Saiba motivos que argentinos têm para considerar o Brasil destino ideal neste verão
Empresa vê 'boom' de viajantes para a temporada, principalmente rumo ao Nordeste O assunto estava flutuando no ar há algumas semanas. Ele ainda não havia decidido o destino de suas férias, mas resolveu fazer uma busca e entrou em um site especializado, para assim responder à questão que também estava sendo debatida em seu grupo de amigos: Brasil ou Costa atlântica? Qual é a diferença de preço entre os dois destinos no próximo verão? Leia também: Festival de Verão de Salvador terá Ivete Sangalo, Ana Castela, Ludmilla, Jão e Só Pra Contrariar Verão fora de época: veja os preços de água de coco, cerveja, guarda-sol e caipirinha em praias e pontos turísticos do Rio Veja as mais procuradas: em alta no mercado, laces são grandes apostas para o verão “Selecionei um pacote para Florianópolis, com um hotel 3 ou 4 estrelas, comparei com o preço de um hotel com características semelhantes em Pinamar [Argentina] e percebi que uma semana na costa atlântica, sem contar a viagem, custava o mesmo que o pacote completo com estadia e passagens incluídas para o Brasil”, comenta Jorge Grandinetti, em post que compartilhou em setembro e que registrou mais de um milhão de visualizações e centenas de comentários, como este: “Eles esperam cobrar quase US$ 300 por noite para dois em um hotel em Pinamar, é incrível. Com esse orçamento, você vai às melhores praias não só do Brasil, mas do Caribe e da Europa. E a comida em Florianópolis deve ser mais barata, ainda por cima.” Jorge Grandinetti contou ao La Nacion que já tem tudo pronto para ir com a mulher e as duas filhas para Florianópolis. — Este ano é super conveniente ir ao Brasil, desde que se tenha possibilidade financeira para isso, claro. Porque é sempre viável encontrar uma casa em Mar del Tuyú [na Argentina] com um orçamento bem menor. Mas dentro do nosso esquema familiar e possibilidades, escolhemos o Brasil — diz Grandinetti, que pagou quase 500 mil pesos (cerca de R$ 2.900,00) por cada passagem e outros 1,5 milhão de pesos (cerca de R$ 8.700,00) pelas nove noites de hospedagem. — Além disso, existe uma realidade que é incontestável, que são os serviços na praia e os preços da gastronomia. No Brasil, você tem sombra, cadeiras, espreguiçadeira e mesa como parte da oferta diária. Na Argentina, é preciso pagar entrada para ir a um spa. Os Grandinetti não são os únicos que fizeram a mesma equação para o próximo verão. Segundo Alejandro Festa, gerente de Hospedajes e Serviços Turísticos da Despegar, o Brasil se consolida neste verão como um dos destinos mais escolhidos pelos argentinos para curtir suas férias. “O interesse dos viajantes continua crescendo impulsionado pelo câmbio favorável, pacotes para todos os gostos, parcelamento sem juros e voos diretos para mais de onze destinos no país”, afirma Festa. "Este fenômeno é evidenciado pelo fato de que nas últimas semanas quase 50% das buscas gerais por viagens fora da Argentina foram para este destino. Rio de Janeiro, Florianópolis, São Paulo, Maceió e Recife são os preferidos. Na liderança do ranking de quem escolhe pacotes de viagem está o Rio de Janeiro, seguido por Florianópolis, Natal, Maceió e Recife. Para os viajantes que preferem apenas hospedagem, o top 5 é liderado por Rio de Janeiro, Foz de Iguaçu, Natal, Maceió e Recife." Verão 2025: transparências, tons aquarelados, mood futurista são apostas de marcas cariocas Os voos diretos entre Argentina e Brasil, destaca Festa, desempenham um papel fundamental na conectividade e na dinamização do turismo entre os dois países, principalmente agora que começa o verão. “Estas rotas não só reduzem significativamente o tempo de viagem como também melhoram a experiência dos turistas”, reforça o operador turístico, que detalha: “Com a ajuda de várias companhias aéreas, neste verão haverá voos diretos para Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Salvador, Porto Seguro, Maceió, Recife, Natal, Fortaleza, Porto Alegre e Curitiba”. Em termos gerais, as empresas de turismo consultadas por La Nacion concordam: o Brasil é o destino estrela do verão. Brenda Gache, gerente de produto da Almundo, observa “um boom” de viajantes para a próxima temporada. Principalmente o Nordeste, com destinos como Maceió e Maragogi – um paraíso localizado em Alagoas, a meio caminho entre Maceió e Recife – como protagonistas. De acordo com os resultados de uma análise de vendas realizada pela Almundo, e tendo em conta o número de bilhetes emitidos para as datas entre dezembro de 2024 e março de 2025, o número total de passageiros deste verão, especifica Gache, é 24% superior ao do ano passado e 46% maior que em 2022. “A estadia média para este verão é de seis noites, mantendo um padrão semelhante aos anos anteriores: cinco noites em 2023 e cinco noites em 2022”, salienta Gache. Opções de jantar Micaela Rojas, de 33 anos, e seu companheiro também escolheram o Brasil para passar as próximas férias. Porém, garantem que o caso deles é especial. “Moramos há muito tempo no Brasil, temos amigos e vamos para o R
