Eleições EUA: Rússia intensifica esforços para interferir na votação e 'instalar medo nos eleitores', dizem autoridades americanas
Apesar de não ter evidência de impactos no resultado, há o temor de que países rivais vejam as semanas após o peito como oportunidade para fomentar a discórdia entre americanos Grupos russos e outros adversários estrangeiros desencadearam uma ampla campanha de desinformação para minar a confiança nas eleições dos EUA, mas não há evidências de que seus esforços afetarão o resultado, disseram autoridades federais na segunda-feira. No entanto, as autoridades continuam preocupadas com o fato de que os adversários estrangeiros verão as semanas após a eleição como uma oportunidade de fomentar a discórdia política no país até que o resultado seja certificado pelo Congresso, em 6 de janeiro. Eleições americanas 2024: Primeiras seções eleitorais são abertas; acompanhe ao vivo a disputa Trump x Kamala Eleições EUA: Entenda como Rússia, China e Irã estão interferido na corrida à Casa Branca Jen Easterly, diretora da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, disse que sua organização realizará atualizações regulares durante toda esta terça-feira para informar o público sobre as ameaças à eleição. — Estamos em um ciclo eleitoral com uma quantidade sem precedentes de desinformação, incluindo a desinformação que está sendo agressivamente vendida e ampliada por nossos adversários estrangeiros em uma escala maior do que nunca — disse ela. A agência ativou seu centro de operações eleitorais para monitorar possíveis ameaças à infraestrutura de votação, disse Easterly. Sem impacto no resultado Nas últimas semanas, funcionários da agência monitoraram ataques a urnas eletrônicas e sites relacionados a eleições, bem como campanhas de desinformação da Rússia. Mas até agora, disse Easterly, "não vemos nenhuma evidência de atividade que tenha o potencial de impactar materialmente o resultado da eleição presidencial". No início do ciclo eleitoral, as agências de inteligência dos EUA concluíram que a natureza hiperlocal do sistema de votação americano havia dissuadido adversários estrangeiros de tentar adulterar a infraestrutura eleitoral para alterar os resultados. Mas vários adversários, inclusive a Rússia e o Irã, concluíram que poderiam influenciar a votação espalhando mentiras sobre os candidatos e minando a confiança na eleição. Apuração: Quando sai o resultado das eleições nos EUA? Na segunda-feira, circularam vídeos que alegavam falsamente ser da CBS News e da CNN com o objetivo de alimentar o medo de que os resultados das eleições estivessem sendo manipulados. Ambas as redes rapidamente classificaram esses esforços como falsos. Autoridades da agência de segurança cibernética disseram que só tinham conhecimento geral dos vídeos fabricados, mas que vinham alertando sobre esses tipos de vídeos falsos há semanas. — Sabemos que podemos esperar mais disso amanhã, durante o dia de amanhã e nos dias após a eleição — disse Easterly. As autoridades americanas disseram que não sabiam imediatamente a origem dos vídeos que fingiam ser da CBS e da CNN. Mas as agências de inteligência apontaram outros vídeos nos últimos dias como sendo obra de russos. Inteligência artificial Outra fabricação russa envolveu um homem que supostamente seria um ex-assessor do secretário de Estado do Arizona, Adrian Fontes, alegando que ele havia se demitido devido a evidências de fraude eleitoral no estado. Ele apareceu em uma entrevista com Mira Terada, diretora de uma organização russa, a Foundation to Battle Injustice, que tem sido ligada à Rússia e às agências de inteligência daquele país. Na entrevista, o rosto do homem foi obscurecido e a voz era "um áudio gerado por IA", de acordo com a NewsGuard, uma empresa que tem monitorado a desinformação eleitoral. Agregador de pesquisas: Como estão os cenários nos estados decisivos? Veja no Tracker do GLOBO Uma publicação de Terada na plataforma social X na noite de domingo recebeu mais de 240 mil visualizações — e também uma nota da plataforma informando que a visibilidade da publicação havia sido limitada porque "poderia violar as regras da X contra a integridade cívica". Cait Conley, um dos principais assessores de Easterly, disse que, independentemente de quem ganhasse na terça-feira ou da rapidez com que os resultados das eleições fossem divulgados, as potências estrangeiras provavelmente tentariam semear dúvidas após a votação. — É provável que esses esforços para desacreditar o processo, minar a confiança e alimentar a discórdia partidária continuem não apenas no dia da eleição e nos dias imediatamente posteriores, à medida que o processo de certificação continua, mas realmente até 6 de janeiro — disse ela. Autoridades de inteligência disseram que a Rússia favorece o ex-presidente Donald Trump em detrimento da vice-presidente Kamala Harris. Seu ceticismo em relação à oferta de apoio militar à Ucrânia, que a Rússia invadiu há quase três anos, e sua promessa de forçar negociações de paz aumentaram os riscos da votação para a Rússia, segundo as autoridades. Os apoiadores de Trump discutiram a
