Caso Anic: laudo não responde quesitos sobre detalhes da morte e defesa pode pedir exumação de corpo
Segundo a advogada Flávia Froés, exame de necropsia não incluiu respostas a perguntas que podem ajudar a esclarecer quando a vítima foi assassinada Três dias após ser localizado, no último dia 25 de setembro, concretado em pé na sapata de um muro da garagem de uma casa, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, o corpo da advogada e estudante de Psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, foi liberado para enterro e sepultado em um cemitério, no dia 28 do mesmo mês. O cadáver, no entanto, poderá ser exumado. Nesta terça-feira, a advogada Flávia Froés, que defende o técnico de informática Lourival Correa Netto Fatica, assassino confesso da vítima, disse que o resultado exame de necropsia, feito por legistas da Polícia Civil, não incluiu respostas a quesitos específicos formulados pela defesa. Caso Anic: Assassino confesso de Anic Herdy dá detalhes sobre a morte da advogada durante reprodução simulada Caso Anic: filhos de assassino confesso de advogada têm prisão revogada, afirma defesa Autorizados pelo juízo da 2ª Vara Criminal de Petrópolis, os quesitos pediam, entre outras coisas, análise bioquímica de resíduos biológicos do corpo e análise forense do cadáver, incluindo identificação de vestígios de presenças de larvas de insetos necrófagos e estágio de desenvolvimento. O resultado do questionamento, dependendo do que fosse respondido, poderia ajudar a estabelecer a data e a hora em que Anic foi assassinada. O objetivo da solicitação, feita pela defesa de Lourival, é a de tentar provar que a vítima foi morta no mesmo dia em que desapareceu, ou seja, 29 de fevereiro de 2024. Assim, a tipificação do crime, de extorsão mediante sequestro seguida de morte, poderia ser trocada para homicídio. Se isso for confirmado, o técnico de informática seria submetido ao Tribunal do Júri, podendo ser condenado ou absolvido por jurados. Já se não houver troca na classificação do delito, a decisão de condenação ou absolvição é tomada diretamente por um juiz. Lourival Fatica (camisa branca) durante reprodução simulada morte de Anic no Centro de Petrópolis. Gabriel de Paiva/ Agência O Globo Flávia Froés afirmou já ter reiterado o pedido para que os quesitos sejam respondidos. Caso legistas aleguem não ter condições de responder às questões sem visualizar o corpo, um pedido de exumação poderá ser feito pela defesa do suspeito preso. Caso Anic: Crime teve corpo concretado, falso policial e resgate em bitcoins; conheça os detalhes Para que a exumação aconteça de fato, no entanto, será necessária ainda uma autorização da 2ª Vara Criminal de Petrópolis. — A questão da exumação, a gente vai ter que avaliar de acordo com as respostas que os peritos oficiais derem aos quesitos apresentados pela defesa. Se eles disseram que não tem condições (de fazer) sem avistar o corpo, infelizmente a gente vai ter que recorrer a esta questão da exumação— disse a advogada Flávia Froés. Segundo a advogada, apesar do corpo de Anic ter sido enterrado três dias após ser retirado da sapata de uma garagem, a data do encerramento do laudo é de 18 de outubro de 2024. No dia 25 de setembro, Lourival foi ouvido na 2ª Vara Criminal de Petrópolis e confessou o crime, informando o local exato onde o corpo de Anic estava escondido. Horas depois, a polícia localizou o cadáver, concretado na sapata da casa onde o técnico de informática morava, em Teresópolis. Anic Herdy e Lourival Fadiga Reprodução A estudante de Psicologia foi vista com vida pela última vez, no fim da manhã do dia 29 de fevereiro, quando saiu a pé de um shopping, no Centro de Petrópolis. Lourival Fatica confessou que, na ocasião, a vítima entrou em um carro dirigido por ele. O casal foi até um motel, em Itaipava. Uma hora depois, ele deu um soco na traqueia de Anic. Ainda segundo o relato do acusado, ela caiu no chão sangrando pela boca. Ele a colocou de bruços numa cama, e então foi até a garagem do motel, onde pegou na mala do carro, um fitilho plástico usado para lacrar embalagens. Em seguida, apertou o pescoço da advogada para supostamente tentar estancar o sangramento. Segundo o laudo cadavérico, Anic foi morta asfixia mecânica. Em seguida, o técnico de informática enrolou o cadáver em um lençol e o transportou até o local onde foi concretado. Caso Anic: Corpo de advogada ainda tinha aliança com nome do viúvo e próteses de silicone Na noite do dia 29 fevereiro, Benjamim Cordeiro Herdy, marido da vítima, recebeu mensagens em seu telefone alegando que sua mulher estava em poder de uma pessoa. O texto exigia R$4,6 milhões para que ela fosse libertada. O resgate foi totalmente quitado no dia 11 de março, mas Anc nunca voltou para casa. O caso foi registrado na 105ªDP (petrópolis), no dia 14 de março. Dias depois, Lourival foi preso. Em setembro, durante uma entrevista coletiva, a defesa do técnico de informática informou que ele escreveu uma carta na prisão, afirmando que Benjamim foi o mandante do crime. Na ocasião, advogados da família da vítima classificaram a acusação
