Candidato derrotado do PT em BH abre fogo contra Reginaldo Lopes e expõe racha interno
Rogério Correia fez texto chamando seu correligionário de 'atrevido'; deputado apoiou a reeleição do prefeito Fuad Noman (PSD) ainda em primeiro turno Derrotado nas eleições de Belo Horizonte, o deputado federal Rogério Correia abriu fogo contra seu colega de bancada Reginaldo Lopes e expôs neste sábado um verdadeiro racha dentro do PT. Magoado por Lopes ter embarcado no palanque de Fuad Noman (PSD) desde o primeiro turno, Correia fez um texto chamando-o de "atrevido" e ironizando sua tentativa de assumir a liderança do que chamou de "PT de centro". "Meu colega deputado de Minas Gerais tem se apressado em ser porta voz do 'PT de centro'. Claro que para isto, nossas bandeiras e compromissos precisam ser 'relativizadas', afinal não se vai à direita com o mesmo programa. Mas onde nosso amigo, que apoiou o PSD em BH desde a pré campanha e primeiro turno nas eleições passadas, quer chegar?", inicia o parlamentar. Em seguida, ele acusa Reginaldo Lopes de defender o enxugamento da máquina pública e de acreditar que o melhor caminho para o governo Lula (PT) seria cortar despesas em áreas como saúde e educação. Neste contexto, diz que ele estaria fortalecido para ser um "porta-voz do mercado". "E anda atrevido e como se sente empodeirado, exige unidade de todos os ministros em torno do arrocho fiscal . Ainda bem que dentro do PT ele não está com esta bola toda e penso que nem dentro do governo", finalizou. O pano de fundo das críticas públicas são desavenças entre os dois. Desde a pré-campanha, Reginaldo Lopes defendeu que o partido estivesse com o prefeito Fuad Noman e, quando houve a decisão de candidatura própria, preferia outros nomes como a hoje ministra Macaé Evaristo ou a deputada estadual Beatriz Cerqueira. Nos bastidores, articuladores chegaram a dizer que, na reta final, a campanha chegou a ter como objetivo ter mais votos que Lopes em 2016, quando o deputado teve 7% dos votos. Mesmo diante de todos os indícios, Rogério negava qualquer rixa: Logo após o primeiro turno, Lopes fez postagens em que defendia que o partido se reformulasse. Quem se juntou ao coro de Reginaldo Lopes foi a prefeita de Contagem, Marília Campos. Os posicionamentos de ambos incomodou a ala mais identitária. PT dividido A desavença entre os dois políticos reflete a divisão atual do PT em Minas Gerais, tendo em vista inclusive as eleições de 2026. A ala que Reginaldo Lopes encabeça defende uma composição ao centro, possivelmente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), como postulante ao governo. Há um consenso de que o partido não teria nomes com fôlego para ganhar a eleição. — Essa eleição de 2024 foi um fiasco. Requer uma avaliação e reposicionamento do partido. Não acho que seja o momento de falar em nomes para 2026, mas defendo uma aliança com o centro. A eleição de Lula mostra a importância da união — disse Lopes ao GLOBO há duas semanas. Mas há quem defenda nome próprio e esteja incomodado com essas declarações públicas de apoio ao centro. Esses filiados tem em mente Beatriz Cerqueira e Macaé Evaristo, que chegaram a ser cotadas para a prefeitura de Belo Horizonte, e a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão. Marília Campos também era apontada, mas já descartou participar do pleito.
Rogério Correia fez texto chamando seu correligionário de 'atrevido'; deputado apoiou a reeleição do prefeito Fuad Noman (PSD) ainda em primeiro turno Derrotado nas eleições de Belo Horizonte, o deputado federal Rogério Correia abriu fogo contra seu colega de bancada Reginaldo Lopes e expôs neste sábado um verdadeiro racha dentro do PT. Magoado por Lopes ter embarcado no palanque de Fuad Noman (PSD) desde o primeiro turno, Correia fez um texto chamando-o de "atrevido" e ironizando sua tentativa de assumir a liderança do que chamou de "PT de centro". "Meu colega deputado de Minas Gerais tem se apressado em ser porta voz do 'PT de centro'. Claro que para isto, nossas bandeiras e compromissos precisam ser 'relativizadas', afinal não se vai à direita com o mesmo programa. Mas onde nosso amigo, que apoiou o PSD em BH desde a pré campanha e primeiro turno nas eleições passadas, quer chegar?", inicia o parlamentar. Em seguida, ele acusa Reginaldo Lopes de defender o enxugamento da máquina pública e de acreditar que o melhor caminho para o governo Lula (PT) seria cortar despesas em áreas como saúde e educação. Neste contexto, diz que ele estaria fortalecido para ser um "porta-voz do mercado". "E anda atrevido e como se sente empodeirado, exige unidade de todos os ministros em torno do arrocho fiscal . Ainda bem que dentro do PT ele não está com esta bola toda e penso que nem dentro do governo", finalizou. O pano de fundo das críticas públicas são desavenças entre os dois. Desde a pré-campanha, Reginaldo Lopes defendeu que o partido estivesse com o prefeito Fuad Noman e, quando houve a decisão de candidatura própria, preferia outros nomes como a hoje ministra Macaé Evaristo ou a deputada estadual Beatriz Cerqueira. Nos bastidores, articuladores chegaram a dizer que, na reta final, a campanha chegou a ter como objetivo ter mais votos que Lopes em 2016, quando o deputado teve 7% dos votos. Mesmo diante de todos os indícios, Rogério negava qualquer rixa: Logo após o primeiro turno, Lopes fez postagens em que defendia que o partido se reformulasse. Quem se juntou ao coro de Reginaldo Lopes foi a prefeita de Contagem, Marília Campos. Os posicionamentos de ambos incomodou a ala mais identitária. PT dividido A desavença entre os dois políticos reflete a divisão atual do PT em Minas Gerais, tendo em vista inclusive as eleições de 2026. A ala que Reginaldo Lopes encabeça defende uma composição ao centro, possivelmente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), como postulante ao governo. Há um consenso de que o partido não teria nomes com fôlego para ganhar a eleição. — Essa eleição de 2024 foi um fiasco. Requer uma avaliação e reposicionamento do partido. Não acho que seja o momento de falar em nomes para 2026, mas defendo uma aliança com o centro. A eleição de Lula mostra a importância da união — disse Lopes ao GLOBO há duas semanas. Mas há quem defenda nome próprio e esteja incomodado com essas declarações públicas de apoio ao centro. Esses filiados tem em mente Beatriz Cerqueira e Macaé Evaristo, que chegaram a ser cotadas para a prefeitura de Belo Horizonte, e a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão. Marília Campos também era apontada, mas já descartou participar do pleito.
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