Qual será o futuro de Kamala após perder para Trump? Saiba quais são as seis possíveis opções
Seus amigos, assessores e aliados políticos dizem que é muito cedo para a vice-presidente sequer contemplar seu próximo passo na carreira, mas a especulação já começou Em 74 dias, a vice-presidente Kamala Harris deixará o cargo, sem planos concretos sobre o que fazer a seguir ou como proceder como cidadã fora do meio público pela primeira vez desde que foi eleita promotora distrital de São Francisco em 2003. Amigos, assessores e aliados políticos disseram, após sua derrota para o ex-presidente Donald Trump, que é cedo demais para contemplar, quanto mais planejar, a próxima fase de sua vida, exceto afirmar que a democrata terá muitas opções. Kamala Harris pode ter perdido a eleição devido seus 'gestos'? Especialistas em linguagem corporal explicam Temida, durona e trabalho 'nas sombras': Quem é Susie Wiles, indicada por Trump para ser a 1ª mulher chefe de Gabinete Assim como outros candidatos presidenciais derrotados antes dela, Kamala está enfrentando uma brusca mudança política. Na manhã de terça-feira, ela era a líder do Partido Democrata e amplamente vista como seu futuro. Na quinta-feira, autoridades disseram, de maneira privada, que esperavam que ela continuasse engajada, mas assumiram que o partido queria se afastar da era Biden o quanto antes. — Acredito que ela é mais respeitada do que nunca dentro de nosso partido — disse a vice-governadora Eleni Kounalakis, da Califórnia, uma aliada de longa data. — Acho que a verdadeira questão é o que ela quer fazer. Agora, tenho certeza de que ela está apenas tentando assimilar tudo. Mas não tenho dúvidas de que ela terá uma resposta para isso nos próximos meses. Aqui estão seis opções para Kamala enquanto ela contempla seu futuro pós-vice-Presidência. Esperar e se candidatar novamente em 2028 Os democratas não costumam apoiar seus candidatos presidenciais derrotados para tentar novamente. Após sua derrota em 2016, Hillary Clinton passou a ser vista como uma candidata com falhas. Embora mantenha uma boa relação com doadores, quando chegou o momento de Kamala usá-la como substituta em eventos, Hillary realizou um evento em Tampa, longe de um estado-pivô. A vice-presidente Kamala Harris fala com membros da imprensa após chegar a Kalamazoo, Michigan, em 26 de outubro de 2024 Erin Schaff/The New York Times/26-10-2024 John Kerry retornou ao Senado e depois tornou-se secretário de Estado. Al Gore cogitou brevemente se candidatar à Presidência novamente em 2004, mas posteriormente endossou Howard Dean nas primárias democratas. Não há razão para acreditar que os democratas estão ansiosos para nomear Kamala como candidata em 2028, especialmente considerando a vitória expressiva de Trump no Colégio Eleitoral. Ela recebeu a indicação em 2024 em parte porque o presidente Joe Biden deixou a corrida muito tarde para que o partido organizasse uma eleição primária adequada. De pária a presidente eleito: Como Trump (re)construiu seu caminho de volta à Casa Branca Mas quatro anos é muito tempo na política. Kamala tem acesso à maior rede de doadores do partido e poderia contar com o arrependimento nacional caso o segundo mandato de Trump seja tão caótico e prejudicial ao país como ela previu. Candidatar-se a um cargo menor Retornar ao Senado é teoricamente uma opção, mas improvável: no próximo ano, a Califórnia terá dois senadores em seus primeiros mandatos completos, que dificilmente renunciarão. A Califórnia também terá uma corrida para governador em 2026. Mesmo assim, Kamala poderia hesitar em competir contra outros democratas como Eleni Kounalakis, que já está na corrida. Eleições EUA: Por que as pesquisas erraram e não previram a vitória com folga de Trump? Se o fizesse, Kamala não seria a primeira vice-presidente a concorrer ao governo da Califórnia após perder uma eleição presidencial. Richard Nixon foi derrotado na eleição presidencial de 1960 e depois para governador dois anos depois. Ao perder, Nixon disse aos repórteres: "Vocês não terão Nixon para chutar novamente, porque, senhores, esta é minha última coletiva de imprensa." Seis anos depois, Nixon finalmente venceu a Casa Branca, embora as coisas não tenham saído muito bem depois disso. Entrar para o setor privado Como disse várias vezes na campanha, Kamala teve apenas um cliente em toda a sua carreira: o povo. Muitas