PT traça estratégias para o 2º turno e decide que pode apoiar candidatos fora da base de Lula, desde que não ataquem o governo
Partido definiu prioridades e determinou que irá contra a "extrema direita" onde não tiver representantes A Executiva Nacional do PT se reuniu nesta terça-feira para debater os resultados do partido no primeiro turno das eleições de 2024 e montar estratégias para o segundo turno. São 13 candidatos petistas que disputam a segunda fase da disputa municipal, além de Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pela legenda em São Paulo e definido como prioridade do PT. Em relação às disputas de segundo turno nas capitais que não têm candidatos do PT, integrantes da cúpula da sigla entendem que há uma prioridade a nomes que apoiam a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, mas, caso isso não seja possível, é determinado o endosso a candidatos que tenham uma boa relação com o governo federal e não ataquem a administração de Lula. Na visão de petistas, alguns encaminhamentos vão acontecer naturalmente, como o apoio a Fuad Noman (PSD) contra Bruno Engler (PL) em Belo Horizonte, e a aliança com Igor Normando (MDB) contra Eder Mauro (PL) em Belém. Nessas duas cidades, candidatos do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentam nomes bancados por ministros do presidente Lula. Por outro lado, há situações mais difíceis e que vão exigir mais conversas para decidir como o PT vai lidar com a disputa. Um exemplo é Curitiba, onde o segundo turno é disputado entre Eduardo Pimentel (PSD), que tem o PL na vice, e Cristina Graeml (PMB), que representa uma direita radical e conseguiu um vídeo de endosso de Bolsonaro a sua candidatura. Questionado sobre o cenário difícil no segundo turno nas capitais, onde nenhum dos candidatos petistas avançou em primeiro lugar no primeiro turno, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP), secretário de Comunicação do partido, disse que os candidatos ainda podem ganhar. – Tem lugar que é fácil e perde, tem lugar que é difícil e ganha. O importante é que nós vamos entrar de cabeça para ganhar a eleição nessas cidades. Uma nova reunião do PT, dessa vez do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), foi chamada para amanhã para avançar com as discussões nas cidades. Integrantes do grupo, que é coordenado pelo senador Humberto Costa (PE), também ainda vão ouvir os líderes locais da sigla para tomar uma decisão nas eleições. Em nota após a reunião, o PT disse que a "principal tarefa" no segundo turno "é fortalecer as campanhas nas 13 cidades em que estamos disputando [o segundo turno]" e "lutar com todas as forças pela vitória de Boulos e Marta [Suplicy, do PT, candidata a vice]". A legenda decidiu que para todos os candidatos do partido no segundo turno serão repassados o teto máximo de verba do fundo eleitoral a que a legenda tem direito. Natália Bonavides em Natal, Evandro Leitão em Fortaleza, Maria do Rosário em Porto Alegre e Lúdio Cabral em Cuiabá representam o partido nas capitais nas eleições que vão ser definidas no final do mês. A nota também diz que vai estar do lado contrário da "extrema direita" em todas as cidades em que o PT não estiver no segundo turno. "Vamos nos engajar nas campanhas de candidatos de outros partidos nas cidades onde haverá segundo turno contra candidatos da extrema direita, sem vacilações. O PT sempre teve lado, o lado do Brasil e do povo, e nunca se omitiu na defesa da democracia". A legenda reconheceu que há um avanço de partidos de direita e centro-direita nas prefeituras do país, mas também citou que houve avanços entre os seus filiados em meio às adversidades. "O resultado do primeiro turno de 2024 aponta o início da recuperação eleitoral do PT nos municípios, num cenário que mais uma vez favoreceu a eleição ou reeleição de candidatos das legendas da centro-direita e direita dominantes no Congresso Nacional, com acesso a emendas parlamentares bilionárias e no comando das máquinas públicas municipais. O alto índice de reeleições, que beira os 80% nas cidades que mais receberam emendas parlamentares, confirma essa distorção no sistema político", disse o partido. O PT também contabilizou como vitórias as reeleições de João Campos (PSB) no Recife e de Eduardo Paes (PSD) no Rio, que tiveram o PT em suas coligações.
