Agro é cada vez mais digital, mas ainda há espaço para avanço da tecnologia
De acordo com a empresa Totvs, companhias de maior porte estão na vanguarda e podem influenciar as demais no uso de tecnologias e conectividade As empresas de grande porte no agronegócio se mantêm na vanguarda do uso de tecnologias de campo, de gestão e de análise de dados de duas operações. Mas ainda há espaço para ampliar essa utilização, especialmente pelas empresas de menor porte. A avaliação é da Totvs empresa do setor de tecnologia, que fornece soluções operacionais e de administração para diversos segmentos do agro. Agro é jovem: nova geração no campo amplia uso de tecnologia e torna Brasil mais competitivo Soja, milho e búfalos: Agronegócio do Pará cresce mais que a média nacional e investe em tecnologia contra desmatamento A Totvs fez uma pesquisa sobre produtividade tecnológica e digitalização no setor, com 350 executivos de empresas com um faturamento mínimo de R$ 20 milhões. Entre as grandes, 58% informaram ter sistemas de processamento de dados em tempo real. Nas médias-grandes, são 44%; nas médias, 15%; e nas pequenas, 36%. Fabrício Orrigo, diretor de produtos agro da Totvs, diz que a explicação para esse cenário vai além do tamanho das empresas. Tem a ver também com estrutura, capacidade de acesso a recursos e a existência de processos mais estabelecidos. Colheita: Brasil já tem 3 safras agrícolas por ano, e tecnologia pode fazer produção dobrar “Quando as empresas começam a ter um porte maior, passam a ter processos mais estruturados, e se torna uma necessidade ter controles, gestão e compliance. Os sistemas vêm ajudar em tudo isso. Nas de menor porte, os investimentos acabam se concentrando na produção, como porta de entrada, para, depois, ir para a gestão”, afirma. Com uma maturidade tecnológica maior, as grandes companhias podem influenciar as demais e, assim, contribuir com a digitalização em todo o agronegócio, na visão da Totvs. Os desafios, de acordo com Orrigo, são diversos. Um deles, é cultural, que tende a ser vencido à medida que a gestão das empresas passe por uma mudança geracional. Outro desafio é como atender um setor diversificado, como a agropecuária. O diretor de produtos agro da Totvs diz acreditar que um caminho é a segmentação. Um mesmo sistema voltado para a cana-de-açúcar, por exemplo, poderia abranger usuários de vários portes e perfis na cadeia produtiva. O mesmo poderia ocorrer em outras áreas. Formação profissional: Tecnologia avança no campo e trabalhadores se adaptam à nova fazenda digital e mecanizada “Um cliente mais complexo vai utilizar todos os módulos do sistema. Outro vai usar menos módulos, porque não tem uma operação que demanda um controle maior”, explica. E há também a questão da conectividade, em dois aspectos específicos. Um é o acesso à internet, que avança, mas ainda é gargalo no campo. A Associação ConectarAGRO estima que a proporção de imóveis rurais conectados no Brasil é de 43,8%. O outro aspecto é interconectar as informações geradas pelas diversas soluções. “As empresas de maior porte já estão à frente nesse sentido porque já têm ferramentas mais robustas ou trabalham com fornecedores de sistemas integrados. Para as menores, integração dos sistemas ainda é um desafio grande”, diz Orrigo. Drones, internet e dados: Como a nova geração de produtores acelera transição tecnológica no campo Atualmente, a Totvs atua nas áreas de crédito, performance de negócios e gestão, segmento que inclui os clientes do agronegócio. No setor, tem clientes em bioenergia, originação e beneficiamento. Orrigo não detalha a participação do agro nos negócios. Afirma apenas que o segmento cresce em patamares superiores às metas. “O agro, neste ano, teve desafios, principalmente com questões climáticas. Acreditamos que 2025 tende a ser melhor. Estamos investindo em novas funcionalidades para atender o mercado”, resume, explicando que a estratégia é diversificar o portfólio, seja de forma orgânica ou por parcerias e aquisições.
