Delator do PCC e jurado de morte: quem é o homem executado no aeroporto de Guarulhos

Antonio Vinícius Lopes Gritzbach teve delação premiada com o MP-SP homologada em abril deste ano O homem executado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi identificado como Antonio Vinícius Lopes Gritzbach. Corretor de imóveis, ele foi jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), já tendo sido vítima no passado de um sequestro que teria sido orquestrado pelo grupo criminoso. Tortura, sequestro e ameaça de esquartejamento: quem é o agente de jogadores de futebol suspeito de elo com o PCC Leia mais: Agentes de jogadores de grandes clubes lavaram dinheiro do PCC, segundo MP A facção o acusou de ter desviado R$ 100 milhões da organização e ter ordenado a morte do traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta. Os valores teriam sido entregues pelo criminoso a Gritzbach para que fossem investidos em criptomoedas. Com a morte do traficante, ocorrida em 2021, o PCC chamou o corretor de imóveis para "conversar" na casa de um integrante do grupo. Gritzbach descreveu ter ficado em poder da facção por 9 horas durante um "tribunal do crime", em depoimento prestado às autoridades. Ele foi liberado sob a promessa de que iria reaver o montante, mas acabou preso e decidiu contar o que sabia. Em setembro de 2023, a defesa do homem ofereceu uma delação premiada ao Ministério Público de São Paulo, homologada pela Justiça em abril deste ano. Na delação, Gritzbach acusou também dirigentes ligados a empresas que agenciam jogadores de futebol de terem lavado dinheiro do PCC. Um dos envolvidos é Danilo Lima de Oliveira, o Tripa, da Lion Soccer Sports. Tripa seria um dos presentes no sequestro de Gritzbach, no qual o delator relatou ter sido torturado. Segundo Gritzbach, ele era o mais violento entre os sequestradores. Tripa teria mandado o corretor ligar a familiares para se despedir e ameaçou esquartejar a vítima. A empresa da qual Danilo Oliveria é sócio agencia jogadores da Série A do Campeonato Brasileiro. Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado a tiros no fim da tarde desta sexta-feira. Outras três pessoas foram baleadas. Os atiradores do local em um Gol preto, que foi abandonado nas imediações do aeroporto. — É uma situação em que ele (Gritzbach) estava exposto ali, vinha sendo ameaçado. Ele, nas duas vezes em que nós falamos com ele, acreditava que era alvo de integrantes do crime organizado. Porque ele é confesso em falar que agiu lavando dinheiro para o PCC. Já era alvo de processo junto ao Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) por essa lavagem de dinheiro. Ele sabia muita coisa do PCC, sabia onde estavam colocando esse dinheiro — disse Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista ao Brasil Urgente. Veja vídeos gravados no aeroporto Tiroteio no Aeroporto de Guarulhos; uma pessoa morre Homem é morto a tiros dentro do Aeroporto de Guarulhos (SP)

Nov 8, 2024 - 18:19
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Delator do PCC e jurado de morte: quem é o homem executado no aeroporto de Guarulhos

Antonio Vinícius Lopes Gritzbach teve delação premiada com o MP-SP homologada em abril deste ano O homem executado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi identificado como Antonio Vinícius Lopes Gritzbach. Corretor de imóveis, ele foi jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), já tendo sido vítima no passado de um sequestro que teria sido orquestrado pelo grupo criminoso. Tortura, sequestro e ameaça de esquartejamento: quem é o agente de jogadores de futebol suspeito de elo com o PCC Leia mais: Agentes de jogadores de grandes clubes lavaram dinheiro do PCC, segundo MP A facção o acusou de ter desviado R$ 100 milhões da organização e ter ordenado a morte do traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta. Os valores teriam sido entregues pelo criminoso a Gritzbach para que fossem investidos em criptomoedas. Com a morte do traficante, ocorrida em 2021, o PCC chamou o corretor de imóveis para "conversar" na casa de um integrante do grupo. Gritzbach descreveu ter ficado em poder da facção por 9 horas durante um "tribunal do crime", em depoimento prestado às autoridades. Ele foi liberado sob a promessa de que iria reaver o montante, mas acabou preso e decidiu contar o que sabia. Em setembro de 2023, a defesa do homem ofereceu uma delação premiada ao Ministério Público de São Paulo, homologada pela Justiça em abril deste ano. Na delação, Gritzbach acusou também dirigentes ligados a empresas que agenciam jogadores de futebol de terem lavado dinheiro do PCC. Um dos envolvidos é Danilo Lima de Oliveira, o Tripa, da Lion Soccer Sports. Tripa seria um dos presentes no sequestro de Gritzbach, no qual o delator relatou ter sido torturado. Segundo Gritzbach, ele era o mais violento entre os sequestradores. Tripa teria mandado o corretor ligar a familiares para se despedir e ameaçou esquartejar a vítima. A empresa da qual Danilo Oliveria é sócio agencia jogadores da Série A do Campeonato Brasileiro. Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado a tiros no fim da tarde desta sexta-feira. Outras três pessoas foram baleadas. Os atiradores do local em um Gol preto, que foi abandonado nas imediações do aeroporto. — É uma situação em que ele (Gritzbach) estava exposto ali, vinha sendo ameaçado. Ele, nas duas vezes em que nós falamos com ele, acreditava que era alvo de integrantes do crime organizado. Porque ele é confesso em falar que agiu lavando dinheiro para o PCC. Já era alvo de processo junto ao Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) por essa lavagem de dinheiro. Ele sabia muita coisa do PCC, sabia onde estavam colocando esse dinheiro — disse Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista ao Brasil Urgente. Veja vídeos gravados no aeroporto Tiroteio no Aeroporto de Guarulhos; uma pessoa morre Homem é morto a tiros dentro do Aeroporto de Guarulhos (SP)

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