Apesar de não ter evidência de impactos no resultado, há o temor de que países rivais vejam as semanas após o peito como oportunidade para fomentar a discórdia entre americanos Grupos russos e outros adversários estrangeiros desencadearam uma ampla campanha de desinformação para minar a confiança nas eleições dos EUA, mas não há evidências de que seus esforços afetarão o resultado, disseram autoridades federais na segunda-feira. No entanto, as autoridades continuam preocupadas com o fato de que os adversários estrangeiros verão as semanas após a eleição como uma oportunidade de fomentar a discórdia política no país até que o resultado seja certificado pelo Congresso, em 6 de janeiro. Eleições americanas 2024: Primeiras seções eleitorais são abertas; acompanhe ao vivo a disputa Trump x Kamala Eleições EUA: Entenda como Rússia, China e Irã estão interferido na corrida à Casa Branca Jen Easterly, diretora da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, disse que sua organização realizará atualizações regulares durante toda esta terça-feira para informar o público sobre as ameaças à eleição. — Estamos em um ciclo eleitoral com uma quantidade sem precedentes de desinformação, incluindo a desinformação que está sendo agressivamente vendida e ampliada por nossos adversários estrangeiros em uma escala maior do que nunca — disse ela. A agência ativou seu centro de operações eleitorais para monitorar possíveis ameaças à infraestrutura de votação, disse Easterly. Sem impacto no resultado Nas últimas semanas, funcionários da agência monitoraram ataques a urnas eletrônicas e sites relacionados a eleições, bem como campanhas de desinformação da Rússia. Mas até agora, disse Easterly, "não vemos nenhuma evidência de atividade que tenha o potencial de impactar materialmente o resultado da eleição presidencial". No início do ciclo eleitoral, as agências de inteligência dos EUA concluíram que a natureza hiperlocal do sistema de votação americano havia dissuadido adversários estrangeiros de tentar adulterar a infraestrutura eleitoral para alterar os resultados. Mas vários adversários, inclusive a Rússia e o Irã, concluíram que poderiam influenciar a votação espalhando mentiras sobre os candidatos e minando a confiança na eleição. Apuração: Quando sai o resultado das eleições nos EUA? Na segunda-feira, circularam vídeos que alegavam falsamente ser da CBS News e da CNN com o objetivo de alimentar o medo de que os resultados das eleições estivessem sendo manipulados. Ambas as redes rapidamente classificaram esses esforços como falsos. Autoridades da agência de segurança cibernética disseram que só tinham conhecimento geral dos vídeos fabricados, mas que vinham alertando sobre esses tipos de vídeos falsos há semanas. — Sabemos que podemos esperar mais disso amanhã, durante o dia de amanhã e nos dias após a eleição — disse Easterly. As autoridades americanas disseram que não sabiam imediatamente a origem dos vídeos que fingiam ser da CBS e da CNN. Mas as agências de inteligência apontaram outros vídeos nos últimos dias como sendo obra de russos. Inteligência artificial Outra fabricação russa envolveu um homem que supostamente seria um ex-assessor do secretário de Estado do Arizona, Adrian Fontes, alegando que ele havia se demitido devido a evidências de fraude eleitoral no estado. Ele apareceu em uma entrevista com Mira Terada, diretora de uma organização russa, a Foundation to Battle Injustice, que tem sido ligada à Rússia e às agências de inteligência daquele país. Na entrevista, o rosto do homem foi obscurecido e a voz era "um áudio gerado por IA", de acordo com a NewsGuard, uma empresa que tem monitorado a desinformação eleitoral. Agregador de pesquisas: Como estão os cenários nos estados decisivos? Veja no Tracker do GLOBO Uma publicação de Terada na plataforma social X na noite de domingo recebeu mais de 240 mil visualizações — e também uma nota da plataforma informando que a visibilidade da publicação havia sido limitada porque "poderia violar as regras da X contra a integridade cívica". Cait Conley, um dos principais assessores de Easterly, disse que, independentemente de quem ganhasse na terça-feira ou da rapidez com que os resultados das eleições fossem divulgados, as potências estrangeiras provavelmente tentariam semear dúvidas após a votação. — É provável que esses esforços para desacreditar o processo, minar a confiança e alimentar a discórdia partidária continuem não apenas no dia da eleição e nos dias imediatamente posteriores, à medida que o processo de certificação continua, mas realmente até 6 de janeiro — disse ela. Autoridades de inteligência disseram que a Rússia favorece o ex-presidente Donald Trump em detrimento da vice-presidente Kamala Harris. Seu ceticismo em relação à oferta de apoio militar à Ucrânia, que a Rússia invadiu há quase três anos, e sua promessa de forçar negociações de paz aumentaram os riscos da votação para a Rússia, segundo as autoridades. Os apoiadores de Trump discutiram a possibilidade de desafiar o processo de certificação em vários estados, e as autoridades eleitorais e de inteligência dizem que a Rússia e outros adversários poderiam trabalhar para ampliar esses esforços. Conley disse que os adversários veem o processo de certificação como uma oportunidade de minar a confiança e fomentar a discórdia nos EUA.
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