De acordo com a empresa Totvs, companhias de maior porte estão na vanguarda e podem influenciar as demais no uso de tecnologias e conectividade As empresas de grande porte no agronegócio se mantêm na vanguarda do uso de tecnologias de campo, de gestão e de análise de dados de duas operações. Mas ainda há espaço para ampliar essa utilização, especialmente pelas empresas de menor porte. A avaliação é da Totvs empresa do setor de tecnologia, que fornece soluções operacionais e de administração para diversos segmentos do agro. Agro é jovem: nova geração no campo amplia uso de tecnologia e torna Brasil mais competitivo Soja, milho e búfalos: Agronegócio do Pará cresce mais que a média nacional e investe em tecnologia contra desmatamento A Totvs fez uma pesquisa sobre produtividade tecnológica e digitalização no setor, com 350 executivos de empresas com um faturamento mínimo de R$ 20 milhões. Entre as grandes, 58% informaram ter sistemas de processamento de dados em tempo real. Nas médias-grandes, são 44%; nas médias, 15%; e nas pequenas, 36%. Fabrício Orrigo, diretor de produtos agro da Totvs, diz que a explicação para esse cenário vai além do tamanho das empresas. Tem a ver também com estrutura, capacidade de acesso a recursos e a existência de processos mais estabelecidos. Colheita: Brasil já tem 3 safras agrícolas por ano, e tecnologia pode fazer produção dobrar “Quando as empresas começam a ter um porte maior, passam a ter processos mais estruturados, e se torna uma necessidade ter controles, gestão e compliance. Os sistemas vêm ajudar em tudo isso. Nas de menor porte, os investimentos acabam se concentrando na produção, como porta de entrada, para, depois, ir para a gestão”, afirma. Com uma maturidade tecnológica maior, as grandes companhias podem influenciar as demais e, assim, contribuir com a digitalização em todo o agronegócio, na visão da Totvs. Os desafios, de acordo com Orrigo, são diversos. Um deles, é cultural, que tende a ser vencido à medida que a gestão das empresas passe por uma mudança geracional. Outro desafio é como atender um setor diversificado, como a agropecuária. O diretor de produtos agro da Totvs diz acreditar que um caminho é a segmentação. Um mesmo sistema voltado para a cana-de-açúcar, por exemplo, poderia abranger usuários de vários portes e perfis na cadeia produtiva. O mesmo poderia ocorrer em outras áreas. Formação profissional: Tecnologia avança no campo e trabalhadores se adaptam à nova fazenda digital e mecanizada “Um cliente mais complexo vai utilizar todos os módulos do sistema. Outro vai usar menos módulos, porque não tem uma operação que demanda um controle maior”, explica. E há também a questão da conectividade, em dois aspectos específicos. Um é o acesso à internet, que avança, mas ainda é gargalo no campo. A Associação ConectarAGRO estima que a proporção de imóveis rurais conectados no Brasil é de 43,8%. O outro aspecto é interconectar as informações geradas pelas diversas soluções. “As empresas de maior porte já estão à frente nesse sentido porque já têm ferramentas mais robustas ou trabalham com fornecedores de sistemas integrados. Para as menores, integração dos sistemas ainda é um desafio grande”, diz Orrigo. Drones, internet e dados: Como a nova geração de produtores acelera transição tecnológica no campo Atualmente, a Totvs atua nas áreas de crédito, performance de negócios e gestão, segmento que inclui os clientes do agronegócio. No setor, tem clientes em bioenergia, originação e beneficiamento. Orrigo não detalha a participação do agro nos negócios. Afirma apenas que o segmento cresce em patamares superiores às metas. “O agro, neste ano, teve desafios, principalmente com questões climáticas. Acreditamos que 2025 tende a ser melhor. Estamos investindo em novas funcionalidades para atender o mercado”, resume, explicando que a estratégia é diversificar o portfólio, seja de forma orgânica ou por parcerias e aquisições.
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