Restrições da realeza: saiba quais as proibições alimentares dos membros da Família Real britânica
Diretrizes visam atender tanto preferências pessoais quanto questões de segurança e saúde As refeições da família real britânica seguem rígidas regras alimentares, que vão desde a ausência de carboidratos até a proibição de alimentos em eventos públicos, como relatou o ex-chef do Palácio de Buckingham, Darren McGrady, em entrevista ao The Telegraph. Essas diretrizes, segundo McGrady, atendem tanto a preferências pessoais quanto a questões de segurança e saúde. Sexo matinal: veja motivos que vão te convencer a adotar a prática antes do café da manhã Veja: Conheça antiga mansão de Lady Di que foi vendida por cerca de R$ 74 milhões em Londres; veja fotos Durante seu período de serviço, entre 1982 e 1993, McGrady observou que a rainha Elizabeth 2ª (1926-2022) mantinha uma dieta extremamente controlada, dispensando itens como batatas, arroz e massas nos jantares. Rainha Elizabeth II e integrantes da família real na sacada do Palácio de Buckingham. Daniel Leal/ AFP "Quando a rainha janta sozinha, é muito disciplinada. A regra é evitar amidos... Geralmente, ela escolhe pratos como linguado grelhado com legumes e salada," detalhou o chef em 2015, ao falar sobre o rigor da falecida soberana. A preferência pessoal influenciava também os menus dos eventos reais, que eram compostos por refeições leves e cuidadosamente equilibradas. Na ocasião, McGrady ainda brincou ao contrastar o estilo disciplinado da monarca com o de seu marido, príncipe Philip, afirmando que "a rainha come para viver, enquanto o príncipe Philip vivia para comer". Príncipe Harry, ao lado da mulher, Meghan, após evento do Jubileu de Platina da rainha Elizabeth II Matt Dunham/AFP Além de carboidratos, frutos-do-mar também estão fora do cardápio em eventos formais da família real. McGrady justificou a restrição pelo risco de intoxicação alimentar, além do possível desconforto visual em ver um membro da realeza quebrando patas de caranguejo em público, como ele observou, mencionando o príncipe William como exemplo. Foto divulgada pela Casa Real em 26 de abril de 2024 mostra o rei Charles III e a rainha Camilla no jardim do Palácio de Buckingham Millie Pilkington/Palácio de Buckingham/ AFP O foie gras, prato francês produzido com fígado de pato ou ganso, foi banido por preocupações éticas do rei Charles 3º com o bem-estar animal. McGrady comentou ainda que o alho é absolutamente proibido nos jantares oficiais, uma regra confirmada pela então duquesa da Cornualha, Camilla, em sua participação no MasterChef Austrália. Ela explicou que o ingrediente é evitado para não causar constrangimentos com o odor em eventos diplomáticos e sociais. Exceções esporádicas Apesar das normas rígidas, McGrady ressaltou que há espaço para exceções. Príncipe George, neto do rei Charles III, durante a cerimônia de coração: mudança nas tradições Mark Large / POOL / AFP O príncipe George, filho mais velho de William e Kate, é fã de pasta a carbonara, um prato italiano que foge da regra de “nada de massas” e exemplifica como as restrições são, por vezes, maleáveis conforme as circunstâncias. Café da manhã de Charles e Camilla Filho da rainha Camilla, o crítico gastronômico e escritor Tom Parker Bowles revelou à BBC como a mãe e o Rei Charles III gostam de começar o dia. Apesar de associarmos a monarquia britânica ao luxo, Bowles garantiu que o café da manhã do casal Real é "surpreendentemente simples". Ao programa BBC Breakfast, Bowles contou que a mãe gosta de um prato quente de mingau de aveia - comida muito consumida no café da manhã no Reino Unido. Ele contou que é a refeição favorita de Camilla e Charles nos dias frios. Primeira foto oficial da família real britânica após coroação do rei Charles III e da rainha Camilla Divulgação / Palácio de Buckingham Para finalizar, a rainha adiciona uma porção generosa de mel natural, produzido pela própria Camilla na sua residência em Wiltshire. "É apenas um bom e tradicional mingau, feito com leite, creme e um pouco de mel", afirmou. Bowles é autor de um livro de receitas intitulado "Cooking and the Crown", (cozinhando e Coroa, em tradução livre), que fala sobre alimentação e comida na família real britânica desde o reinado da Rainha Vitória (1837- 1901), passando por Edward VII, em 1936, até Charles e Camilla. Mulher de Charles III, Camilla Parker será conhecida como Rainha Consorte Jane Barlow / POOL / AFP Os reinados mais antigos, marcados por banquetes e refeições elaboradas, são abordados no livro. Bowles explicou que durante os jantares da Rainha Vitória, eram servidos seis pratos: dois tipos de sopa, peixes, prato principal, relevés (carnes assadas), rotis (geralmente aves menores como codornas, assadas) e entremets, uma seleção de vegetais e pudins. O crítico gastronômico explicou que essa rotina é muito diferente das dietas simples e saudáveis de Charles e Camilla, assim como da Rainha Elizabeth II, que morreu em setembro de 2022. Bowles afirmou que a então monarca "não era uma grande apreciadora de comida". "[Ela] ficav
