Alckmin apresenta nova meta climática do Brasil na COP29; especialistas consideram plano 'pouco ambicioso'

O vice-presidente Geraldo Alckmin apresentou oficialmente nesta quarta-feira a nova meta brasileira de redução da emissão dos gases do efeito estufa (GEEs) em até 67% para 2035 durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), realizada em Baku, no Azerbaijão. Alckmin considerou o compromisso "ambicioso, mas factível". Especialistas da área ambiental, no entanto, classificaram a proposta como "insuficiente" e "aquém do esperado". A nova meta foi anunciada na última sexta-feira pelo governo federal, mas foi entregue hoje à ONU pela delegação brasileira no Azerbaijão. Os países tinham até fevereiro de 2025 para apresentar os seus compromissos, mas o governo brasileiro quis se antecipar para tentar encabeçar as discussões na COP30, que será realizada em Belém em novembro do ano que vem. O secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, considerou como "positivo" o Brasil ter se adiantado no debate, mas afirmou que o país tinha "o potencial de fazer muito do que o que prometemos". --- Para sermos líderes, como presidente Lula prega, precisamos de mais ousadia e ambição" --- disse Astrini. O Observatório do Clima é a maior coalizão de ONGs ambientalistas do país. As propostas integram as chamadas Contribuições Nacionais Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), que são os planos no qual cada país se comprometeu a elaborar e atualizar a cada cinco anos no Acordo de Paris. O objetivo do pacto é manter o aquecimento da Terra abaixo de 2 °C.

Nov 13, 2024 - 15:21
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Alckmin apresenta nova meta climática do Brasil na COP29; especialistas consideram plano 'pouco ambicioso'

O vice-presidente Geraldo Alckmin apresentou oficialmente nesta quarta-feira a nova meta brasileira de redução da emissão dos gases do efeito estufa (GEEs) em até 67% para 2035 durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), realizada em Baku, no Azerbaijão. Alckmin considerou o compromisso "ambicioso, mas factível". Especialistas da área ambiental, no entanto, classificaram a proposta como "insuficiente" e "aquém do esperado". A nova meta foi anunciada na última sexta-feira pelo governo federal, mas foi entregue hoje à ONU pela delegação brasileira no Azerbaijão. Os países tinham até fevereiro de 2025 para apresentar os seus compromissos, mas o governo brasileiro quis se antecipar para tentar encabeçar as discussões na COP30, que será realizada em Belém em novembro do ano que vem. O secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, considerou como "positivo" o Brasil ter se adiantado no debate, mas afirmou que o país tinha "o potencial de fazer muito do que o que prometemos". --- Para sermos líderes, como presidente Lula prega, precisamos de mais ousadia e ambição" --- disse Astrini. O Observatório do Clima é a maior coalizão de ONGs ambientalistas do país. As propostas integram as chamadas Contribuições Nacionais Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), que são os planos no qual cada país se comprometeu a elaborar e atualizar a cada cinco anos no Acordo de Paris. O objetivo do pacto é manter o aquecimento da Terra abaixo de 2 °C.

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