Partido definiu prioridades e determinou que irá contra a "extrema direita" onde não tiver representantes A Executiva Nacional do PT se reuniu nesta terça-feira para debater os resultados do partido no primeiro turno das eleições de 2024 e montar estratégias para o segundo turno. São 13 candidatos petistas que disputam a segunda fase da disputa municipal, além de Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pela legenda em São Paulo e definido como prioridade do PT. Em relação às disputas de segundo turno nas capitais que não têm candidatos do PT, integrantes da cúpula da sigla entendem que há uma prioridade a nomes que apoiam a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, mas, caso isso não seja possível, é determinado o endosso a candidatos que tenham uma boa relação com o governo federal e não ataquem a administração de Lula. Na visão de petistas, alguns encaminhamentos vão acontecer naturalmente, como o apoio a Fuad Noman (PSD) contra Bruno Engler (PL) em Belo Horizonte, e a aliança com Igor Normando (MDB) contra Eder Mauro (PL) em Belém. Nessas duas cidades, candidatos do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentam nomes bancados por ministros do presidente Lula. Por outro lado, há situações mais difíceis e que vão exigir mais conversas para decidir como o PT vai lidar com a disputa. Um exemplo é Curitiba, onde o segundo turno é disputado entre Eduardo Pimentel (PSD), que tem o PL na vice, e Cristina Graeml (PMB), que representa uma direita radical e conseguiu um vídeo de endosso de Bolsonaro a sua candidatura. Questionado sobre o cenário difícil no segundo turno nas capitais, onde nenhum dos candidatos petistas avançou em primeiro lugar no primeiro turno, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP), secretário de Comunicação do partido, disse que os candidatos ainda podem ganhar. – Tem lugar que é fácil e perde, tem lugar que é difícil e ganha. O importante é que nós vamos entrar de cabeça para ganhar a eleição nessas cidades. Uma nova reunião do PT, dessa vez do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), foi chamada para amanhã para avançar com as discussões nas cidades. Integrantes do grupo, que é coordenado pelo senador Humberto Costa (PE), também ainda vão ouvir os líderes locais da sigla para tomar uma decisão nas eleições. Em nota após a reunião, o PT disse que a "principal tarefa" no segundo turno "é fortalecer as campanhas nas 13 cidades em que estamos disputando [o segundo turno]" e "lutar com todas as forças pela vitória de Boulos e Marta [Suplicy, do PT, candidata a vice]". A legenda decidiu que para todos os candidatos do partido no segundo turno serão repassados o teto máximo de verba do fundo eleitoral a que a legenda tem direito. Natália Bonavides em Natal, Evandro Leitão em Fortaleza, Maria do Rosário em Porto Alegre e Lúdio Cabral em Cuiabá representam o partido nas capitais nas eleições que vão ser definidas no final do mês. A nota também diz que vai estar do lado contrário da "extrema direita" em todas as cidades em que o PT não estiver no segundo turno. "Vamos nos engajar nas campanhas de candidatos de outros partidos nas cidades onde haverá segundo turno contra candidatos da extrema direita, sem vacilações. O PT sempre teve lado, o lado do Brasil e do povo, e nunca se omitiu na defesa da democracia". A legenda reconheceu que há um avanço de partidos de direita e centro-direita nas prefeituras do país, mas também citou que houve avanços entre os seus filiados em meio às adversidades. "O resultado do primeiro turno de 2024 aponta o início da recuperação eleitoral do PT nos municípios, num cenário que mais uma vez favoreceu a eleição ou reeleição de candidatos das legendas da centro-direita e direita dominantes no Congresso Nacional, com acesso a emendas parlamentares bilionárias e no comando das máquinas públicas municipais. O alto índice de reeleições, que beira os 80% nas cidades que mais receberam emendas parlamentares, confirma essa distorção no sistema político", disse o partido. O PT também contabilizou como vitórias as reeleições de João Campos (PSB) no Recife e de Eduardo Paes (PSD) no Rio, que tiveram o PT em suas coligações.
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