Após mercado prever altas da Selic, Galípolo afirma que decisão será tomada 'reunião a reunião'
Segundo diretor de política monetária do Banco Central, prioridade será atingir a meta de inflação de 3% ao ano O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira que a autoridade monetária irá avaliar indicadores econômicos antes de determinar o rumo da taxa básica de juros. A declaração ocorre após especulações do mercado de que o BC aceleraria as altas na Selic nas próximas reuniões. Segundo Galípolo, a prioridade é atingir a meta de inflação de 3% para o ano. O economista, que já teve seu nome aprovado pelo Senado para assumir a presidência da autarquia no ano que vem, disse que o BC continua trabalhando sem um guidance (orientações sobre passos futuros) e que não há uma relação direta entre variáveis como o câmbio e a taxa de juros. — A gente vai analisar de reunião a reunião a evolução desses dados que a gente vem acompanhando, sem oferecer nenhum tipo de guidance e nem estabelecer relação mecânica com nenhuma das outras variáveis — disse Galípolo, no Fórum de Investimento 2025, promovido pelo Bradesco Asset Management, em São Paulo. Segundo o economista, a autoridade está acompanhando os dados do mercado de trabalho, considerando que o desemprego se encontra em níveis historicamente baixos, além dos indicadores de comércio e rendimento. Galípolo reconheceu que, em um cenário de grande incerteza e volatilidade, é normal haver uma demanda por orientação mais clara, o que às vezes leva a interpretações equivocadas. Após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta terça-feira, uma parcela do mercado financeiro passou a considerar a chance de o Banco Central acelerar o ritmo de alta da taxa básica de juros e, na próxima reunião, em 11 de dezembro, elevar a Selic em 0,75 ponto percentual. O documento foi interpretado como sendo mais "duro" do que o comunicado divulgado logo após a decisão da semana passada. — Você ter uma fala que não sinaliza algo muitas vezes é interpretado como uma sinalização de outra coisa por eliminação, no desejo, no anseio de extrair algum tipo de guidance. E não é isso — concluiu, dizendo que o compromisso com a meta de inflação é “inegociável”.
Segundo diretor de política monetária do Banco Central, prioridade será atingir a meta de inflação de 3% ao ano O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira que a autoridade monetária irá avaliar indicadores econômicos antes de determinar o rumo da taxa básica de juros. A declaração ocorre após especulações do mercado de que o BC aceleraria as altas na Selic nas próximas reuniões. Segundo Galípolo, a prioridade é atingir a meta de inflação de 3% para o ano. O economista, que já teve seu nome aprovado pelo Senado para assumir a presidência da autarquia no ano que vem, disse que o BC continua trabalhando sem um guidance (orientações sobre passos futuros) e que não há uma relação direta entre variáveis como o câmbio e a taxa de juros. — A gente vai analisar de reunião a reunião a evolução desses dados que a gente vem acompanhando, sem oferecer nenhum tipo de guidance e nem estabelecer relação mecânica com nenhuma das outras variáveis — disse Galípolo, no Fórum de Investimento 2025, promovido pelo Bradesco Asset Management, em São Paulo. Segundo o economista, a autoridade está acompanhando os dados do mercado de trabalho, considerando que o desemprego se encontra em níveis historicamente baixos, além dos indicadores de comércio e rendimento. Galípolo reconheceu que, em um cenário de grande incerteza e volatilidade, é normal haver uma demanda por orientação mais clara, o que às vezes leva a interpretações equivocadas. Após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta terça-feira, uma parcela do mercado financeiro passou a considerar a chance de o Banco Central acelerar o ritmo de alta da taxa básica de juros e, na próxima reunião, em 11 de dezembro, elevar a Selic em 0,75 ponto percentual. O documento foi interpretado como sendo mais "duro" do que o comunicado divulgado logo após a decisão da semana passada. — Você ter uma fala que não sinaliza algo muitas vezes é interpretado como uma sinalização de outra coisa por eliminação, no desejo, no anseio de extrair algum tipo de guidance. E não é isso — concluiu, dizendo que o compromisso com a meta de inflação é “inegociável”.
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