'Botecar': nova competição de petiscos chega ao Rio para celebrar a cultura de bar
De 21 de novembro a 20 de dezembro, cerca de 35 estabelecimentos da cidade, entre tradicionais e novatos, da Zona Sul e da Zona Norte, vão escolher um prato para participar do concurso Preparem os guardanapos! Há dez anos celebrando a cultura botequeira em Belo Horizonte, o Festival Botecar se prepara para chegar ao Rio de Janeiro. De 21 de novembro a 20 de dezembro, cerca de 35 bares "raiz" da cidade, entre tradicionais e novatos, da Zona Sul e da Zona Norte, vão escolher um petisco para participar do mais novo concurso da cidade. O festival proporcionará uma resenha de respeito aos cariocas, além de resgatar a tradição local e abrir espaço para a nova geração de botequim. Caso Anic: Justiça decreta quebra de sigilo telefônico e telemático de viúvo da vítima África no Rio: conheça os lugares e eventos que celebram a herança negra na cidade Até o momento, já estão confirmadas as participações do Aconchego Carioca, Adega do Pimenta, Adonis, Bafo da Prainha, Baixela, Bar Barata Ribeiro, Bar da Gema, Bar da Frente, Bar da Portuguesa, Bar do Momo, Bar do Trotta, Bar Madrid, Bar Maravilha, Bar Urca, Bode Cheiroso, Casa Porto, Costelas, Gato de Botas, Kalango, Lá na Rosi, Maria Lôca, Pavão Azul, Porco Amigo, Real Chopp, Suru Bar, Tô Careca de Saber, Jobi, Jobá, Enchendo Linguiça e Xepa. Os novos Portinha, Quitanda, Zuza e Capiau, que vão abrir na abertura do concurso, prometem concorrer como gente grande, de igual para igual. Outra grande novidade é a participação e abertura do 5ª Categoria, novo bar da família Rabello, do Galeto Sat's, ao lado da Adega da Velha. Na estreia do festival, os petiscos terão a música carioca como inspiração. Pode ser uma canção que fale do Rio de Janeiro ou de algum compositor ou intérprete que tenha nascido aqui ou escolhido a cidade para viver. Vale, vale tudo! Alguns petiscos já estão escolhidos, caso dos tradicionais Bar da Frente, na Praça da Bandeira, que se inspirou num clássico de funkeira Tati Quebra Barraco, o "Tá ardendo, assopra" ("69, frango assado"): risole de frango assado picante; e Bode Cheiroso, no Maracanã, com o Bobode Camarão que Dorme, um bobó de camarão esperto. Mariana Rezende, Bar da Frente Fabio Rossi Já no Real Chopp, um clássico de Copacabana, o petisco será a porção do tradicional bolinho de carne da casa, conhecido como feioso. O nome do petisco será "O Feio", música de Roberto Carlos. Na Quitanda, bar novo no Catete, da cozinheira Mariana Padrão, o prato escolhido foi Maxixada da Luz: maxixe recheado com calabresa e molho de tomate, servido com pão. Homenagem ao músico e compositor Moacyr Luz, o bar, que tem entre os sócios o cantor e compositor João Martins, respira música e é frequentado por muitos sambistas da velha e da nova geração. Como será o concurso O Botecar é um festival de botecos que acontece em Belo Horizonte desde 2014 e não exige exclusividade na competição. Cada bar terá um petisco concorrente inspirado na música regional. Com votação popular – e também de jurados especializados –, o público terá 30 dias para se deliciar com os melhores petiscos. Os valores dos aperitivos vão variar entre R$ 25 e R$ 40. O público e os jurados dão uma única nota de 0 a 10, levando em consideração os seguintes itens: petisco, ambiente, atendimento e temperatura da bebida. A cerveja oficial do evento é a Brahma, podendo ser chopp ou garrafa de 600 ml. — É com grande entusiasmo que anunciamos a estreia do Botecar na cidade maravilhosa! Após explorar a “mineiridade” em edições anteriores, o Botecar chega ao Rio de Janeiro pela primeira vez, celebrando a rica e diversificada cultura carioca. Nossa proposta é unir o melhor da gastronomia carioca com a riqueza dos ritmos que embalam o Rio de Janeiro. Cada prato será uma homenagem aos gêneros musicais icônicos que moldam a identidade da cidade — conta Antônio Lúcio Martins, idealizador do festival. 