Em véspera de feriado e no exterior, Zema propõe privatizações de estatais e deve enfrentar resistência
Vice-governador Mateus Simões esteve na Assembleia Legislativa para entregar dois projetos que preveem que o estado deixe de gerir a Cemig e a Copasa O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), aproveitou um momento de baixa no Legislativo para apresentar propostas chaves de seu mandato. Nesta quinta-feira, véspera de feriado, sua gestão enviou à Assembleia dois projetos de lei que preveem as privatizações das estatais Cemig (Energia) e Copasa (Saneamento). Após a eleição, vereadores de cinco capitais aumentam os próprios salários; em duas, reajuste também alcança prefeitos Veja em imagens: o passo a passo das explosões do homem-bomba em frente ao STF Com Zema em viagem internacional em Lisboa, capital de Portugal, quem apresentou o texto aos parlamentares foi o vice-governador Mateus Simões (Novo). Em entrevista coletiva à imprensa, Simões caracterizou os projetos como grandes objetivos da gestão. — São dois projetos que são na verdade um compromisso do governador Romeu Zema desde o primeiro mandato e que nesse momento, a gente considera que estão maduros para chegar na Assembleia. Essas companhias precisam passar por um processo de modernização e a prioridade do estado continua sendo por as contas em dia — disse o vice. Essas duas estatais tem valor de mercado estipulado em R$ 15 milhões. O governo Zema tem 17% das ações da Copasa e mais de 50% da Cemig. Hoje, para privatizar essas empresas, seria preciso um referendo popular. Desde o ano passado, contudo, o governo tenta aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para retirar a obrigatoriedade da medida, que segue emperrada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O vice-governador disse esperar conseguir sancionar a matéria com urgência. — Nós continuamos entendendo que faz mais sentido que a exigência do referendo seja retirada antes da votação das leis, mas se Assembleia concluir a aprovação das privatizações, iremos submeter ao referendo. Nós já consultamos o TRE ano passado e é um custo relevante — afirmou Mateus Simões. A PEC em questão tem tido dificuldade em sua tramitação por não agradar os parlamentares. Até mesmo a base do governador, tem se mostrado reticente às privatizações, que são consideradas impopulares. Essas tentativas reincidentes fizeram Zema entrar em rota de colisão com os deputados próximos à Cidade Administrativa. Líder de governo, João Magalhães (MDB), chegou a defender no ano passado a proposta do parlamentar da oposição Professor Cleiton (PV) que visa federalizar as estatais Codemig e Cemig: — Eu não sei se o governador vai aceitar a proposta, inclusive fui o primeiro a colocá-la em evidência em uma entrevista na TV ALMG. Acho que seria plenamente viável e (Zema) conseguiria uma arrecadação bem superior do que passar para a iniciativa privada — disse João Magalhães. Posteriormente, em nota, recuou e disse que não havia se expressado bem sobre o assunto. Ao citar os projetos da oposição, afirmou que tinha a intenção de mostrar a "pluralidade" de debates sobre o tema no parlamento. Mesmo com o recuo, os demais 57 deputados da base governista não abraçaram o texto. A expectativa é que os mesmos entraves se repitam com as privatizações da Cemig e da Copasa, sob o temor de desaprovação popular. As privatizações não tiveram muito êxito histórico na ALMG. Apesar de criticar com frequência o serviço das estatais, Zema só chegou a enviar à Assembleia uma proposta de venda, da Codemig, que terminou arquivada pela Casa.
Vice-governador Mateus Simões esteve na Assembleia Legislativa para entregar dois projetos que preveem que o estado deixe de gerir a Cemig e a Copasa O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), aproveitou um momento de baixa no Legislativo para apresentar propostas chaves de seu mandato. Nesta quinta-feira, véspera de feriado, sua gestão enviou à Assembleia dois projetos de lei que preveem as privatizações das estatais Cemig (Energia) e Copasa (Saneamento). Após a eleição, vereadores de cinco capitais aumentam os próprios salários; em duas, reajuste também alcança prefeitos Veja em imagens: o passo a passo das explosões do homem-bomba em frente ao STF Com Zema em viagem internacional em Lisboa, capital de Portugal, quem apresentou o texto aos parlamentares foi o vice-governador Mateus Simões (Novo). Em entrevista coletiva à imprensa, Simões caracterizou os projetos como grandes objetivos da gestão. — São dois projetos que são na verdade um compromisso do governador Romeu Zema desde o primeiro mandato e que nesse momento, a gente considera que estão maduros para chegar na Assembleia. Essas companhias precisam passar por um processo de modernização e a prioridade do estado continua sendo por as contas em dia — disse o vice. Essas duas estatais tem valor de mercado estipulado em R$ 15 milhões. O governo Zema tem 17% das ações da Copasa e mais de 50% da Cemig. Hoje, para privatizar essas empresas, seria preciso um referendo popular. Desde o ano passado, contudo, o governo tenta aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para retirar a obrigatoriedade da medida, que segue emperrada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O vice-governador disse esperar conseguir sancionar a matéria com urgência. — Nós continuamos entendendo que faz mais sentido que a exigência do referendo seja retirada antes da votação das leis, mas se Assembleia concluir a aprovação das privatizações, iremos submeter ao referendo. Nós já consultamos o TRE ano passado e é um custo relevante — afirmou Mateus Simões. A PEC em questão tem tido dificuldade em sua tramitação por não agradar os parlamentares. Até mesmo a base do governador, tem se mostrado reticente às privatizações, que são consideradas impopulares. Essas tentativas reincidentes fizeram Zema entrar em rota de colisão com os deputados próximos à Cidade Administrativa. Líder de governo, João Magalhães (MDB), chegou a defender no ano passado a proposta do parlamentar da oposição Professor Cleiton (PV) que visa federalizar as estatais Codemig e Cemig: — Eu não sei se o governador vai aceitar a proposta, inclusive fui o primeiro a colocá-la em evidência em uma entrevista na TV ALMG. Acho que seria plenamente viável e (Zema) conseguiria uma arrecadação bem superior do que passar para a iniciativa privada — disse João Magalhães. Posteriormente, em nota, recuou e disse que não havia se expressado bem sobre o assunto. Ao citar os projetos da oposição, afirmou que tinha a intenção de mostrar a "pluralidade" de debates sobre o tema no parlamento. Mesmo com o recuo, os demais 57 deputados da base governista não abraçaram o texto. A expectativa é que os mesmos entraves se repitam com as privatizações da Cemig e da Copasa, sob o temor de desaprovação popular. As privatizações não tiveram muito êxito histórico na ALMG. Apesar de criticar com frequência o serviço das estatais, Zema só chegou a enviar à Assembleia uma proposta de venda, da Codemig, que terminou arquivada pela Casa.
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