Caso brigadeirão: em meio a briga entre advogados, cigana apontada como mandante relata ameaças de morte na cadeia
Suyany Breschak e Júlia Andrade Cathermol Pimenta estão presas pela morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond Apontada como mandante do assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, a cigana Suyany Breschak, conhecida como Esmeralda, de 26, escreveu de próprio punho uma carta, em 30 de setembro, dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, relatando ameaças sofridas dentro da prisão. Ormond morreu no dia 17 de maio após comer um doce envenenado que, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, foi dado pela mulher dele, a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, também atrás das grades. Para as autoridades, as duas agiram em conluio para dividir os bens da vítima. Em meio a briga com a defesa anterior: Jairinho demite toda a banca e contrata advogado de Adélio Bispo Casal Nardoni, Jairinho, Matsunaga e Flordelis: Quem são e como atuam os advogados dos casos emblemáticos do país O relato de Breschak tem como pano de fundo uma disputa entre os advogados que atuam junto às duas acusadas. Júlia é defendida pelo escritório de Flávia Pinheiro Fróes, enquanto Suyany é representada no caso por Cláudio Dalledone. Os dois operadores do Direito são inimigos declarados desde que dividiram a causa do ex-médico e vereador cassado Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho. A desavença ganhou novos contornos com a carta de Suyany. No texto, ela alega ter sido assediada e ameaçada pelos inimigos de seu advogado, Dalledone, "que tentam roubar a cliente dele". A cigana enumera uma série de intimidações que teriam sido protagonizadas por outros profissionais ligados ao caso, incluindo Etevaldo Viana Tedeschi, Flávia Pinheiro Fróes e Hortência Menezes Pereira. Segundo Breschak, o grupo a teria ameaçado com represálias caso ela mantivesse Dalledone como defensor. Também são mencionados abusos como maus-tratos físicos e psicológicos por parte de outras detentas. A carta escrita pela cigana Reprodução Na última segunda-feira, a carta de Suyany foi parar na 34ª DP (Bangu). De acordo com o termo circunstanciado, a cigana chegou a receber a advogada Flávia Fróes no parlatório. Nesse encontro, Froés teria dito que ela continuaria presa e que faria tudo ao seu alcance para que "apodrecesse atrás das grades". Flávia, ainda conforme narra Breschak, parecia saber detalhes da sua rotina no presídio e teria advertido que outros internas "estavam de olho" nela. Das intrigas na defesa de Flordelis a briga entre advogado e promotor: Mundo jurídico vive bastidores turbulentos Na sequência, Suyany descreve a visita de outra advogada do escritório de Flávia Fróes. Segundo a cigana, Hortência Menezes afirmou que ela deveria manter-se em silêncio sobre o inquérito e nas audiências na Justiça, caso contrário "sofreria as consequências". Assim como Flávia, Hortência teria mencionado haver internas observando "cada movimento" seu. Por fim, Suyany teria recebido ainda a visita da advogada Elker Cristina Jorge de Oliveira, que se apresentou como uma ex-presidiária e, como sustenta a cigana, ressaltou os riscos que Breschak correria na cadeia caso acusasse Júlia. A cigana Suyany Breschak Reprodução Flávia Fróes nega os fatos imputados pela cigana e afirma que a presa estaria sendo usada pelo rival Dalledone para atacá-la. "Esse advogado é um abutre de miseráveis", declarou a defensora. Ela e as demais advogadas do escritório também registraram queixa na 34ª DP contra Breschak por denunciação caluniosa. Duas décadas depois do crime: Irmão de Suzane von Richthofen transforma herança de R$ 10 milhões em dívida milionária Cláudio Dalledone refutou as acusações de Flávia Fróes em um áudio enviado ao blog: "A tentativa de rebater aquilo que foi registrado em boletim de ocorrência faz com que essa advogada me ofenda de todas as maneiras", reclamou. "Fui chamado pela mãe da Suyany com um pedido de socorro, pois a filha dela estava sendo coagida e ameaçada pela Flávia Fróes e seus asseclas", completou, classificando a rival como uma profissional "sem escrúpulos" e prometendo processá-la. Cláudio Dalledone e Flávia Fróes, que já foram aliados no passado Arquivo Antes de constituir o escritório de Dalledone para defendê-la, Suyany vinha sendo representada pelo advogado Etevaldo Viana Tedeschi, de São José do Rio Preto (SP). Ele já havia atuado em nome da cigana em causas cíveis e criminais. Numa delas, a cliente havia comprado um Mercedes, mas não conseguiu pagar a dívida. Etevaldo a orientou a devolver o carro para evitar desdobramentos judiciais. Depois, ele auxiliou Suyany numa ação para reaver de uma picape Ranger que estava com seu ex-marido. Após namoro por cartas: Vendedora e marceneiro preso há nove anos têm primeiro encontro na 'saidinha de Santo Antônio' Quando a cigana foi acusada de ser mandante da morte no caso do brigadeirão, Etevaldo fez uma viagem de carro de Goiânia até o Rio de Janeiro para encontrá-la na cadeia. A ideia era que ele a defendesse.
