Após corte de luz por falta de pagamento, parte dos alunos da UFRJ terá aulas nas áreas externas do campus do Fundão

Segundo reitor, suspensão no fornecimento de luz também afeta áreas do Museu Nacional, o que a Light nega A Light cortou, nesta terça-feira, parte da energia elétrica em parte de dois campus da UFRJ: na Ilha do Fundão e na Quinta da Boa Vista. Com restrições orçamentárias, a universidade deve R$ 35,7 milhões à empresa. Segundo a Light, o corte foi autorizado por decisão judicial e se limitou a atividades consideradas não essenciais. O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, diz que já recorreu da decisão. E discordou dos critérios da companhia do que seriam serviços essenciais. Complexo de Israel: Policial e irmão são baleados ao entrarem por engano na Cidade Alta, na Zona Norte do Rio Preso na piscina: gerente do tráfico do Complexo da Penha é preso enquanto curtia o dia: 'Segue a paz' — Uma dos locais que tivemos a luz cortada foi o edifício Jorge Machado Moreira, onde funcionam as faculdades de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e Belas Artes. Aulas são atividades essenciais. Nesta quarta-feira, vamos manter as atividades com aulas externas. Eu mesmo estarei lá, às 10h, apresentando um relato dos problemas que enfrentamos — disse Medronho. Fim da linha: 'trenzinho da alegria' é apreendido na Ponte Rio-Niterói por lista de irregularidades Ainda no campus do Fundão, segundo Medronho, também foram cortados o abastecimento de energia da editora da UFRJ e do estacionamento do Instituto Coppead de Administração, a escola de negócios da universidade. As informações sobre os cortes foram antecipadas pelo blog do colunista Ancelmo Gois, do GLOBO. G20 no Rio: veja o que muda no trânsito da cidade durante o evento Na Quinta da Boa Vista, segundo informação do reitor, a empresa chegou a cortar a energia do prédio principal do museu, que pegou fogo em 2018, mas a situação foi normalizada. A Light, no entanto, afirma que não cortou a energia do prédio. Manto preservado Ainda segundo o reitor, um dos locais que correu risco de ter a energia desligada foi o espaço onde está guardado o manto Tupinambá, doado do Museu Nacional da Dinamarca para recompor o acervo, destruído no incêndio há seis anos. — Nós argumentamos que o manto deve ser preservado em condições especiais e conseguimos que não houvesse o corte. Mas outras instalações próximas, onde guardamos coleções, tiveram a energia cortada. Isso expõe mais acervo ao risco de incêndio. Nesses laboratórios há muitos produtos inflamáveis e as temperaturas da cidade estão elevadas — disse Medronho. O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, explicou a situação do acervo. — O museu não é só o prédio principal. Essa área que está sem luz tem 43 mil metros quadrados e inclui o setor da administração. Ali nós estamos guardando coleções valiosíssimas que precisam ser preservadas em álcool. O local deveria ser mantido permanentemente com o ar-condicionado ligado, mas estamos sem luz — disse Kellner. Light detalha dívida Segundo a concessionária, o corte se deu após diversas tentativas de acordo nos últimos meses. Desses R$ 35,7 milhões, um total de R$ 31,8 milhões, se referem a faturas desde março. Os R$ 3,9 milhões restantes se referem a parcelas não quitadas de um acordo feito pela UFRJ em 2020. Naquele ano, a Universidade fechou um acordo para parcelar uma dívida R$ 21,3 milhões; mas, deste total apenas R$ 13 milhões foram quitados. Segundo a concessionária, as unidades cadastradas como essenciais, como os serviços de saúde e segurança, foram poupadas da suspensão para garantir a continuidade desses atendimentos à população.

Nov 13, 2024 - 04:53
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Após corte de luz por falta de pagamento, parte dos  alunos da UFRJ terá aulas nas áreas externas do campus do Fundão

Segundo reitor, suspensão no fornecimento de luz também afeta áreas do Museu Nacional, o que a Light nega A Light cortou, nesta terça-feira, parte da energia elétrica em parte de dois campus da UFRJ: na Ilha do Fundão e na Quinta da Boa Vista. Com restrições orçamentárias, a universidade deve R$ 35,7 milhões à empresa. Segundo a Light, o corte foi autorizado por decisão judicial e se limitou a atividades consideradas não essenciais. O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, diz que já recorreu da decisão. E discordou dos critérios da companhia do que seriam serviços essenciais. Complexo de Israel: Policial e irmão são baleados ao entrarem por engano na Cidade Alta, na Zona Norte do Rio Preso na piscina: gerente do tráfico do Complexo da Penha é preso enquanto curtia o dia: 'Segue a paz' — Uma dos locais que tivemos a luz cortada foi o edifício Jorge Machado Moreira, onde funcionam as faculdades de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e Belas Artes. Aulas são atividades essenciais. Nesta quarta-feira, vamos manter as atividades com aulas externas. Eu mesmo estarei lá, às 10h, apresentando um relato dos problemas que enfrentamos — disse Medronho. Fim da linha: 'trenzinho da alegria' é apreendido na Ponte Rio-Niterói por lista de irregularidades Ainda no campus do Fundão, segundo Medronho, também foram cortados o abastecimento de energia da editora da UFRJ e do estacionamento do Instituto Coppead de Administração, a escola de negócios da universidade. As informações sobre os cortes foram antecipadas pelo blog do colunista Ancelmo Gois, do GLOBO. G20 no Rio: veja o que muda no trânsito da cidade durante o evento Na Quinta da Boa Vista, segundo informação do reitor, a empresa chegou a cortar a energia do prédio principal do museu, que pegou fogo em 2018, mas a situação foi normalizada. A Light, no entanto, afirma que não cortou a energia do prédio. Manto preservado Ainda segundo o reitor, um dos locais que correu risco de ter a energia desligada foi o espaço onde está guardado o manto Tupinambá, doado do Museu Nacional da Dinamarca para recompor o acervo, destruído no incêndio há seis anos. — Nós argumentamos que o manto deve ser preservado em condições especiais e conseguimos que não houvesse o corte. Mas outras instalações próximas, onde guardamos coleções, tiveram a energia cortada. Isso expõe mais acervo ao risco de incêndio. Nesses laboratórios há muitos produtos inflamáveis e as temperaturas da cidade estão elevadas — disse Medronho. O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, explicou a situação do acervo. — O museu não é só o prédio principal. Essa área que está sem luz tem 43 mil metros quadrados e inclui o setor da administração. Ali nós estamos guardando coleções valiosíssimas que precisam ser preservadas em álcool. O local deveria ser mantido permanentemente com o ar-condicionado ligado, mas estamos sem luz — disse Kellner. Light detalha dívida Segundo a concessionária, o corte se deu após diversas tentativas de acordo nos últimos meses. Desses R$ 35,7 milhões, um total de R$ 31,8 milhões, se referem a faturas desde março. Os R$ 3,9 milhões restantes se referem a parcelas não quitadas de um acordo feito pela UFRJ em 2020. Naquele ano, a Universidade fechou um acordo para parcelar uma dívida R$ 21,3 milhões; mas, deste total apenas R$ 13 milhões foram quitados. Segundo a concessionária, as unidades cadastradas como essenciais, como os serviços de saúde e segurança, foram poupadas da suspensão para garantir a continuidade desses atendimentos à população.

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