OMS aprova segunda vacina contra a mpox
Aval foi concedido ao imunizante japonês LC16m8 após o governo do país anunciar doação de três milhões de doses para a República Democrática do Congo (RDC), nação mais afetada pelo surto atual da doença A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu aval nesta terça-feira a uma segunda vacina contra a mpox. A dose, chamada LC16m8, foi desenvolvida pela farmacêutica japonesa KM Biologics e teve o uso emergencial aprovado para indivíduos a partir de um ano de idade. Em setembro, a OMS havia concedido o sinal verde, também em regime de emergência, ao imunizante da fabricante dinamarquesa Bavarian Nordic, conhecido como Jynneos ou Imvanex, para adultos. Seu uso foi ampliado para adolescentes de 12 a 17 anos em outubro. Segundo a organização, o novo aval para a LC16m8 foi baseado em informações fornecidas pela fabricante e na análise da agência reguladora japonesa, que já havia aprovado a vacina. A OMS destaca ainda que a dose foi usada no Japão durante surtos anteriores de mpox e “demonstrou ser segura e eficaz, inclusive em pessoas que vivem com HIV”. A aprovação é especialmente importante após o governo do Japão ter anunciado a doação de 3,05 milhões de doses da vacina para a República Democrática do Congo (RDC), país mais afetado pelo surto atual da mpox. O número de imunizantes é o maior doado por qualquer país em resposta à atual emergência da doença. “A inclusão da vacina LC16m8 contra a mpox na lista de uso emergencial da OMS marca um passo significativo em nossa resposta à emergência atual, oferecendo uma nova opção para proteger todas as populações, inclusive as crianças”, diz Yukiko Nakatani, diretora-geral adjunta da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde, em comunicado. “As vacinas são uma das ferramentas importantes para ajudar a conter o surto como parte de uma estratégia de resposta abrangente que também inclui testes e diagnósticos aprimorados, tratamento e cuidados, controle de prevenção de infecções e envolvimento e educação nas comunidades afetadas”, continua. A OMS explica que a LC16m8 é contraindicada para gestantes e pessoas imunocomprometidas, como aquelas com câncer ativo, receptoras de transplante, com imunodeficiência e em tratamento ativo com agentes imunossupressores. O grupo também inclui pessoas que vivem com HIV com uma contagem baixa de células de defesa CD4. Há ainda outra vacina sendo avaliada pela OMS, a ACAM2000, da americana Emergent BioSolutions. Todas as três doses foram inicialmente desenvolvidas para o vírus da varíola tradicional, erradicado em 1980, mas oferecem proteção contra a mpox pela semelhança entre os patógenos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou até agora de forma excepcional apenas o uso da Jynneos para maiores de 18 anos. Em âmbito mundial, a aprovação da OMS é importante porque auxilia autoridades regulatórias dos países, especialmente aqueles que não contam com agências como a Anvisa, a tomarem suas decisões. Além disso, facilita a aquisição e distribuição das doses por entidades como a Aliança Gavi e a Unicef. Em agosto, a OMS decretou novamente emergência internacional de saúde pública pela mpox, o status mais alto de alerta da autarquia, devido à explosão de casos na República Democrática do Congo (RDC) e à identificação de uma nova versão da cepa mais letal, chamada de 1b, que passou a se disseminar por vias sexuais -- assim como a variante responsável pelo surto global de 2022, chamada de Clado 2b. De acordo com a última atualização da OMS, neste ano a RDC registrou sozinha mais de 39 mil casos e mil mortes pela doença. Para comparação, os números representam a vasta maioria do identificado em todo o continente africano, que não chega a 50 mil diagnósticos. Além disso, diversos países, como Burundi, Quênia, Ruanda, Uganda, Zâmbia e Zimbábue, que não tinham relatos da mpox, registraram diagnósticos da infecção viral pela primeira vez. A vacinação, no entanto, demorou a chegar ao continente, que historicamente sofre com epidemias causadas pelo vírus. Na RDC, epicentro do novo surto, a campanha teve início apenas no dia 5 de outubro com apoio da Unicef, Gavi, OMS e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (Africa CDC), dois meses após o decreto de emergência internacional.
