Justiça suspende conta de Marçal no Instagram após postagem de falso laudo contra Boulos
Página do ex-coach já saiu do ar e terá que ficar inacessível por 48 horas; juiz eleitoral rechaça prisão preventiva A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou neste sábado a suspensão da conta de Pablo Marçal no Instagram, após o candidato do PRTB divulgar um laudo falso sobre o adversário Guilherme Boulos (PSOL). A página do ex-coach já saiu do ar e terá que ficar inacessível por 48 horas. O pedido de prisão preventiva do empresário, também formulado pela campanha de Boulos, foi rejeitado pela Justiça Eleitoral, que considerou que a medida só poderia ser tomada caso outras ações se mostrassem "insuficientes ou inadequadas". O psolista também formulou o pedido à Justiça comum, que ainda não se manifestou. Filhas de médico: laudo forjado tem assinatura falsa e pai nunca trabalhou na clínica 'Uso indevido': Moraes determina intimação de Marçal para prestar esclarecimentos sobre publicações no X A decisão de derrubar a conta do empresário é assinada pelo juiz de garantias Rodrigo Capez, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), depois de notícia-crime apresentada pela campanha do candidato do PSOL. Segundo o juiz, há indícios de cometimento de vários crimes previstos no Código Eleitoral. Na decisão, Capez afirma que a conta de Marçal “tem sido utilizada para a divulgação de fatos infamantes e inverídicos” a respeito do adversário psolista, com “nítido propósito de interferir no ânimo do eleitor e no pleito eleitoral". Ele pede que a Polícia Federal (PF) abra inquérito sobre o caso. A suspensão da conta no Instagram deveria ser cumprida em até de duas horas, sob pena de bloqueio de R$ 200 mil da Meta, dona da rede social. Minutos depois da decisão, porém, a página foi derrubada pela empresa. Investigação: PF abre inquérito para apurar laudo falso postado por Marçal contra Boulos “Trata-se de notícia de fatos concretamente graves, perpetrados às vésperas do pleito eleitoral, em tese, com o nítido propósito de interferir no ânimo do eleitor, mediante divulgação, em rede social, com extensa repercussão, de documento médico falso”, acrescenta o juiz. Além do uso de cocaína, o documento falsificado de 2021 indicava que Boulos havia passado por encaminhamento médico após um surto psicótico provocado pelo uso da droga. O vídeo foi retirado do ar na sexta-feira pela Meta. Para o magistrado, a divulgação do laudo falso pode ser enquadrada em quatro crimes tipificados no Código Eleitoral: divulgar fatos inverídicos (art. 323), difamação eleitoral (art. 325), falsificação de documentos (art. 349) e uso de documento falsificado (art. 353) 'Eu só publiquei' Pouco tempo depois da decisão, o campanha de Marçal criou um novo perfil no Instagram. Em duas horas, a conta já tinha mais de 600 mil seguidores. Os perfis no YouTube, TikTok e Facebook não foram suspensos. Em ato de campanha, mais cedo, Marçal disse a jornalistas que não se arrependia de ter publicado o falso laudo e que membros da sua equipe teriam checado a veracidade do material antes de divulgá-lo. O empresário também tentou se eximir da responsabilidade do conteúdo: — Quem emitiu é quem tem que falar, eu só publiquei. A minha parte é publicar, e eu não sei explicar como que a Meta derrubou em poucos segundos — afirmou . Compare: Secretária diz que médico nunca trabalhou em clínica citada por Marçal contra Boulos: 'Aquela assinatura não é dele' Neste sábado, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo havia decidido que Instagram, TikTok e Youtube realizassem a “pronta exclusão” dos vídeos publicados por Marçal. O juiz da 2ª Zona Eleitoral, Rodrigo Marzola Colombini, destacou a "falsidade do documento”, mas não havia deferido o pedido de suspensão das redes sociais do ex-coach. Ao GLOBO, o YouTube e o TikTok informaram que foram notificados da decisão judicial e estão cumprindo a medida. Esta é a segunda vez que Marçal tem seus perfis suspensos ao longo da campanha. No fim de agosto, o candidato do PRTB também recebeu a mesma punição em razão de investigação a respeito de suposto financiamento irregular de uma rede de cortes que impulsiona o ex-coach nas redes sociais.