'Respiro para a cidade' Para Raphael Vidal, empresário dono do Bafo da Prainha, Casa Porto e do Capiau, os três na região Central, a competição é uma chance de trazer ainda mais visibilidade para estabelecimentos já consagrados. Indagado sobre as diferenças entre o Comida Di Buteco e o Botecar, ele apontou o regulamento das competições. Vidal destacou a importância de novos projetos para que outros estabelecimentos tenham as mesmas oportunidades. — Nós participamos do Comida Di Buteco em 2019. Ele foi fundamental para o Casa Porto se estabelecer, então sou muito grato, acho que é um projeto que valoriza a cultura dos botequins e isso é muito importante para a cidade. Ao longo dos anos, assim como todo projeto, ele foi sofrendo alguns ajustes e acho que é do jogo. O Comida di Buteco é uma referência e tem direito a ter as suas regras. Devido a isso, alguns bares não podem participar. Eu acho que trazer uma coisa nova é um respiro também para a cidade, para que muitos desses bares que não podem mais participar de um concurso como esse sejam reconhecidos — diz Vidal. Enquanto isso, João Paulo Campos, dono do Bar V
De 21 de novembro a 20 de dezembro, cerca de 35 estabelecimentos da cidade, entre tradicionais e novatos, da Zona Sul e da Zona Norte, vão escolher um prato para participar do concurso Preparem os guardanapos! Há dez anos celebrando a cultura botequeira em Belo Horizonte, o Festival Botecar se prepara para chegar ao Rio de Janeiro. De 21 de novembro a 20 de dezembro, cerca de 35 bares "raiz" da cidade, entre tradicionais e novatos, da Zona Sul e da Zona Norte, vão escolher um petisco para participar do mais novo concurso da cidade. O festival proporcionará uma resenha de respeito aos cariocas, além de resgatar a tradição local e abrir espaço para a nova geração de botequim. Caso Anic: Justiça decreta quebra de sigilo telefônico e telemático de viúvo da vítima África no Rio: conheça os lugares e eventos que celebram a herança negra na cidade Até o momento, já estão confirmadas as participações do Aconchego Carioca, Adega do Pimenta, Adonis, Bafo da Prainha, Baixela, Bar Barata Ribeiro, Bar da Gema, Bar da Frente, Bar da Portuguesa, Bar do Momo, Bar do Trotta, Bar Madrid, Bar Maravilha, Bar Urca, Bode Cheiroso, Casa Porto, Costelas, Gato de Botas, Kalango, Lá na Rosi, Maria Lôca, Pavão Azul, Porco Amigo, Real Chopp, Suru Bar, Tô Careca de Saber, Jobi, Jobá, Enchendo Linguiça e Xepa. Os novos Portinha, Quitanda, Zuza e Capiau, que vão abrir na abertura do concurso, prometem concorrer como gente grande, de igual para igual. Outra grande novidade é a participação e abertura do 5ª Categoria, novo bar da família Rabello, do Galeto Sat's, ao lado da Adega da Velha. Na estreia do festival, os petiscos terão a música carioca como inspiração. Pode ser uma canção que fale do Rio de Janeiro ou de algum compositor ou intérprete que tenha nascido aqui ou escolhido a cidade para viver. Vale, vale tudo! Alguns petiscos já estão escolhidos, caso dos tradicionais Bar da Frente, na Praça da Bandeira, que se inspirou num clássico de funkeira Tati Quebra Barraco, o "Tá ardendo, assopra" ("69, frango assado"): risole de frango assado picante; e Bode Cheiroso, no Maracanã, com o Bobode Camarão que Dorme, um bobó de camarão esperto. Mariana Rezende, Bar da Frente Fabio Rossi Já no Real Chopp, um clássico de Copacabana, o petisco será a porção do tradicional bolinho de carne da casa, conhecido como feioso. O nome do petisco será "O Feio", música de Roberto Carlos. Na Quitanda, bar novo no Catete, da cozinheira Mariana Padrão, o prato escolhido foi Maxixada da Luz: maxixe recheado com calabresa e molho de tomate, servido com pão. Homenagem ao músico e compositor Moacyr Luz, o bar, que tem entre os sócios o cantor e compositor João Martins, respira música e é frequentado por muitos sambistas da velha e da nova geração. Como será o concurso O Botecar é um festival de botecos que acontece em Belo Horizonte desde 2014 e não exige exclusividade na competição. Cada bar terá um petisco concorrente inspirado na música regional. Com votação popular – e também de jurados especializados –, o público terá 30 dias para se deliciar com os melhores petiscos. Os valores dos aperitivos vão variar entre R$ 25 e R$ 40. O público e os jurados dão uma única nota de 0 a 10, levando em consideração os seguintes itens: petisco, ambiente, atendimento e temperatura da bebida. A cerveja oficial do evento é a Brahma, podendo ser chopp ou garrafa de 600 ml. — É com grande entusiasmo que anunciamos a estreia do Botecar na cidade maravilhosa! Após explorar a “mineiridade” em edições anteriores, o Botecar chega ao Rio de Janeiro pela primeira vez, celebrando a rica e diversificada cultura carioca. Nossa proposta é unir o melhor da gastronomia carioca com a riqueza dos ritmos que embalam o Rio de Janeiro. Cada prato será uma homenagem aos gêneros musicais icônicos que moldam a identidade da cidade — conta Antônio Lúcio Martins, idealizador do festival. 