Eduardo Paes e Cláudio Castro vão de quase parceiros a adversários ferrenhos em poucos meses
Embate no Rio de Janeiro entre prefeito e governador escalou mais um degrau Com o principal aliado do prefeito Eduardo Paes (PSD), o deputado federal Pedro Paulo (PSD), entrando em cena para acirrar o atrito com o governador Cláudio Castro (PL), o embate escala mais um degrau. Até pouco antes da campanha municipal deste ano, a relação entre prefeito e governador era saudável, apesar de uma ou outra crítica nos bastidores. Rio: Castro e Pedro Paulo trocam farpas nas redes e antecipam embate de 2026 entre governador e Paes Senador bolsonarista ataca projeto contra jornada 6x1: 'Não quer trabalhar? Fica em casa e se inscreve no Bolsa Família' Pedro Paulo, inclusive, é — ou era, até ontem — um dos integrantes do núcleo duro de Paes com melhor trânsito no entorno de Castro. Chegou a ser chamado de “vice dos sonhos” pelo governador para a chapa de 2022, quando o Palácio Guanabara alimentava a possibilidade de levar para perto o grupo do prefeito do Rio. Não aconteceu. A coisa começou a esquentar no período de pré-campanha este ano, quando o candidato do PL à prefeitura, o deputado federal Alexandre Ramagem, passou a usar a segurança pública como bandeira e criticar Paes, a despeito de o tema ser uma responsabilidade maior do estado do que do município. O prefeito, então, adotou a estratégia de associar o adversário ao governador, apontando o que considera o fracasso da atual gestão. Na esteira desse diagnóstico, colocou Ramagem como um integrante da turma que não estaria resolvendo o problema na esfera em que o problema deveria, segundo ele, ser resolvido: a estadual. Antes mesmo do início oficial da campanha, veio a primeira reação de Castro. Ao GLOBO, acusou o prefeito de “estelionato eleitoral” por causa da promessa de ficar até o fim do futuro mandato, sem largá-lo no meio para disputar o Guanabara. Dali em diante, a “estadualização” do jogo municipal foi a principal marca da eleição, com várias trocas de farpas. No momento mais agudo, Paes chamou Castro de “frouxo”, e o governador reagiu com outros ataques duros. Reeleito no primeiro turno, o prefeito não parou. Em entrevista ao GLOBO dois dias depois do pleito, manteve um discurso estadualizado e passou a pintar o governador como refém de lideranças da Assembleia Legislativa (Alerj) — algo que Pedro Paulo também apontou. Ali, surgiu outro personagem na briga: o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União). Segundo Paes, ele faria “ameaças” e “extorsões” na relação com Castro. O político de Campos dos Goytacazes reagiu de forma enfática e chamou o prefeito de “vagabundo” em discurso no plenário, entre outros impropérios.
Embate no Rio de Janeiro entre prefeito e governador escalou mais um degrau Com o principal aliado do prefeito Eduardo Paes (PSD), o deputado federal Pedro Paulo (PSD), entrando em cena para acirrar o atrito com o governador Cláudio Castro (PL), o embate escala mais um degrau. Até pouco antes da campanha municipal deste ano, a relação entre prefeito e governador era saudável, apesar de uma ou outra crítica nos bastidores. Rio: Castro e Pedro Paulo trocam farpas nas redes e antecipam embate de 2026 entre governador e Paes Senador bolsonarista ataca projeto contra jornada 6x1: 'Não quer trabalhar? Fica em casa e se inscreve no Bolsa Família' Pedro Paulo, inclusive, é — ou era, até ontem — um dos integrantes do núcleo duro de Paes com melhor trânsito no entorno de Castro. Chegou a ser chamado de “vice dos sonhos” pelo governador para a chapa de 2022, quando o Palácio Guanabara alimentava a possibilidade de levar para perto o grupo do prefeito do Rio. Não aconteceu. A coisa começou a esquentar no período de pré-campanha este ano, quando o candidato do PL à prefeitura, o deputado federal Alexandre Ramagem, passou a usar a segurança pública como bandeira e criticar Paes, a despeito de o tema ser uma responsabilidade maior do estado do que do município. O prefeito, então, adotou a estratégia de associar o adversário ao governador, apontando o que considera o fracasso da atual gestão. Na esteira desse diagnóstico, colocou Ramagem como um integrante da turma que não estaria resolvendo o problema na esfera em que o problema deveria, segundo ele, ser resolvido: a estadual. Antes mesmo do início oficial da campanha, veio a primeira reação de Castro. Ao GLOBO, acusou o prefeito de “estelionato eleitoral” por causa da promessa de ficar até o fim do futuro mandato, sem largá-lo no meio para disputar o Guanabara. Dali em diante, a “estadualização” do jogo municipal foi a principal marca da eleição, com várias trocas de farpas. No momento mais agudo, Paes chamou Castro de “frouxo”, e o governador reagiu com outros ataques duros. Reeleito no primeiro turno, o prefeito não parou. Em entrevista ao GLOBO dois dias depois do pleito, manteve um discurso estadualizado e passou a pintar o governador como refém de lideranças da Assembleia Legislativa (Alerj) — algo que Pedro Paulo também apontou. Ali, surgiu outro personagem na briga: o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União). Segundo Paes, ele faria “ameaças” e “extorsões” na relação com Castro. O político de Campos dos Goytacazes reagiu de forma enfática e chamou o prefeito de “vagabundo” em discurso no plenário, entre outros impropérios.
Qual é a sua reação?