Para ex-premier britânico Tony Blair, Irã é o principal foco de instabilidade no Oriente Médio
Político acredita que é um erro isolar a China nas discussões sobre conflitos; para ele, país asiático pode ajudar a encontrar um modo de coexistência pacífica O ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse nesta segunda-feira que o principal foco de instabilidade no Oriente Médio, em sua visão, é o Irã, que vem financiando grupos como o Hezbollah e o Hamas. Segundo ele, que já foi mais de 300 vezes à região, depois que deixou o governo, esses grupos atuam em outros países como a Síria e o Iraque. Portanto, afirmou, resolver o problema do conflito entre Isreal e esses grupos em Gaza não é resolver o problema por inteiro. Irã: país precisaria de muito mais do que semanas para construir uma bomba nuclear — Muitas pessoas enxergam a possibilidade que o conflito no Oriente Médio tem potencial para escalar globalmente. Mas espero que se possa achar um ponto de equilíbrio para acabar com a guerra em Gaza. Na minha visão, a principal fonte de instabilidade no Oriente Médio é a República Islâmica do Irã, que vem financiando grupos como o Hezbollah e Hamas para atuar em outros países. Portanto, resolver o conflito em Gaza não é resolver o problema por inteiro — disse Blair, que participou em São Paulo do evento Global Voices, promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que reúne políticos e economistas falando de temas do Brasil e globais. O encontro acontece no Palácio Tangará, hotel da capital paulista. Blair afirmou que há também a guerra na Ucrânia, que acontece às portas da Europa, e envolve um país que faz parte do Conselho de Segurança da ONU (a Rússia) e um país que nunca representou risco de ameaça (a Ucrânia). O ex-primeiro ministro britânico lembrou que o presidente eleito nos EUA, Donald Trump, disse que acabaria com esse conflito. — O Irã construiu uma fábrica de drones na Rússia. E a Rússia tem tropas da Coréia do Norte lutando em território ucraniano. Espero que isso possa ser resolvido. E acho um erro isolar a China nessa discussão. Precisamos da China para encontrar um modo de coexistência, que reduza essas tensões — disse Blair. Ele acredita que não é intenção da China trabalhar ao lado de países como Rússia, Irã ou Coréia do Norte. Ele afirma que essas 'tendências preocupantes' vão demandar muita diplomacia para serem resolvidas. Produtividade com tecnologia Blair falou de outros temas, como o avanço da Inteligência Artificial e que a tecnologia ajudará a trazer produtividade às empresas e aos países. — A tecnologia é a resposta para a produtividade. Qualquer empresa vai ter que utilizar a Inteligência Artificial. Não tem jeito — afirmou o ex-premiê britânico. Blair disse que o potencial do Brasil é enorme em diversas frentes, entre elas produção de petróleo, turismo, agro. Ele lembrou que o país enfrenta desafios macroeconômicos, como outros países, mas lembrou que a economia vai crescer mais de 2% esste ano e a inflação deve ficar em torno de 3%. — A dívida pública brasileira pode parecer elevada, mas comparada a outros países não é tão alta — afirmou. Educação se torna cada vez mais importante Ele destacou ainda que a educação é extremamente importante e vai se tornar cada vez mais, já que sem esse pilar as pessoas terão dificuldade de se adaptar ao novo mundo tecnológico. — Não podemos ter uma situação onde só a elite é instruída e a grande parcela da população não recebe educação de qualidade. E a tecnologia vai ajudar a oferecer mais educação — afirmou. Blair disse que no mundo dos negócios cabe ao governo criar as condições para que as pessoas tenham confiança em abrir um negócio. —Os governos precisam criar um ambiente propício aos negócios, de confiança no futuro. Os governos não criam empregos e as pessoas não podem ver os governantes como abstáculo aos negócios. Precisam tê-los ao seu lado — observou o político, lembrando que é preciso também oferecer infraestrutura aos negócios, inclusive a digital. Blair disse que fazer reformas num país — como ele mesmo tentou fazer na educação do Reino Unido — ou como a reforma a tributária no Brasil, é um processo difícil, mas que seu conselho é que os políticos pensem como cidadãos quando foram fazer as reformas. — Temos regras e regulações e algumas não fazem sentido. Então, digo para as pessoas pensarem nessas reformas não como políticos, mas como se estivessem tocando uma empresa ou como pais que querem a melhor educação para seus filhos — explicou. Ele afirmou que, independente da ideologia de um governo (mais pró-mercado ou com mais intervenção do Estado) os cidadãos esperam que os governantes melhorem suas vidas. — As pessoas não estão interessadas em direita ou esquerda. Elas querem que os governos foquem em algo que funcione — disse. Depois que deixou o governo, Tny Blair criou um insituto com mais de mil funcionários – o Tony Blair Institute for Global Change – que atua em mais de 40 países ajudando políticos que estão assumindo o poder a aprenderem as melhores práticas de liderança.
