Acusações de Marçal sobre suposto uso de droga por Boulos envolveram suposto homônimo e provas nunca apresentadas
A dois dias do início da eleição o ex-coach publicou um suposto laudo que indicaria o uso da droga pelo adversário, que nega e afirma que irá pedir a prisão do empresário Na noite desta sexta-feira, o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) publicou nas suas redes um suposto laudo médico que detalharia um encaminhamento do adversário Guilherme Boulos (PSOL) para uma emergência psiquiátrica, em 2021, por uso de cocaína. O deputado federal nega e afirma que pedirá a prisão do ex-coach. A postagem foi feita a 34 horas do início da votação e é mais um embate neste tema entre os dois candidatos que brigam para ir ao segundo turno. 'Cuidado com os novos amores': Bolsonaro enfileira alfinetadas em Marçal e dobra aposta em Nunes durante live Debate Globo SP: Quem ganhou o último embate entre os candidatos a prefeito? Placar dos colunistas do GLOBO responde Desde a convenção partidária, em 4 de agosto, Marçal afirmou que dois de seus adversários faziam uso de drogas e que ele iria provar durante a disputa. No debate da Band, dias depois, Marçal fez o gesto de pressionar o nariz ao se dirigir a Boulos, insinuando o uso de cocaína. Repetiu a encenação em diversos vídeos para as redes sociais. Na sabatina da CNN, chamou o adversário de "cheirador de cocaína". Jamais, porém, apresentou qualquer prova. Homônimo No fim daquele mês, após insinuações de que um desses nomes seria Boulos, foi revelado que um homônimo do psolista já havia respondido a um processo sobre posse de entorpecentes em 2001. O empresário Guilherme Bardauil Boulos, que por coincidência concorre ao cargo de vereador pelo Solidariedade nessas eleições, tornou-se réu por posse de drogas em 2001. A ação foi extinta em 2006. — Uma malandragem para construir fake news vergonhosa. Ele não é bobo, ele sabia que são pessoas diferentes, não foi enganado. Essa tática vergonhosa, criminosa, do Marçal caiu por terra porque foi desmontada. Marçal ganhou a vida fazendo estelionato, agora queria enganar os eleitores de São Paulo — disse o Boulos quando o caso do homônimo foi revelado. Questionado sobre o processo, Marçal deu a entender que não havia se confundido. Teste toxicológico No debate da Globo à prefeitura de São Paulo na última quinta-feira, Guilherme Boulos mostrou um exame toxicológico para as câmeras após o adversário voltar a insinuar o uso de drogas pelo deputado federal. Marçal havia perguntado a Boulos o que o candidato do PSOL faria em casos de invasão de propriedade privada na cidade. Em seguida, o deputado defendeu a atuação dos movimentos de moradia. Na sequência, Marçal provocou o adversário. — Você imagina alguém falando que quer descriminalizar polícia, drogas... Que deve conhecer melhor a cidade na questão de biqueiras. Se você quer uma cidade segura, como vai votar um cara do PSOL? — disse Marçal. Boulos aproveitou a deixa e exibiu o exame para as câmeras por um instante, antes de ser advertido pelo apresentador César Tralli, que o avisou que não era permitido mostrar documentos ao espectador. Exame toxicológico de Boulos divulgado em sua página do Instagram Reprodução Instagram — Hoje mais uma vez (Marçal) tentou me associar ao uso de droga, de biqueira, fez isso outras vezes usando um homônimo. No debate passado, usou uma passagem minha na adolescência de depressão tentando associar ao uso de droga. É um lobo em pele de cordeiro. Eu sou pai de duas filhas e não aceito ter a honra atacada desse jeito. Para a gente encerrar de uma vez por todas esse tipo de acusação, está aqui: fiz o exame toxicológico e vai subir agora nas minhas redes sociais. Faça o seu Marçal, faça também Marçal um psicotécnico — devolveu Boulos. Indicação a psiquiatra Pablo Marçal publicou nesta sexta-feira um suposto receituário médico que detalharia um encaminhamento de Boulos para uma emergência psiquiátrica, em 2021. O laudo diria que Boulos estaria sendo encaminhado para uma emergência com quadro de "surto psicótico grave, delírio persecutório e ideias homicidas". O mesmo documento indicaria que o deputado federal teria testado positivo para cocaína no episódio. Suposto Laudo postado por Marçal Reprodução Boulos, em seguida, fez uma transmissão pelo Instagram na qual afirmou que irá pedir a prisão de Marçal devido à postagem. Segundo o psolista, o laudo é falso e o número de documento dele exposto na imagem está errado. O candidato também afirmou que o dono da clínica seria apoiador de Marçal. — O dono da clínica do documento que ele publica tem vídeo com Pablo Marçal, é apoiador dele. Ele falsificou um documento com um CRM de um médico que faleceu há dois anos para que ninguém fosse responsabilizado — disse o candidato em live.
