declarou. Paes também fez uma brincadeira com a primeira-dama Janja Lula da Silva, dizendo que “se dependesse dela, o presidente ficaria mais aqui [no Rio de Janeiro] do que em Brasília". A fala arrancou risadas da plateia, mas pareceu não agradar muito a primeira-dama. Às vésperas do 'Janjapalooza', chuva no Rio preocupa primeira-dama: 'Vamos jogar um sabãozinho para Santa Clara' A primeira-dama Janja Lula da Silva discursou em seguida e aproveitou seu discurso para responder a brincadeira de Paes e para parabenizá-lo por seu aniversário. — Samba e chope depois na Gávea Pequena? — brincou ela, referindo-se à residência oficial do prefeito do Rio, no bairro do Alto da Boa Vista. Initial plugin text Na avaliação da primeira-dama, a insistência do país em inserir a sociedade civil no processo decisório do G20 foi o grande destaque da presidência brasileira temporária do fórum mundial. — [Essa presidência] teve uma particularidade, porque ela não foi uma presidência isolada do governo brasileiro, ela foi compartilhada com a sociedade civil, com os movimentos, com as instituições, com os grupos de engajamento — defendeu. — Acho que nunca na história recente do G20 essa presença da sociedade civil foi tão forte, foi tão potente. Tenho muito orgulho de estar aqui fazendo uma história diferente para a humanidade, esperando que a gente consiga construir um futuro mais justo e fraterno. 'Janjapalooza' A partir desta quinta-feira, a Praça Mauá receberá também o Aliança Global Festival Contra Fome e Pobreza, com 30 shows gratuitos até sábado que devem atrair cerca de 40 mil pessoas por dia, paralelamente às reuniões e conferências do G20 Social. O festival, apelidado de "Janjapalooza", em referência à primeira-dama, sua idealizadora, é inspirado em concertos internacionais como o Live Aid, realizado em 1985, nos Estados Unidos, visando a arrecadar fundos para acabar com a fome na Etiópia, e o Free Nelson Mandela Concert, realizado em 1988, em Londres, em homenagem ao 70º aniversário do líder sul-africano. A programação celebra a diversidade da cultura brasileira e reunirá grandes nomes da música nacional para engajar a todos no compromisso do Brasil de liderar a Aliança Global em defesa de "um mundo sem fome e pobreza, com transição energética, justiça climática e uma representação menos desigual". Trinta e um países finalizaram a adesão à iniciativa, apontada como a principal proposta do Brasil na presidência do G20. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), uma das organizações que atuam no apoio técnico da iniciativa, outros 27 governos enviaram pedidos de adesão à presidência brasileira e aguardam aprovação. Há ainda 50 países que sinalizaram o interesse de entrar na aliança. No sábado, o presidente Lula receberá o documento que consolida as discussões do G20 Social, além das recomendações finais de cada um dos grupos de engajamento em uma cerimônia prevista para as 11h, no Armazém da Utopia.

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