'Respiro para a cidade' Para Raphael Vidal, empresário dono do Bafo da Prainha, Casa Porto e do Capiau, os três na região Central, a competição é uma chance de trazer ainda mais visibilidade para estabelecimentos já consagrados. Indagado sobre as diferenças entre o Comida Di Buteco e o Botecar, ele apontou o regulamento das competições. Vidal destacou a importância de novos projetos para que outros estabelecimentos tenham as mesmas oportunidades. — Nós participamos do Comida Di Buteco em 2019. Ele foi fundamental para o Casa Porto se estabelecer, então sou muito grato, acho que é um projeto que valoriza a cultura dos botequins e isso é muito importante para a cidade. Ao longo dos anos, assim como todo projeto, ele foi sofrendo alguns ajustes e acho que é do jogo. O Comida di Buteco é uma referência e tem direito a ter as suas regras. Devido a isso, alguns bares não podem participar. Eu acho que trazer uma coisa nova é um respiro também para a cidade, para que muitos desses bares que não podem mais participar de um concurso como esse sejam reconhecidos — diz Vidal. Enquanto isso, João Paulo Campos, dono do Bar Velho Adonis, Casa do Galeto e Che Gusto, todos na Zona Norte do Rio, pontuou a diferença do perfil dos bares de cada uma das competições, ressaltando que as duas são necessárias para a valorização da cultura carioca: — O Comida Di Buteco valoriza a capacidade dos bares novos, aqueles estabelecimentos onde o proprietário só tem aquele botequim. Eu tenho três botecos, então não podia participar. Já o Botecar está mais voltado para bares conhecidos. Os dois projetos são maravilhosos. É sempre uma alegria participar de algum festival ou concurso, o legal é levar a nossa marca. Dona Donzília Gomes, responsável pelo Bar da Portuguesa, tradicional botequim localizado em Ramos, na Zona Norte, relatou dificuldade para seguir as regras estabelecidas pelo CDI, principalmente em relação a temperatura das bebidas. Após receber uma nota baixa na disputa, Donzília resolveu dar um tempo nas competições. — Nós gelávamos a cerveja, aí vinha alguém e falava que a temperatura não estava certa. Acontece que recebemos uma nota muito baixa e não quisemos mais participar. Fora isso, eu também já estou cansada, foram muito anos, então agora nós deixamos os outros brilharem. Foi muito bom, não posso reclamar, mas tiveram essas coisas. Agora achamos esse outro evento bem legal e temos certeza que vai dar tudo certo — afirma. Por fim, Antônio Carlos Laffargue, mais conhecido como Toninho, do Bar do Momo, na Tijuca, na Zona Norte, conta que está entusiasmado com a nova competição. O empresário adiantou ao GLOBO que o prato escolhido, que se chama "Nosso Sonho", faz uma homenagem a Claudinho e Buchecha. — Nós participamos do Comida Di Buteco durante oito anos. Nada me desanima, então vi essa chance, que também parece bem bacana, e resolvemos entrar. Vamos empolgados para homenagear o funk. Iremos trazer o "Nosso Sonho", uma batata baroa com carne de porco — relata. A co-fundadora do Comida Di Buteco, Maria Eulália Araújo, comemorou a chegada de uma nova competição ao Rio e falou sobre a relevância desses eventos para os botecos. Araújo explicou que, no caso do CDB, o perfil dos estabelecimentos convidados é específico e não são aceitos empresários que tenham mais de um negócio. — Valorizamos todas as iniciativas que promovam o setor e valorizem os botecos. O CDB vai fazer 25 anos em 2025 e nessa estrada foram muitas iniciativas que nasceram inspiradas nele. Tem espaço para todos que querem fazer um trabalho sério.O perfil dos estabelecimentos que convidamos é mais específico: boteco tocado pelo dono, negócios familiares. Estamos sempre abertos ao retorno de botecos que já saíram e quiseram voltar. Faz parte da nossa dinâmica — alega. A curadoria dos bares do festival Botecar é das jornalistas Marcela Sobral e Pitty Basílio.
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