pessoas com bastante dinheiro e interesses em Washington e na Califórnia estariam dispostas a contratá-la caso ela decidisse se juntar a um escritório de advocacia ou uma empresa de lobby. Monetizar uma carreira em Washington é uma prática tão comum que o recrutamento de membros do Congresso que estão saindo ou que foram derrotados começa antes mesmo de deixarem o cargo. No entanto, embora fosse muito lucrativo, Kamala provavelmente evitaria seguir na área de lobby ou advocacia corporativa, caso tenha planos de se candidatar à Presidência novamente. Trabalhar em advocacia ou ingressar em um think tank Durante administrações republicanas, o Center for American Progress em Washington tem sido
Seus amigos, assessores e aliados políticos dizem que é muito cedo para a vice-presidente sequer contemplar seu próximo passo na carreira, mas a especulação já começou Em 74 dias, a vice-presidente Kamala Harris deixará o cargo, sem planos concretos sobre o que fazer a seguir ou como proceder como cidadã fora do meio público pela primeira vez desde que foi eleita promotora distrital de São Francisco em 2003. Amigos, assessores e aliados políticos disseram, após sua derrota para o ex-presidente Donald Trump, que é cedo demais para contemplar, quanto mais planejar, a próxima fase de sua vida, exceto afirmar que a democrata terá muitas opções. Kamala Harris pode ter perdido a eleição devido seus 'gestos'? Especialistas em linguagem corporal explicam Temida, durona e trabalho 'nas sombras': Quem é Susie Wiles, indicada por Trump para ser a 1ª mulher chefe de Gabinete Assim como outros candidatos presidenciais derrotados antes dela, Kamala está enfrentando uma brusca mudança política. Na manhã de terça-feira, ela era a líder do Partido Democrata e amplamente vista como seu futuro. Na quinta-feira, autoridades disseram, de maneira privada, que esperavam que ela continuasse engajada, mas assumiram que o partido queria se afastar da era Biden o quanto antes. — Acredito que ela é mais respeitada do que nunca dentro de nosso partido — disse a vice-governadora Eleni Kounalakis, da Califórnia, uma aliada de longa data. — Acho que a verdadeira questão é o que ela quer fazer. Agora, tenho certeza de que ela está apenas tentando assimilar tudo. Mas não tenho dúvidas de que ela terá uma resposta para isso nos próximos meses. Aqui estão seis opções para Kamala enquanto ela contempla seu futuro pós-vice-Presidência. Esperar e se candidatar novamente em 2028 Os democratas não costumam apoiar seus candidatos presidenciais derrotados para tentar novamente. Após sua derrota em 2016, Hillary Clinton passou a ser vista como uma candidata com falhas. Embora mantenha uma boa relação com doadores, quando chegou o momento de Kamala usá-la como substituta em eventos, Hillary realizou um evento em Tampa, longe de um estado-pivô. A vice-presidente Kamala Harris fala com membros da imprensa após chegar a Kalamazoo, Michigan, em 26 de outubro de 2024 Erin Schaff/The New York Times/26-10-2024 John Kerry retornou ao Senado e depois tornou-se secretário de Estado. Al Gore cogitou brevemente se candidatar à Presidência novamente em 2004, mas posteriormente endossou Howard Dean nas primárias democratas. Não há razão para acreditar que os democratas estão ansiosos para nomear Kamala como candidata em 2028, especialmente considerando a vitória expressiva de Trump no Colégio Eleitoral. Ela recebeu a indicação em 2024 em parte porque o presidente Joe Biden deixou a corrida muito tarde para que o partido organizasse uma eleição primária adequada. De pária a presidente eleito: Como Trump (re)construiu seu caminho de volta à Casa Branca Mas quatro anos é muito tempo na política. Kamala tem acesso à maior rede de doadores do partido e poderia contar com o arrependimento nacional caso o segundo mandato de Trump seja tão caótico e prejudicial ao país como ela previu. Candidatar-se a um cargo menor Retornar ao Senado é teoricamente uma opção, mas improvável: no próximo ano, a Califórnia terá dois senadores em seus primeiros mandatos completos, que dificilmente renunciarão. A Califórnia também terá uma corrida para governador em 2026. Mesmo assim, Kamala poderia hesitar em competir contra outros democratas como Eleni Kounalakis, que já está na corrida. Eleições EUA: Por que as pesquisas erraram e não previram a vitória com folga de Trump? Se o fizesse, Kamala