No G20, ministro reforça compromisso de tirar país do Mapa da Fome até 2026 e nega cortes no Bolsa Família e no BPC
Objetivo é eliminar carência alimentar até o fim do mandato do presidente. Segundo Wellington Dias, benefícios não serão cortados, mas combate à fraude deve economizar R$ 2 bi em 2025 RIO - Mesmo com o planejamento de um pacote de corte de gastos que pode afetar áreas sociais, o governo segue comprometido com o desafio de tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU até 2026, afirmou hoje o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Em entrevista no Rio, onde participa das reuniões do G20, o ministro disse que não haverá cortes no Bolsa Família e nas ações de segurança alimentar do governo, mas previu economia de R$ 2 bilhões no ano que vem com o combate a fraudes no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Pacote fiscal: Lula busca arranjo político para conter desgaste com corte de gastos Medida em debate: Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos O Brasil voltou ao Mapa da Fome em 2022, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). O governo Lula estabeleceu como meta uma nova saída do mapa e quer fazer da Aliança contra a Fome e a Pobreza o principal legado da presidência brasileira do G20, o grupo das maiores economias do mundo. — Nenhum passo para trás. Essa é uma decisão tomada pelo presidente Lula. Em reunião antes de virmos para o Rio, Lula deixou claro que quer que o Ministério de Desenvolvimento Social prossiga no plano de localizar quem está em situação de insegurança alimentar e não alcançamos — enfatizou Dias, em entrevista nesta segunda-feira. O ministro Wellington Dias (à direita), em entrevista coletiva no G20, no Rio Carolina Nalin Para sair do Mapa da Fome, um país precisa reduzir a desnutrição a níveis inferiores a 2,5% da população por três anos seguido, segundo critério da Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, 3,9% dos brasileiros enfrentam subnutrição, segundo a FAO. Combate a fraudes sem cortes Wellington Dias, negou que sua pasta fará cortes nos recursos orçamentários para programas assistenciais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para reduzir gastos do governo. No entanto, reforçou que a pasta focará no combate a fraudes e em medidas para a redução da pobreza sem prejudicar os beneficiários “que têm direito”. — Em outubro, colocamos cerca de 400 mil famílias que estavam em situação de insegurança alimentar no Bolsa Família. Mas o presidente Lula também determinou que não quer tolerância com fraude. Ou seja, vamos prosseguir no combate à fraude — disse o ministro, em coletiva com jornalistas nesta segunda-feira durante o encontro do G20, no Rio. Dias adotou um tom conciliador em relação aos planos da equipe econômica que estão na mesa do presidente Lula à espera de uma decisão sobre o alcance do pacote de corte de gastos. O ministro destacou que o equilíbrio fiscal é fundamental, especialmente para a população de baixa renda, pois contribui para o controle da inflação, a redução das taxas de juros e o aumento da capacidade de investimento do governo. — O ministro (Fernando) Haddad, a ministra (Simone) Tebet e o ministro Rui Costa estão corretos em buscar essa direção, mas deixo claro que não haverá corte de quem tem direito (ao Bolsa Família) — afirmou Dias, referindo-se aos colegas da Fazenda, do Planejamento e da Casa Civil. O mesmo princípio de acesso ao Bolsa Família se aplica ao BPC, que paga um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda e a outros programas sociais, segundo o ministro. Ele prevê que a pasta economizará cerca de R$ 2 bilhões em 2025 por meio da detecção de fraudes: — Vamos colaborar com o equilíbrio fiscal, com redução de despesa por eficiência e tirando as pessoas da pobreza. Região Norte é prioridade O ministro Dias comemorou a redução da insegurança alimentar severa no ano passado, e destacou a meta do governo de encerrar o triênio 2024 a 2026 fora do quadro de fome da ONU: — Queremos fechar este ano o mais próximo possível (de redução) de dois pontos percentuais, na perspectiva de chegar o mais próximo possível do zero (em termos de insegurança alimentar severa). Uma das áreas prioritárias de combate à fome é a região Norte. Segundo o ministro, o arquipélago de Marajó, especialmente, tem grande presença de indígenas e vem sendo acompanhada de perto pelas autoridades, disse Dias: — Estamos com um trabalho integrado com o governo (federal), governo do Pará, gestões municipais e entidades da sociedade civil, com foco em regiões como essa. As declarações de Dias ocorreram durante conversa com jornalistas no encontro de chefes de Estado do G20, realizado no Rio.
