PF envia ao STF relatório final do inquérito do golpe e indicia Bolsonaro
Documento tem 884 páginas e aponta envolvimento de 37 pessoas em trama golpista A Polícia Federal (PF) enviou ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o relatório final do inquérito que apura se houve tentativa de golpe de Estado no país após a eleição presidencial de 2022. A lista de indiciados é encabeçada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento tem 884 páginas e aponta, no total, o envolvimento de 37 pessoas na trama golpista, incluindo o ex-ministro Walter Braga Netto. Eles foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. De acordo com a PF, a investigação apurou a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder. Segundo nota da PF, a apuração indicou que os investigados se estruturaram por meio de "divisão de tarefas" e foi possível, assim, individualizar condutas. A apuração identificou a atuação de seis grupos: Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado; Núcleo Jurídico; Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas; Núcleo de Inteligência Paralela; e Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas. O relatório sustenta haver indícios de que Bolsonaro sabia do plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes em 2022, segundo integrantes da PF a par do texto. A aliados, Bolsonaro nega que tinha conhecimento. A investigação foi iniciada ainda em janeiro de 2023. Há expectativa de que o sigilo do relatório e de outras peças que compõem a investigação seja levantado em breve. Ex-ajudante de ordens e homem de confiança de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, cuja colaboração premiada foi decisiva no avanço da investigação, começou a prestar depoimento, às 14h, a Moraes. A audiência foi marcada após a PF enviar à Corte um relatório com informações sobre omissões de Cid, o que pode prejudicar o acordo de delação premiada firmado entre a corporação e o tenente-coronel.
Documento tem 884 páginas e aponta envolvimento de 37 pessoas em trama golpista A Polícia Federal (PF) enviou ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o relatório final do inquérito que apura se houve tentativa de golpe de Estado no país após a eleição presidencial de 2022. A lista de indiciados é encabeçada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento tem 884 páginas e aponta, no total, o envolvimento de 37 pessoas na trama golpista, incluindo o ex-ministro Walter Braga Netto. Eles foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. De acordo com a PF, a investigação apurou a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder. Segundo nota da PF, a apuração indicou que os investigados se estruturaram por meio de "divisão de tarefas" e foi possível, assim, individualizar condutas. A apuração identificou a atuação de seis grupos: Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado; Núcleo Jurídico; Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas; Núcleo de Inteligência Paralela; e Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas. O relatório sustenta haver indícios de que Bolsonaro sabia do plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes em 2022, segundo integrantes da PF a par do texto. A aliados, Bolsonaro nega que tinha conhecimento. A investigação foi iniciada ainda em janeiro de 2023. Há expectativa de que o sigilo do relatório e de outras peças que compõem a investigação seja levantado em breve. Ex-ajudante de ordens e homem de confiança de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, cuja colaboração premiada foi decisiva no avanço da investigação, começou a prestar depoimento, às 14h, a Moraes. A audiência foi marcada após a PF enviar à Corte um relatório com informações sobre omissões de Cid, o que pode prejudicar o acordo de delação premiada firmado entre a corporação e o tenente-coronel.
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