Página do ex-coach já saiu do ar e terá que ficar inacessível por 48 horas; juiz eleitoral rechaça prisão preventiva A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou neste sábado a suspensão da conta de Pablo Marçal no Instagram, após o candidato do PRTB divulgar um laudo falso sobre o adversário Guilherme Boulos (PSOL). A página do ex-coach já saiu do ar e terá que ficar inacessível por 48 horas. O pedido de prisão preventiva do empresário, também formulado pela campanha de Boulos, foi rejeitado pela Justiça Eleitoral, que considerou que a medida só poderia ser tomada caso outras ações se mostrassem "insuficientes ou inadequadas". O psolista também formulou o pedido à Justiça comum, que ainda não se manifestou. Filhas de médico: laudo forjado tem assinatura falsa e pai nunca trabalhou na clínica 'Uso indevido': Moraes determina intimação de Marçal para prestar esclarecimentos sobre publicações no X A decisão de derrubar a conta do empresário é assinada pelo juiz de garantias Rodrigo Capez, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), depois de notícia-crime apresentada pela campanha do candidato do PSOL. Segundo o juiz, há indícios de cometimento de vários crimes previstos no Código Eleitoral. Na decisão, Capez afirma que a conta de Marçal “tem sido utilizada para a divulgação de fatos infamantes e inverídicos” a respeito do adversário psolista, com “nítido propósito de interferir no ânimo do eleitor e no pleito eleitoral". Ele pede que a Polícia Federal (PF) abra inquérito sobre o caso. A suspensão da conta no Instagram deveria ser cumprida em até de duas horas, sob pena de bloqueio de R$ 200 mil da Meta, dona da rede social. Minutos depois da decisão, porém, a página foi derrubada pela empresa. Investigação: PF abre inquérito para apurar laudo falso postado por Marçal contra Boulos “Trata-se de notícia de fatos concretamente graves, perpetrados às vésperas do pleito eleitoral, em tese, com o nítido propósito de interferir no ânimo do eleitor, mediante divulgação, em rede social, com extensa repercussão, de documento médico falso”, acrescenta o juiz. Além do uso de cocaína, o documento falsificado de 2021 indicava que Boulos havia passado por encaminhamento médico após um surto psicótico provocado pelo uso da droga. O vídeo foi retirado do ar na sexta-feira pela Meta. Para o magistrado, a divulgação do laudo falso pode ser enquadrada em quatro crimes tipificados no Código Eleitoral: divulgar fatos inverídicos (art. 323), difamação eleitoral (art. 325), falsificação de documentos (art. 349) e uso de documento falsificado (art. 353) 'Eu só publiquei' Pouco tempo depois da decisão, o campanha de Marçal criou um novo perfil no Instagram. Em duas horas, a conta já tinha mais de 600 mil seguidores. Os perfis no YouTube, TikTok e Facebook não foram suspensos. Em ato de campanha, mais cedo, Marçal disse a jornalistas que não se arrependia de ter publicado o falso laudo e que membros da sua equipe teriam checado a veracidade do material antes de divulgá-lo. O empresário também tentou se eximir da responsabilidade do conteúdo: — Quem emitiu é quem tem que falar, eu só publiquei. A minha parte é publicar, e eu não sei explicar como que a Meta derrubou em poucos segundos — afirmou . Compare: Secretária diz que médico nunca trabalhou em clínica citada por Marçal contra Boulos: 'Aquela assinatura não é dele' Neste sábado, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo havia decidido que Instagram, TikTok e Youtube realizassem a “pronta exclusão” dos vídeos publicados por Marçal. O juiz da 2ª Zona Eleitoral, Rodrigo Marzola Colombini, destacou a "falsidade do documento”, mas não havia deferido o pedido de suspensão das redes sociais do ex-coach. Ao GLOBO, o YouTube e o TikTok informaram que foram notificados da decisão judicial e estão cumprindo a medida. Esta é a segunda vez que Marçal tem seus perfis suspensos ao longo da campanha. No fim de agosto, o candidato do PRTB também recebeu a mesma punição em razão de investigação a respeito de suposto financiamento irregular de uma rede de cortes que impulsiona o ex-coach nas redes sociais.
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