Político acredita que é um erro isolar a China nas discussões sobre conflitos; para ele, país asiático pode ajudar a encontrar um modo de coexistência pacífica O ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse nesta segunda-feira que o principal foco de instabilidade no Oriente Médio, em sua visão, é o Irã, que vem financiando grupos como o Hezbollah e o Hamas. Segundo ele, que já foi mais de 300 vezes à região, depois que deixou o governo, esses grupos atuam em outros países como a Síria e o Iraque. Portanto, afirmou, resolver o problema do conflito entre Isreal e esses grupos em Gaza não é resolver o problema por inteiro. Irã: país precisaria de muito mais do que semanas para construir uma bomba nuclear — Muitas pessoas enxergam a possibilidade que o conflito no Oriente Médio tem potencial para escalar globalmente. Mas espero que se possa achar um ponto de equilíbrio para acabar com a guerra em Gaza. Na minha visão, a principal fonte de instabilidade no Oriente Médio é a República Islâmica do Irã, que vem financiando grupos como o Hezbollah e Hamas para atuar em outros países. Portanto, resolver o conflito em Gaza não é resolver o problema por inteiro — disse Blair, que participou em São Paulo do evento Global Voices, promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que reúne políticos e economistas falando de temas do Brasil e globais. O encontro acontece no Palácio Tangará, hotel da capital paulista. Blair afirmou que há também a guerra na Ucrânia, que acontece às portas da Europa, e envolve um país que faz parte do Conselho de Segurança da ONU (a Rússia) e um país que nunca representou risco de ameaça (a Ucrânia). O ex-primeiro ministro britânico lembrou que o presidente eleito nos EUA, Donald Trump, disse que acabaria com esse conflito. — O Irã construiu uma fábrica de drones na Rússia. E a Rússia tem tropas da Coréia do Norte lutando em território ucraniano. Espero que isso possa ser resolvido. E acho um erro isolar a China nessa discussão. Precisamos da China para encontrar um modo de coexistência, que reduza essas tensões — disse Blair. Ele acredita que não é intenção da China trabalhar ao lado de países como Rússia, Irã ou Coréia do Norte. Ele afirma que essas 'tendências preocupantes' vão demandar muita diplomacia para serem resolvidas. Produtividade com tecnologia Blair falou de outros temas, como o avanço da Inteligência Artificial e que a tecnologia ajudará a trazer produtividade às empresas e aos países. — A tecnologia é a resposta para a produtividade. Qualquer empresa vai ter que utilizar a Inteligência Artificial. Não tem jeito — afirmou o ex-premiê britânico. Blair disse que o potencial do Brasil é enorme em diversas frentes, entre elas produção de petróleo, turismo, agro. Ele lembrou que o país enfrenta desafios macroeconômicos, como outros países, mas lembrou que a economia vai crescer mais de 2% esste ano e a inflação deve ficar em torno de 3%. — A dívida pública brasileira pode parecer elevada, mas comparada a outros países não é tão alta — afirmou. Educação se torna cada vez mais importante Ele destacou ainda que a educação é extremamente importante e vai se tornar cada vez mais, já que sem esse pilar as pessoas terão dificuldade de se adaptar ao novo mundo tecnológico. — Não podemos ter uma situação onde só a elite é instruída e a grande parcela da população não recebe educação de qualidade. E a tecnologia vai ajudar a oferecer mais educação — afirmou. Blair disse que no mundo dos negócios cabe ao governo criar as condições para que as pessoas tenham confiança em abrir um negócio. —Os governos precisam criar um ambiente propício aos negócios, de confiança no futuro. Os governos não criam empregos e as pessoas não podem ver os governantes como abstáculo aos negócios. Precisam tê-los ao seu lado — observou o político, lembrando que é preciso também oferecer infraestrutura aos negócios, inclusive a digital. Blair disse que fazer reformas num país — como ele mesmo tentou fazer na educação do Reino Unido — ou como a reforma a tributária no Brasil, é um processo difícil, mas que seu conselho é que os políticos pensem como cidadãos quando foram fazer as reformas. — Temos regras e regulações e algumas não fazem sentido. Então, digo para as pessoas pensarem nessas reformas não como políticos, mas como se estivessem tocando uma empresa ou como pais que querem a melhor educação para seus filhos — explicou. Ele afirmou que, independente da ideologia de um governo (mais pró-mercado ou com mais intervenção do Estado) os cidadãos esperam que os governantes melhorem suas vidas. — As pessoas não estão interessadas em direita ou esquerda. Elas querem que os governos foquem em algo que funcione — disse. Depois que deixou o governo, Tny Blair criou um insituto com mais de mil funcionários – o Tony Blair Institute for Global Change – que atua em mais de 40 países ajudando políticos que estão assumindo o poder a aprenderem as melhores práticas de liderança.
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