Robô chinês encontra sinais de um oceano extinto em Marte, segundo estudo
Pesquisadores estimam que oceano foi formado por enchentes há 3,7 bilhões de anos Um veículo espacial chinês encontrou novas evidências que apoiam a teoria de que Marte já abrigou um vasto oceano, incluindo vestígios de uma antiga costa, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira. A teoria de que um oceano cobriu até um terço do Planeta Vermelho há bilhões de anos tem sido um tema de debate entre os cientistas durante décadas, e um investigador externo expressou algum ceticismo sobre as últimas descobertas. Economia espacial: entre criadores de conteúdo, blocos de Lego e 'janelas' para chegar a Marte Influencers e 'blocos' de Lego em Marte: investimento espacial privado salta US$ 12 bi em onze anos O rover Zhurong pousou em Marte em 2021, em uma planície na região de Utopia, no hemisfério norte marciano, onde já haviam sido detectados sinais de água. Desde então, tem explorado a superfície do planeta vermelho e algumas das novas descobertas da missão foram reveladas no estudo publicado na revista Nature. Bo Wu, principal autor do estudo da Universidade Politécnica de Hong Kong, disse à AFP que várias pistas sugerem que havia um oceano na área ao redor da região de pouso de Zhurong. Entre esses sinais, “cones com furos, sulcos poligonais e vestígios de fluxos”. Pesquisas anteriores sugeriram que os cones semelhantes a crateras poderiam ter surgido de vulcões de lama, que muitas vezes se formam em áreas onde antes existia água ou gelo. Os dados do rover, bem como os dados de satélite e análises na Terra, também sugerem uma linha costeira (até onde a água chegava), de acordo com o estudo. A equipe de pesquisadores estimou que o oceano foi formado por enchentes há aproximadamente 3,7 bilhões de anos. O oceano, porém, congelaria, esculpindo uma linha costeira, antes de desaparecer, há cerca de 3,4 bilhões de anos, supõem os pesquisadores. Bo enfatizou que a equipe “não afirma que suas descobertas provam definitivamente que houve um oceano em Marte”. Esse nível de certeza provavelmente exigirá uma missão para trazer algumas rochas marcianas de volta à Terra para uma inspeção mais detalhada. A costa está sempre mudando Benjamin Cardenas, um cientista que analisou outras teorias sobre um oceano marciano, mostrou-se “cético”, em declarações à AFP. Na sua opinião, os investigadores não tiveram suficientemente em conta até que ponto o forte vento marciano moveu sedimentos e desgastou rochas nos últimos bilhões de anos. “Tendemos a pensar em Marte como um lugar não muito ativo, como a Lua, mas é ativo!” disse Cardenas, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. 'Intrigante e complexa': rover da Nasa coleta rocha que pode desvendar mistério sobre existência de vida em Marte; fotos Cardenas lembrou que pesquisas anteriores sugerem que “mesmo as baixas taxas de erosão marciana” destruiriam os sinais de uma linha costeira durante um período tão longo. Bo reconheceu que o vento pode ter desgastado algumas rochas, mas observou que o impacto dos meteoritos que atingem Marte também pode “escavar rochas subterrâneas e sedimentos para a superfície de vez em quando”. Embora a teoria em geral permaneça controversa, Cardenas disse que tende a “pensar que havia um oceano em Marte”. Descobrir a verdade pode ajudar a desvendar um mistério maior: se a Terra é única no Sistema Solar com capacidade de suportar vida. “A maioria dos cientistas pensa que a vida na Terra surgiu sob o oceano, onde gases quentes e minerais subterrâneos atingiram o fundo do mar, ou muito perto do ponto de contacto entre a água e o ar”, explicou Cardenas. “Possíveis evidências de um oceano fazem o planeta parecer mais hospitaleiro”, acrescentou.
Pesquisadores estimam que oceano foi formado por enchentes há 3,7 bilhões de anos Um veículo espacial chinês encontrou novas evidências que apoiam a teoria de que Marte já abrigou um vasto oceano, incluindo vestígios de uma antiga costa, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira. A teoria de que um oceano cobriu até um terço do Planeta Vermelho há bilhões de anos tem sido um tema de debate entre os cientistas durante décadas, e um investigador externo expressou algum ceticismo sobre as últimas descobertas. Economia espacial: entre criadores de conteúdo, blocos de Lego e 'janelas' para chegar a Marte Influencers e 'blocos' de Lego em Marte: investimento espacial privado salta US$ 12 bi em onze anos O rover Zhurong pousou em Marte em 2021, em uma planície na região de Utopia, no hemisfério norte marciano, onde já haviam sido detectados sinais de água. Desde então, tem explorado a superfície do planeta vermelho e algumas das novas descobertas da missão foram reveladas no estudo publicado na revista Nature. Bo Wu, principal autor do estudo da Universidade Politécnica de Hong Kong, disse à AFP que várias pistas sugerem que havia um oceano na área ao redor da região de pouso de Zhurong. Entre esses sinais, “cones com furos, sulcos poligonais e vestígios de fluxos”. Pesquisas anteriores sugeriram que os cones semelhantes a crateras poderiam ter surgido de vulcões de lama, que muitas vezes se formam em áreas onde antes existia água ou gelo. Os dados do rover, bem como os dados de satélite e análises na Terra, também sugerem uma linha costeira (até onde a água chegava), de acordo com o estudo. A equipe de pesquisadores estimou que o oceano foi formado por enchentes há aproximadamente 3,7 bilhões de anos. O oceano, porém, congelaria, esculpindo uma linha costeira, antes de desaparecer, há cerca de 3,4 bilhões de anos, supõem os pesquisadores. Bo enfatizou que a equipe “não afirma que suas descobertas provam definitivamente que houve um oceano em Marte”. Esse nível de certeza provavelmente exigirá uma missão para trazer algumas rochas marcianas de volta à Terra para uma inspeção mais detalhada. A costa está sempre mudando Benjamin Cardenas, um cientista que analisou outras teorias sobre um oceano marciano, mostrou-se “cético”, em declarações à AFP. Na sua opinião, os investigadores não tiveram suficientemente em conta até que ponto o forte vento marciano moveu sedimentos e desgastou rochas nos últimos bilhões de anos. “Tendemos a pensar em Marte como um lugar não muito ativo, como a Lua, mas é ativo!” disse Cardenas, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. 'Intrigante e complexa': rover da Nasa coleta rocha que pode desvendar mistério sobre existência de vida em Marte; fotos Cardenas lembrou que pesquisas anteriores sugerem que “mesmo as baixas taxas de erosão marciana” destruiriam os sinais de uma linha costeira durante um período tão longo. Bo reconheceu que o vento pode ter desgastado algumas rochas, mas observou que o impacto dos meteoritos que atingem Marte também pode “escavar rochas subterrâneas e sedimentos para a superfície de vez em quando”. Embora a teoria em geral permaneça controversa, Cardenas disse que tende a “pensar que havia um oceano em Marte”. Descobrir a verdade pode ajudar a desvendar um mistério maior: se a Terra é única no Sistema Solar com capacidade de suportar vida. “A maioria dos cientistas pensa que a vida na Terra surgiu sob o oceano, onde gases quentes e minerais subterrâneos atingiram o fundo do mar, ou muito perto do ponto de contacto entre a água e o ar”, explicou Cardenas. “Possíveis evidências de um oceano fazem o planeta parecer mais hospitaleiro”, acrescentou.
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