Segundo a advogada Flávia Froés, exame de necropsia não incluiu respostas a perguntas que podem ajudar a esclarecer quando a vítima foi assassinada Três dias após ser localizado, no último dia 25 de setembro, concretado em pé na sapata de um muro da garagem de uma casa, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, o corpo da advogada e estudante de Psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, foi liberado para enterro e sepultado em um cemitério, no dia 28 do mesmo mês. O cadáver, no entanto, poderá ser exumado. Nesta terça-feira, a advogada Flávia Froés, que defende o técnico de informática Lourival Correa Netto Fatica, assassino confesso da vítima, disse que o resultado exame de necropsia, feito por legistas da Polícia Civil, não incluiu respostas a quesitos específicos formulados pela defesa. Caso Anic: Assassino confesso de Anic Herdy dá detalhes sobre a morte da advogada durante reprodução simulada Caso Anic: filhos de assassino confesso de advogada têm prisão revogada, afirma defesa Autorizados pelo juízo da 2ª Vara Criminal de Petrópolis, os quesitos pediam, entre outras coisas, análise bioquímica de resíduos biológicos do corpo e análise forense do cadáver, incluindo identificação de vestígios de presenças de larvas de insetos necrófagos e estágio de desenvolvimento. O resultado do questionamento, dependendo do que fosse respondido, poderia ajudar a estabelecer a data e a hora em que Anic foi assassinada. O objetivo da solicitação, feita pela defesa de Lourival, é a de tentar provar que a vítima foi morta no mesmo dia em que desapareceu, ou seja, 29 de fevereiro de 2024. Assim, a tipificação do crime, de extorsão mediante sequestro seguida de morte, poderia ser trocada para homicídio. Se isso for confirmado, o técnico de informática seria submetido ao Tribunal do Júri, podendo ser condenado ou absolvido por jurados. Já se não houver troca na classificação do delito, a decisão de condenação ou absolvição é tomada diretamente por um juiz. Lourival Fatica (camisa branca) durante reprodução simulada morte de Anic no Centro de Petrópolis. Gabriel de Paiva/ Agência O Globo Flávia Froés afirmou já ter reiterado o pedido para que os quesitos sejam respondidos. Caso legistas aleguem não ter condições de responder às questões sem visualizar o corpo, um pedido de exumação poderá ser feito pela defesa do suspeito preso. Caso Anic: Crime teve corpo concretado, falso policial e resgate em bitcoins; conheça os detalhes Para que a exumação aconteça de fato, no entanto, será necessária ainda uma autorização da 2ª Vara Criminal de Petrópolis. — A questão da exumação, a gente vai ter que avaliar de acordo com as respostas que os peritos oficiais derem aos quesitos apresentados pela defesa. Se eles disseram que não tem condições (de fazer) sem avistar o corpo, infelizmente a gente vai ter que recorrer a esta questão da exumação— disse a advogada Flávia Froés. Segundo a advogada, apesar do corpo de Anic ter sido enterrado três dias após ser retirado da sapata de uma garagem, a data do encerramento do laudo é de 18 de outubro de 2024. No dia 25 de setembro, Lourival foi ouvido na 2ª Vara Criminal de Petrópolis e confessou o crime, informando o local exato onde o corpo de Anic estava escondido. Horas depois, a polícia localizou o cadáver, concretado na sapata da casa onde o técnico de informática morava, em Teresópolis. Anic Herdy e Lourival Fadiga Reprodução A estudante de Psicologia foi vista com vida pela última vez, no fim da manhã do dia 29 de fevereiro, quando saiu a pé de um shopping, no Centro de Petrópolis. Lourival Fatica confessou que, na ocasião, a vítima entrou em um carro dirigido por ele. O casal foi até um motel, em Itaipava. Uma hora depois, ele deu um soco na traqueia de Anic. Ainda segundo o relato do acusado, ela caiu no chão sangrando pela boca. Ele a colocou de bruços numa cama, e então foi até a garagem do motel, onde pegou na mala do carro, um fitilho plástico usado para lacrar embalagens. Em seguida, apertou o pescoço da advogada para supostamente tentar estancar o sangramento. Segundo o laudo cadavérico, Anic foi morta asfixia mecânica. Em seguida, o técnico de informática enrolou o cadáver em um lençol e o transportou até o local onde foi concretado. Caso Anic: Corpo de advogada ainda tinha aliança com nome do viúvo e próteses de silicone Na noite do dia 29 fevereiro, Benjamim Cordeiro Herdy, marido da vítima, recebeu mensagens em seu telefone alegando que sua mulher estava em poder de uma pessoa. O texto exigia R$4,6 milhões para que ela fosse libertada. O resgate foi totalmente quitado no dia 11 de março, mas Anc nunca voltou para casa. O caso foi registrado na 105ªDP (petrópolis), no dia 14 de março. Dias depois, Lourival foi preso. Em setembro, durante uma entrevista coletiva, a defesa do técnico de informática informou que ele escreveu uma carta na prisão, afirmando que Benjamim foi o mandante do crime. Na ocasião, advogados da família da vítima classificaram a acusação como um ato de desespero e crueldade e afirmaram que Lourival e seus procuradores seriam demandados na esfera cível, criminal e disciplinar. Procurada para falar sobre o assunto, a Polícia Civil emitiu nota dizendo que a investigação está sob sigilo e que até agora as provas colhidas não confirmaram a versão da defesa de Lourival. Abaixo, a íntegra do documento: "A investigação está sob sigilo. O relatório foi enviado à Justiça e retornou para cumprimento de diligências solicitadas pelo Ministério Público a fim de apurar nova versão apresentada pelo réu. Até o momento, as provas colhidas não confirmam a versão da defesa."
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