Suyany Breschak e Júlia Andrade Cathermol Pimenta estão presas pela morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond Apontada como mandante do assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, a cigana Suyany Breschak, conhecida como Esmeralda, de 26, escreveu de próprio punho uma carta, em 30 de setembro, dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, relatando ameaças sofridas dentro da prisão. Ormond morreu no dia 17 de maio após comer um doce envenenado que, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, foi dado pela mulher dele, a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, também atrás das grades. Para as autoridades, as duas agiram em conluio para dividir os bens da vítima. Em meio a briga com a defesa anterior: Jairinho demite toda a banca e contrata advogado de Adélio Bispo Casal Nardoni, Jairinho, Matsunaga e Flordelis: Quem são e como atuam os advogados dos casos emblemáticos do país O relato de Breschak tem como pano de fundo uma disputa entre os advogados que atuam junto às duas acusadas. Júlia é defendida pelo escritório de Flávia Pinheiro Fróes, enquanto Suyany é representada no caso por Cláudio Dalledone. Os dois operadores do Direito são inimigos declarados desde que dividiram a causa do ex-médico e vereador cassado Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho. A desavença ganhou novos contornos com a carta de Suyany. No texto, ela alega ter sido assediada e ameaçada pelos inimigos de seu advogado, Dalledone, "que tentam roubar a cliente dele". A cigana enumera uma série de intimidações que teriam sido protagonizadas por outros profissionais ligados ao caso, incluindo Etevaldo Viana Tedeschi, Flávia Pinheiro Fróes e Hortência Menezes Pereira. Segundo Breschak, o grupo a teria ameaçado com represálias caso ela mantivesse Dalledone como defensor. Também são mencionados abusos como maus-tratos físicos e psicológicos por parte de outras detentas. A carta escrita pela cigana Reprodução Na última segunda-feira, a carta de Suyany foi parar na 34ª DP (Bangu). De acordo com o termo circunstanciado, a cigana chegou a receber a advogada Flávia Fróes no parlatório. Nesse encontro, Froés teria dito que ela continuaria presa e que faria tudo ao seu alcance para que "apodrecesse atrás das grades". Flávia, ainda conforme narra Breschak, parecia saber detalhes da sua rotina no presídio e teria advertido que outros internas "estavam de olho" nela. Das intrigas na defesa de Flordelis a briga entre advogado e promotor: Mundo jurídico vive bastidores turbulentos Na sequência, Suyany descreve a visita de outra advogada do escritório de Flávia Fróes. Segundo a cigana, Hortência Menezes afirmou que ela deveria manter-se em silêncio sobre o inquérito e nas audiências na Justiça, caso contrário "sofreria as consequências". Assim como Flávia, Hortência teria mencionado haver internas observando "cada movimento" seu. Por fim, Suyany teria recebido ainda a visita da advogada Elker Cristina Jorge de Oliveira, que se apresentou como uma ex-presidiária e, como sustenta a cigana, ressaltou os riscos que Breschak correria na cadeia caso acusasse Júlia. A cigana Suyany Breschak Reprodução Flávia Fróes nega os fatos imputados pela cigana e afirma que a presa estaria sendo usada pelo rival Dalledone para atacá-la. "Esse advogado é um abutre de miseráveis", declarou a defensora. Ela e as demais advogadas do escritório também registraram queixa na 34ª DP contra