Na véspera da cúpula do G20, Marina Silva afirma que economia e ecologia devem estar 'na mesma equação'
Durante evento focado em ações climáticas, ministra disse acreditar que discussões na COP29, que acontece no Azerbaijão, 'não estão estagnadas' A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou neste domingo que os líderes do G20, do meio empresarial e da sociedade civil precisam tratar o clima e a economia "na mesma equação", defendendo avanços em alguns dos tópicos apresentados pelo Brasil ao longo de sua presidência rotativa do bloco, como a taxação de grandes fortunas. Ela ainda expressou otimismo quanto a avanços na COP29, no Azerbaijão, onde a palavra "estagnação" contamina as conversas. 'Sabemos quão duro pode ser nosso ofício': Eduardo Paes defende mudança na governança global para financiar ações climáticas Impasses: Negociadores do G20 viram madrugada para tentar alcançar consenso sobre declaração presidencial Durante um evento do Global Citizen, um movimento global que tem como objetivo pressionar por ações para combater a pobreza e promover a justiça social, na Fundação Getúlio Vargas, a ministra disse que não é mais possível falar em "compatibilização" entre economia e ecologia, mas sim discutir os dois temas como um só: segundo Marina Silva, caso isso não seja feito, o resultado final "pode não ser dos melhores", citando catástrofes climáticas recentes no Brasil e Espanha. Durante sua fala, Marina disse acreditar em avanços na COP29, acontece em Baku, no Azerbaijão, e onde a primeira semana de negociações ainda não trouxe avanços sensíveis. O principal ponto de atrito é a questão do financiamento para ações climáticas: um objetivo crucial da reunião é estabelecer um novo patamar para os compromissos financeiros dos países, hoje de US$ 100 bilhões, um valor aquém do que especialistas e alguns governos afirmam ser necessário. — A COP29 tem no seu centro a questão do financiamento, sem a questão do financiamento nada do que estejamos planejando pode acontecer — disse a ministra. Ela lembrou que, na COP27, nos Emirados Árabes Unidos, um dos maiores produtores de combustíveis fósseis no planeta, foi aprovada a inclusão, pela primeira vez, de um compromisso apoiado por nações produtoras de petróleo para o mundo começar a "transitar para fora" dos combustíveis fósseis. Brasil vê texto como 'fechado': Novo ataque russo à Ucrânia faz países tentarem reabrir discussão sobre documento final do G20 Marina Silva disse considerar ainda que as discussões "não estão estagnadas", mas apontou ser necessário "fazer com que a segunda semana seja de intenso diálogo". Ao comparar as conferências da ONU com o G20, ela destacou que as reuniões do grupo "ocorre em uma dinâmica política", e que, neste contexto, o Brasil atuou de maneira "inovadora" ao levar ao centro dos debates temas como o clima, o combate à fome e a taxação sobre grandes fortunas.
Durante evento focado em ações climáticas, ministra disse acreditar que discussões na COP29, que acontece no Azerbaijão, 'não estão estagnadas' A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou neste domingo que os líderes do G20, do meio empresarial e da sociedade civil precisam tratar o clima e a economia "na mesma equação", defendendo avanços em alguns dos tópicos apresentados pelo Brasil ao longo de sua presidência rotativa do bloco, como a taxação de grandes fortunas. Ela ainda expressou otimismo quanto a avanços na COP29, no Azerbaijão, onde a palavra "estagnação" contamina as conversas. 'Sabemos quão duro pode ser nosso ofício': Eduardo Paes defende mudança na governança global para financiar ações climáticas Impasses: Negociadores do G20 viram madrugada para tentar alcançar consenso sobre declaração presidencial Durante um evento do Global Citizen, um movimento global que tem como objetivo pressionar por ações para combater a pobreza e promover a justiça social, na Fundação Getúlio Vargas, a ministra disse que não é mais possível falar em "compatibilização" entre economia e ecologia, mas sim discutir os dois temas como um só: segundo Marina Silva, caso isso não seja feito, o resultado final "pode não ser dos melhores", citando catástrofes climáticas recentes no Brasil e Espanha. Durante sua fala, Marina disse acreditar em avanços na COP29, acontece em Baku, no Azerbaijão, e onde a primeira semana de negociações ainda não trouxe avanços sensíveis. O principal ponto de atrito é a questão do financiamento para ações climáticas: um objetivo crucial da reunião é estabelecer um novo patamar para os compromissos financeiros dos países, hoje de US$ 100 bilhões, um valor aquém do que especialistas e alguns governos afirmam ser necessário. — A COP29 tem no seu centro a questão do financiamento, sem a questão do financiamento nada do que estejamos planejando pode acontecer — disse a ministra. Ela lembrou que, na COP27, nos Emirados Árabes Unidos, um dos maiores produtores de combustíveis fósseis no planeta, foi aprovada a inclusão, pela primeira vez, de um compromisso apoiado por nações produtoras de petróleo para o mundo começar a "transitar para fora" dos combustíveis fósseis. Brasil vê texto como 'fechado': Novo ataque russo à Ucrânia faz países tentarem reabrir discussão sobre documento final do G20 Marina Silva disse considerar ainda que as discussões "não estão estagnadas", mas apontou ser necessário "fazer com que a segunda semana seja de intenso diálogo". Ao comparar as conferências da ONU com o G20, ela destacou que as reuniões do grupo "ocorre em uma dinâmica política", e que, neste contexto, o Brasil atuou de maneira "inovadora" ao levar ao centro dos debates temas como o clima, o combate à fome e a taxação sobre grandes fortunas.
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