Aval foi concedido ao imunizante japonês LC16m8 após o governo do país anunciar doação de três milhões de doses para a República Democrática do Congo (RDC), nação mais afetada pelo surto atual da doença A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu aval nesta terça-feira a uma segunda vacina contra a mpox. A dose, chamada LC16m8, foi desenvolvida pela farmacêutica japonesa KM Biologics e teve o uso emergencial aprovado para indivíduos a partir de um ano de idade. Em setembro, a OMS havia concedido o sinal verde, também em regime de emergência, ao imunizante da fabricante dinamarquesa Bavarian Nordic, conhecido como Jynneos ou Imvanex, para adultos. Seu uso foi ampliado para adolescentes de 12 a 17 anos em outubro. Segundo a organização, o novo aval para a LC16m8 foi baseado em informações fornecidas pela fabricante e na análise da agência reguladora japonesa, que já havia aprovado a vacina. A OMS destaca ainda que a dose foi usada no Japão durante surtos anteriores de mpox e “demonstrou ser segura e eficaz, inclusive em pessoas que vivem com HIV”. A aprovação é especialmente importante após o governo do Japão ter anunciado a doação de 3,05 milhões de doses da vacina para a República Democrática do Congo (RDC), país mais afetado pelo surto atual da mpox. O número de imunizantes é o maior doado por qualquer país em resposta à atual emergência da doença. “A inclusão da vacina LC16m8 contra a mpox na lista de uso emergencial da OMS marca um passo significativo em nossa resposta à emergência atual, oferecendo uma nova opção para proteger todas as populações, inclusive as crianças”, diz Yukiko Nakatani, diretora-geral adjunta da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde, em comunicado. “As vacinas são uma das ferramentas importantes para ajudar a conter o surto como parte de uma estratégia de resposta abrangente que também inclui testes e diagnósticos aprimorados, tratamento e cuidados, controle de prevenção de infecções e envolvimento e educação nas comunidades afetadas”, continua. A OMS explica que a LC16m8 é contraindicada para gestantes e pessoas imunocomprometidas, como aquelas com câncer ativo, receptoras de transplante, com imunodeficiência e em tratamento ativo com agentes imunossupressores. O grupo também inclui pessoas que vivem com HIV com uma contagem baixa de células de defesa CD4. Há ainda outra vacina sendo avaliada pela OMS, a ACAM2000, da americana Emergent BioSolutions. Todas as três doses foram inicialmente desenvolvidas para o vírus da varíola tradicional, erradicado em 1980, mas oferecem proteção contra a mpox pela semelhança entre os patógenos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou até agora de forma excepcional apenas o uso da Jynneos para maiores de 18 anos. Em âmbito mundial, a aprovação da OMS é importante porque auxilia autoridades regulatórias dos países, especialmente aqueles que não contam com agências como a Anvisa, a tomarem suas decisões. Além disso, facilita a aquisição e distribuição das doses por entidades como a Aliança Gavi e a Unicef. Em agosto, a OMS decretou novamente emergência internacional de saúde pública pela mpox, o status mais alto de alerta da autarquia, devido à explosão de casos na República Democrática do Congo (RDC) e à identificação de uma nova versão da cepa mais letal, chamada de 1b, que passou a se disseminar por vias sexuais -- assim como a variante responsável pelo surto global de 2022, chamada de Clado 2b. De acordo com a última atualização da OMS, neste ano a RDC registrou sozinha mais de 39 mil casos e mil mortes pela doença. Para comparação, os números representam a vasta maioria do identificado em todo o continente africano, que não chega a 50 mil diagnósticos. Além disso, diversos países, como Burundi, Quênia, Ruanda, Uganda, Zâmbia e Zimbábue, que não tinham relatos da mpox, registraram diagnósticos da infecção viral pela primeira vez. A vacinação, no entanto, demorou a chegar ao continente, que historicamente sofre com epidemias causadas pelo vírus. Na RDC, epicentro do novo surto, a campanha teve início apenas no dia 5 de outubro com apoio da Unicef, Gavi, OMS e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (Africa CDC), dois meses após o decreto de emergência internacional.
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