Breschak por denunciação caluniosa. Duas décadas depois do crime: Irmão de Suzane von Richthofen transforma herança de R$ 10 milhões em dívida milionária Cláudio Dalledone refutou as acusações de Flávia Fróes em um áudio enviado ao blog: "A tentativa de rebater aquilo que foi registrado em boletim de ocorrência faz com que essa advogada me ofenda de todas as maneiras", reclamou. "Fui chamado pela mãe da Suyany com um pedido de socorro, pois a filha dela estava sendo coagida e ameaçada pela Flávia Fróes e seus asseclas", completou, classificando a rival como uma profissional "sem escrúpulos" e prometendo processá-la. Cláudio Dalledone e Flávia Fróes, que já foram aliados no passado Arquivo Antes de constituir o escritório de Dalledone para defendê-la, Suyany vinha sendo representada pelo advogado Etevaldo Viana Tedeschi, de São José do Rio Preto (SP). Ele já havia atuado em nome da cigana em causas cíveis e criminais. Numa delas, a cliente havia comprado um Mercedes, mas não conseguiu pagar a dívida. Etevaldo a orientou a devolver o carro para evitar desdobramentos judiciais. Depois, ele auxiliou Suyany numa ação para reaver de uma picape Ranger que estava com seu ex-marido. Após namoro por cartas: Vendedora e marceneiro preso há nove anos têm primeiro encontro na 'saidinha de Santo Antônio' Quando a cigana foi acusada de ser mandante da morte no caso do brigadeirão, Etevaldo fez uma viagem de carro de Goiânia até o Rio de Janeiro para encontrá-la na cadeia. A ideia era que ele a defendesse. "Ficou tudo acertado para que eu assumisse o caso. A minha estratégia era alinhar com a Flávia Fróes uma defesa conjunta para que a Júlia não acusasse a Suyany e vice-versa. Assim conseguiríamos inocentar as duas. Nesse encontro, ocorrido no dia 5 de agosto, eu mesmo aconselhei ela a receber a visita de outros advogados para que pudesse sair da cela, dar uma volta no parlatório e respirar um ar fresco", conta Etevaldo, que se afastou da cliente porque se candidatou a uma vaga de vereador nas eleições e teve de fazer campanha. Júlia Andrade Cathermol Pimenta e o marido dela, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, com o brigadeirão Reprodução Sem sucesso nas urnas, Etevaldo voltou a fazer uma visita à ex-cliente no dia 10 de outubro. No parlatório, descobriu que a cigana havia fechado com Dalledone. "Esse advogado joga baixo. Ele conseguiu convencer a minha cliente mentindo e iludindo, dizendo que a Júlia estava solta e que só ela estava presa. Tudo mentira, pois a Júlia nunca foi solta. Eu não trabalho de graça para a Suyany. Ela me deve R$ 400 mil em honorários. Só fez a troca porque o Dalledone atua pro bono e a enganou”, afirma. Mesmo destituído, Etevaldo apresentou recentemente a defesa oral de um habeas corpus impetrado por ele no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para tentar tirar a cigana da cadeia, mas acabou derrotado por unanimidade. 'Não pudemos nos beijar': Frentista que teve pênis amputado pela companheira faz primeira visita na prisão após reatar Na carta, Suyany também menciona o ex-advogado. Em uma visita, segundo a cigana, Etevaldo teria dito que colocaria internas que conhecia para atacá-la e que impediria que ela visse os filhos, ameaçando tomar seu apartamento e uma caminhonete. "Tudo mentira! Ela será processada por denunciação caluniosa", revolta-se o defensor. O advogado Etevaldo Viana Tedeschi Reprodução
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