Objetivo é eliminar carência alimentar até o fim do mandato do presidente. Segundo Wellington Dias, benefícios não serão cortados, mas combate à fraude deve economizar R$ 2 bi em 2025 RIO - Mesmo com o planejamento de um pacote de corte de gastos que pode afetar áreas sociais, o governo segue comprometido com o desafio de tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU até 2026, afirmou hoje o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Em entrevista no Rio, onde participa das reuniões do G20, o ministro disse que não haverá cortes no Bolsa Família e nas ações de segurança alimentar do governo, mas previu economia de R$ 2 bilhões no ano que vem com o combate a fraudes no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Pacote fiscal: Lula busca arranjo político para conter desgaste com corte de gastos Medida em debate: Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos O Brasil voltou ao Mapa da Fome em 2022, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). O governo Lula estabeleceu como meta uma nova saída do mapa e quer fazer da Aliança contra a Fome e a Pobreza o principal legado da presidência brasileira do G20, o grupo das maiores economias do mundo. — Nenhum passo para trás. Essa é uma decisão tomada pelo presidente Lula. Em reunião antes de virmos para o Rio, Lula deixou claro que quer que o Ministério de Desenvolvimento Social prossiga no plano de localizar quem está em situação de insegurança alimentar e não alcançamos — enfatizou Dias, em entrevista nesta segunda-feira. O ministro Wellington Dias (à direita), em entrevista coletiva no G20, no Rio Carolina Nalin Para sair do Mapa da Fome, um país precisa reduzir a desnutrição a níveis inferiores a 2,5% da população por três anos seguido, segundo critério da Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, 3,9% dos brasileiros enfrentam subnutrição, segundo a FAO. Combate a fraudes sem cortes Wellington Dias, negou que sua pasta fará cortes nos recursos orçamentários para programas assistenciais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para reduzir gastos do governo. No entanto, reforçou que a pasta focará no combate a fraudes e em medidas para a redução da pobreza sem prejudicar os beneficiários “que têm direito”. — Em outubro, colocamos cerca de 400 mil famílias que estavam em situação de insegurança alimentar no Bolsa Família. Mas o presidente Lula também determinou que não quer tolerância com fraude. Ou seja, vamos prosseguir no combate à fraude — disse o ministro, em coletiva com jornalistas nesta segunda-feira durante o encontro do G20, no Rio. Dias adotou um tom conciliador em relação aos planos da equipe econômica que estão na mesa do presidente Lula à espera de uma decisão sobre o alcance do pacote de corte de gastos. O ministro destacou que o equilíbrio fiscal é fundamental, especialmente para a população de baixa renda, pois contribui para o controle da inflação, a redução das taxas de juros e o aumento da capacidade de investimento do governo. — O ministro (Fernando) Haddad, a ministra (Simone) Tebet e o ministro Rui Costa estão corretos em buscar essa direção, mas deixo claro que não haverá corte de quem tem direito (ao Bolsa Família) — afirmou Dias, referindo-se aos colegas da Fazenda, do Planejamento e da Casa Civil. O mesmo princípio de acesso ao Bolsa Família se aplica ao BPC, que paga um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda e a outros programas sociais, segundo o ministro. Ele prevê que a pasta economizará cerca de R$ 2 bilhões em 2025 por meio da detecção de fraudes: — Vamos colaborar com o equilíbrio fiscal, com redução de despesa por eficiência e tirando as pessoas da pobreza. Região Norte é prioridade O ministro Dias comemorou a redução da insegurança alimentar severa no ano passado, e destacou a meta do governo de encerrar o triênio 2024 a 2026 fora do quadro de fome da ONU: — Queremos fechar este ano o mais próximo possível (de redução) de dois pontos percentuais, na perspectiva de chegar o mais próximo possível do zero (em termos de insegurança alimentar severa). Uma das áreas prioritárias de combate à fome é a região Norte. Segundo o ministro, o arquipélago de Marajó, especialmente, tem grande presença de indígenas e vem sendo acompanhada de perto pelas autoridades, disse Dias: — Estamos com um trabalho integrado com o governo (federal), governo do Pará, gestões municipais e entidades da sociedade civil, com foco em regiões como essa. As declarações de Dias ocorreram durante conversa com jornalistas no encontro de chefes de Estado do G20, realizado no Rio.
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