A dois dias do início da eleição o ex-coach publicou um suposto laudo que indicaria o uso da droga pelo adversário, que nega e afirma que irá pedir a prisão do empresário Na noite desta sexta-feira, o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) publicou nas suas redes um suposto laudo médico que detalharia um encaminhamento do adversário Guilherme Boulos (PSOL) para uma emergência psiquiátrica, em 2021, por uso de cocaína. O deputado federal nega e afirma que pedirá a prisão do ex-coach. A postagem foi feita a 34 horas do início da votação e é mais um embate neste tema entre os dois candidatos que brigam para ir ao segundo turno. 'Cuidado com os novos amores': Bolsonaro enfileira alfinetadas em Marçal e dobra aposta em Nunes durante live Debate Globo SP: Quem ganhou o último embate entre os candidatos a prefeito? Placar dos colunistas do GLOBO responde Desde a convenção partidária, em 4 de agosto, Marçal afirmou que dois de seus adversários faziam uso de drogas e que ele iria provar durante a disputa. No debate da Band, dias depois, Marçal fez o gesto de pressionar o nariz ao se dirigir a Boulos, insinuando o uso de cocaína. Repetiu a encenação em diversos vídeos para as redes sociais. Na sabatina da CNN, chamou o adversário de "cheirador de cocaína". Jamais, porém, apresentou qualquer prova. Homônimo No fim daquele mês, após insinuações de que um desses nomes seria Boulos, foi revelado que um homônimo do psolista já havia respondido a um processo sobre posse de entorpecentes em 2001. O empresário Guilherme Bardauil Boulos, que por coincidência concorre ao cargo de vereador pelo Solidariedade nessas eleições, tornou-se réu por posse de drogas em 2001. A ação foi extinta em 2006. — Uma malandragem para construir fake news vergonhosa. Ele não é bobo, ele sabia que são pessoas diferentes, não foi enganado. Essa tática vergonhosa, criminosa, do Marçal caiu por terra porque foi desmontada. Marçal ganhou a vida fazendo estelionato, agora queria enganar os eleitores de São Paulo — disse o Boulos quando o caso do homônimo foi revelado. Questionado sobre o processo, Marçal deu a entender que não havia se confundido. Teste toxicológico No debate da Globo à prefeitura de São Paulo na última quinta-feira, Guilherme Boulos mostrou um exame toxicológico para as câmeras após o adversário voltar a insinuar o uso de drogas pelo deputado federal. Marçal havia perguntado a Boulos o que o candidato do PSOL faria em casos de invasão de propriedade privada na cidade. Em seguida, o deputado defendeu a atuação dos movimentos de moradia. Na sequência, Marçal provocou o adversário. — Você imagina alguém falando que quer descriminalizar polícia, drogas... Que deve conhecer melhor a cidade na questão de biqueiras. Se você quer uma cidade segura, como vai votar um cara do PSOL? — disse Marçal. Boulos aproveitou a deixa e exibiu o exame para as câmeras por um instante, antes de ser advertido pelo apresentador César Tralli, que o avisou que não era permitido mostrar documentos ao espectador. Exame toxicológico de Boulos divulgado em sua página do Instagram Reprodução Instagram — Hoje mais uma vez (Marçal) tentou me associar ao uso de droga, de biqueira, fez isso outras vezes usando um homônimo. No debate passado, usou uma passagem minha na adolescência de depressão tentando associar ao uso de droga. É um lobo em pele de cordeiro. Eu sou pai de duas filhas e não aceito ter a honra atacada desse jeito. Para a gente encerrar de uma vez por todas esse tipo de acusação, está aqui: fiz o exame toxicológico e vai subir agora nas minhas redes sociais. Faça o seu Marçal, faça também Marçal um psicotécnico — devolveu Boulos. Indicação a psiquiatra Pablo Marçal publicou nesta sexta-feira um suposto receituário médico que detalharia um encaminhamento de Boulos para uma emergência psiquiátrica, em 2021. O laudo diria que Boulos estaria sendo encaminhado para uma emergência com quadro de "surto psicótico grave, delírio persecutório e ideias homicidas". O mesmo documento indicaria que o deputado federal teria testado positivo para cocaína no episódio. Suposto Laudo postado por Marçal Reprodução Boulos, em seguida, fez uma transmissão pelo Instagram na qual afirmou que irá pedir a prisão de Marçal devido à postagem. Segundo o psolista, o laudo é falso e o número de documento dele exposto na imagem está errado. O candidato também afirmou que o dono da clínica seria apoiador de Marçal. — O dono da clínica do documento que ele publica tem vídeo com Pablo Marçal, é apoiador dele. Ele falsificou um documento com um CRM de um médico que faleceu há dois anos para que ninguém fosse responsabilizado — disse o candidato em live.
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