Diretrizes visam atender tanto preferências pessoais quanto questões de segurança e saúde As refeições da família real britânica seguem rígidas regras alimentares, que vão desde a ausência de carboidratos até a proibição de alimentos em eventos públicos, como relatou o ex-chef do Palácio de Buckingham, Darren McGrady, em entrevista ao The Telegraph. Essas diretrizes, segundo McGrady, atendem tanto a preferências pessoais quanto a questões de segurança e saúde. Sexo matinal: veja motivos que vão te convencer a adotar a prática antes do café da manhã Veja: Conheça antiga mansão de Lady Di que foi vendida por cerca de R$ 74 milhões em Londres; veja fotos Durante seu período de serviço, entre 1982 e 1993, McGrady observou que a rainha Elizabeth 2ª (1926-2022) mantinha uma dieta extremamente controlada, dispensando itens como batatas, arroz e massas nos jantares. Rainha Elizabeth II e integrantes da família real na sacada do Palácio de Buckingham. Daniel Leal/ AFP "Quando a rainha janta sozinha, é muito disciplinada. A regra é evitar amidos... Geralmente, ela escolhe pratos como linguado grelhado com legumes e salada," detalhou o chef em 2015, ao falar sobre o rigor da falecida soberana. A preferência pessoal influenciava também os menus dos eventos reais, que eram compostos por refeições leves e cuidadosamente equilibradas. Na ocasião, McGrady ainda brincou ao contrastar o estilo disciplinado da monarca com o de seu marido, príncipe Philip, afirmando que "a rainha come para viver, enquanto o príncipe Philip vivia para comer". Príncipe Harry, ao lado da mulher, Meghan, após evento do Jubileu de Platina da rainha Elizabeth II Matt Dunham/AFP Além de carboidratos, frutos-do-mar também estão fora do cardápio em eventos formais da família real. McGrady justificou a restrição pelo risco de intoxicação alimentar, além do possível desconforto visual em ver um membro da realeza quebrando patas de caranguejo em público, como ele observou, mencionando o príncipe William como exemplo. Foto divulgada pela Casa Real em 26 de abril de 2024 mostra o rei Charles III e a rainha Camilla no jardim do Palácio de Buckingham Millie Pilkington/Palácio de Buckingham/ AFP O foie gras, prato francês produzido com fígado de pato ou ganso, foi banido por preocupações éticas do rei Charles 3º com o bem-estar animal. McGrady comentou ainda que o alho é absolutamente proibido nos jantares oficiais, uma regra confirmada pela então duquesa da Cornualha, Camilla, em sua participação no MasterChef Austrália. Ela explicou que o ingrediente é evitado para não causar constrangimentos com o odor em eventos diplomáticos e sociais. Exceções esporádicas Apesar das normas rígidas, McGrady ressaltou que há espaço para exceções. Príncipe George, neto do rei Charles III, durante a cerimônia de coração: mudança nas tradições Mark Large / POOL / AFP O príncipe George, filho mais velho de William e Kate, é fã de pasta a carbonara, um prato italiano que foge da regra de “nada de massas” e exemplifica como as restrições são, por vezes, maleáveis conforme as circunstâncias. Café da manhã de Charles e Camilla Filho da rainha Camilla, o crítico gastronômico e escritor Tom Parker Bowles revelou à BBC como a mãe e o Rei Charles III gostam de começar o dia. Apesar de associarmos a monarquia britânica ao luxo, Bowles garantiu que o café da manhã do casal Real é "surpreendentemente simples". Ao programa BBC Breakfast, Bowles contou que a mãe gosta de um prato quente de mingau de aveia - comida muito consumida no café da manhã no Reino Unido. Ele contou que é a refeição favorita de Camilla e Charles nos dias frios. Primeira foto oficial da família real britânica após coroação do rei Charles III e da rainha Camilla Divulgação / Palácio de Buckingham Para finalizar, a rainha adiciona uma porção generosa de mel natural, produzido pela própria Camilla na sua residência em Wiltshire. "É apenas um bom e tradicional mingau, feito com leite, creme e um pouco de mel", afirmou. Bowles é autor de um livro de receitas intitulado "Cooking and the Crown", (cozinhando e Coroa, em tradução livre), que fala sobre alimentação e comida na família real britânica desde o reinado da Rainha Vitória (1837- 1901), passando por Edward VII, em 1936, até Charles e Camilla. Mulher de Charles III, Camilla Parker será conhecida como Rainha Consorte Jane Barlow / POOL / AFP Os reinados mais antigos, marcados por banquetes e refeições elaboradas, são abordados no livro. Bowles explicou que durante os jantares da Rainha Vitória, eram servidos seis pratos: dois tipos de sopa, peixes, prato principal, relevés (carnes assadas), rotis (geralmente aves menores como codornas, assadas) e entremets, uma seleção de vegetais e pudins. O crítico gastronômico explicou que essa rotina é muito diferente das dietas simples e saudáveis de Charles e Camilla, assim como da Rainha Elizabeth II, que morreu em setembro de 2022. Bowles afirmou que a então monarca "não era uma grande apreciadora de comida". "[Ela] ficava igualmente satisfeita com um bolinho de peixe com salmão, um curry suave ou ovos mexidos com torradas." Galerias Relacionadas
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