não seria a primeira vice-presidente a concorrer ao governo da Califórnia após perder uma eleição presidencial. Richard Nixon foi derrotado na eleição presidencial de 1960 e depois para governador dois anos depois. Ao perder, Nixon disse aos repórteres: "Vocês não terão Nixon para chutar novamente, porque, senhores, esta é minha última coletiva de imprensa." Seis anos depois, Nixon finalmente venceu a Casa Branca, embora as coisas não tenham saído muito bem depois disso. Entrar para o setor privado Como disse várias vezes na campanha, Kamala teve apenas um cliente em toda a sua carreira: o povo. Muitas pessoas com bastante dinheiro e interesses em Washington e na Califórnia estariam dispostas a contratá-la caso ela decidisse se juntar a um escritório de advocacia ou uma empresa de lobby. Monetizar uma carreira em Washington é uma prática tão comum que o recrutamento de membros do Congresso que estão saindo ou que foram derrotados começa antes mesmo de deixarem o cargo. No entanto, embora fosse muito lucrativo, Kamala provavelmente evitaria seguir na área de lobby ou advocacia corporativa, caso tenha planos de se candidatar à Presidência novamente. Trabalhar em advocacia ou ingressar em um think tank Durante administrações republicanas, o Center for American Progress em Washington tem sido um ponto de apoio para futuros membros de administrações democratas e potenciais candidatos. Mas juntar-se a um think tank existente pode ser um movimento pequeno para alguém que esteve prestes a ocupar o Salão Oval. Até a posse: Transição de poder já tem gargalos, e lealdade é fator básico para compor o 'team Trump' Criar uma nova organização em sua imagem seria uma tarefa árdua, exigindo substancial arrecadação de fundos de doadores democratas cansados e frustrados com o desastre eleitoral de 2024. Antes de iniciar uma carreira em advocacia ou em um think tank, Kamala precisaria decidir o que, especificamente, deseja defender. Sua campanha presidencial foi amplamente um exercício de promoção das políticas da administração Biden. Em 2025, estará livre dessa camisa de força política e poderá priorizar novamente as questões que desejar. — Ela fornece imenso valor ao partido — disse a deputada Barbara Lee, da Califórnia. — Sua formação, seu entendimento de políticas interseccionais e sua habilidade para construir coalizões são seus maiores pontos fortes. Ela é uma lutadora pelo povo. Ela já ajudou e continuará a ajudar a melhorar a vida de todos, independentemente de sua origem. Seja qual for seu próximo passo, sei que continuará a inspirar. Escrever um livro Não faltará interesse de editoras em publicar as reflexões de Kamala sobre sua experiência na administração Biden e na disputa contra Trump. Hillary Clinton escreveu um livro intitulado "What happened" ("O que aconteceu"") após ser derrotada por Trump em 2016. Al Gore mergulhou na defesa ambiental e produziu o documentário "An inconvenient truth" ("Uma verdade inconveniente"). Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo A sinceridade de Kamala sobre seus sentimentos provavelmente será inversamente proporcional ao seu interesse em disputar cargos públicos novamente. Mas o público terá enorme interesse em saber o que ela realmente pensava sobre trabalhar com um presidente idoso e perder uma eleição para um homem que descreveu como uma ameaça fascista à democracia. Cuidar de si mesma — e fazer uma caminhada A única pista sobre os planos de Kamala após a eleição é seu aparente desejo de passar mais tempo comendo alimentos que não estejam dentro de um avião de campanha. — Planejo engordar um pouco depois que isso acabar — disse ela em 27 de outubro em uma livraria na Pensilvânia. — Eles estão me fazendo trabalhar até os ossos. Ela também poderia imitar Hillary. Dias após perder para Trump em 2016, a ex-secretária de Estado foi vista por uma colega de caminhada em uma trilha perto de sua casa em Chappaqua, Nova York. Bill Clinton tirou uma foto que a mulher posteriormente compartilhou no Facebook, onde viralizou. Kamala ainda tem 10 semanas para morar no Observatório Naval, cujas instalações não são conhecidas por boas trilhas. Mas o Rock Creek Park em Washington está próximo, com quilômetros de trilhas agradáveis para que a vice-presidente ou seus apoiadores aliviem o estresse pós-eleitoral caminhando.
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