Empresa vê 'boom' de viajantes para a temporada, principalmente rumo ao Nordeste O assunto estava flutuando no ar há algumas semanas. Ele ainda não havia decidido o destino de suas férias, mas resolveu fazer uma busca e entrou em um site especializado, para assim responder à questão que também estava sendo debatida em seu grupo de amigos: Brasil ou Costa atlântica? Qual é a diferença de preço entre os dois destinos no próximo verão? Leia também: Festival de Verão de Salvador terá Ivete Sangalo, Ana Castela, Ludmilla, Jão e Só Pra Contrariar Verão fora de época: veja os preços de água de coco, cerveja, guarda-sol e caipirinha em praias e pontos turísticos do Rio Veja as mais procuradas: em alta no mercado, laces são grandes apostas para o verão “Selecionei um pacote para Florianópolis, com um hotel 3 ou 4 estrelas, comparei com o preço de um hotel com características semelhantes em Pinamar [Argentina] e percebi que uma semana na costa atlântica, sem contar a viagem, custava o mesmo que o pacote completo com estadia e passagens incluídas para o Brasil”, comenta Jorge Grandinetti, em post que compartilhou em setembro e que registrou mais de um milhão de visualizações e centenas de comentários, como este: “Eles esperam cobrar quase US$ 300 por noite para dois em um hotel em Pinamar, é incrível. Com esse orçamento, você vai às melhores praias não só do Brasil, mas do Caribe e da Europa. E a comida em Florianópolis deve ser mais barata, ainda por cima.” Jorge Grandinetti contou ao La Nacion que já tem tudo pronto para ir com a mulher e as duas filhas para Florianópolis. — Este ano é super conveniente ir ao Brasil, desde que se tenha possibilidade financeira para isso, claro. Porque é sempre viável encontrar uma casa em Mar del Tuyú [na Argentina] com um orçamento bem menor. Mas dentro do nosso esquema familiar e possibilidades, escolhemos o Brasil — diz Grandinetti, que pagou quase 500 mil pesos (cerca de R$ 2.900,00) por cada passagem e outros 1,5 milhão de pesos (cerca de R$ 8.700,00) pelas nove noites de hospedagem. — Além disso, existe uma realidade que é incontestável, que são os serviços na praia e os preços da gastronomia. No Brasil, você tem sombra, cadeiras, espreguiçadeira e mesa como parte da oferta diária. Na Argentina, é preciso pagar entrada para ir a um spa. Os Grandinetti não são os únicos que fizeram a mesma equação para o próximo verão. Segundo Alejandro Festa, gerente de Hospedajes e Serviços Turísticos da Despegar, o Brasil se consolida neste verão como um dos destinos mais escolhidos pelos argentinos para curtir suas férias. “O interesse dos viajantes continua crescendo impulsionado pelo câmbio favorável, pacotes para todos os gostos, parcelamento sem juros e voos diretos para mais de onze destinos no país”, afirma Festa. "Este fenômeno é evidenciado pelo fato de que nas últimas semanas quase 50% das buscas gerais por viagens fora da Argentina foram para este destino. Rio de Janeiro, Florianópolis, São Paulo, Maceió e Recife são os preferidos. Na liderança do ranking de quem escolhe pacotes de viagem está o Rio de Janeiro, seguido por Florianópolis, Natal, Maceió e Recife. Para os viajantes que preferem apenas hospedagem, o top 5 é liderado por Rio de Janeiro, Foz de Iguaçu, Natal, Maceió e Recife." Verão 2025: transparências, tons aquarelados, mood futurista são apostas de marcas cariocas Os voos diretos entre Argentina e Brasil, destaca Festa, desempenham um papel fundamental na conectividade e na dinamização do turismo entre os dois países, principalmente agora que começa o verão. “Estas rotas não só reduzem significativamente o tempo de viagem como também melhoram a experiência dos turistas”, reforça o operador turístico, que detalha: “Com a ajuda de várias companhias aéreas, neste verão haverá voos diretos para Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Salvador, Porto Seguro, Maceió, Recife, Natal, Fortaleza, Porto Alegre e Curitiba”. Em termos gerais, as empresas de turismo consultadas por La Nacion concordam: o Brasil é o destino estrela do verão. Brenda Gache, gerente de produto da Almundo, observa “um boom” de viajantes para a próxima temporada. Principalmente o Nordeste, com destinos como Maceió e Maragogi – um paraíso localizado em Alagoas, a meio caminho entre Maceió e Recife – como protagonistas. De acordo com os resultados de uma análise de vendas realizada pela Almundo, e tendo em conta o número de bilhetes emitidos para as datas entre dezembro de 2024 e março de 2025, o número total de passageiros deste verão, especifica Gache, é 24% superior ao do ano passado e 46% maior que em 2022. “A estadia média para este verão é de seis noites, mantendo um padrão semelhante aos anos anteriores: cinco noites em 2023 e cinco noites em 2022”, salienta Gache. Opções de jantar Micaela Rojas, de 33 anos, e seu companheiro também escolheram o Brasil para passar as próximas férias. Porém, garantem que o caso deles é especial. “Moramos há muito tempo no Brasil, temos amigos e vamos para o Rio porque nos emprestam um apartamento e, obviamente, com a hospedagem garantida, só pagamos a passagem aérea e o que custa-nos viver lá. Mas como ambos trabalhamos há algum tempo na indústria do turismo, eles sempre nos fazem perguntas e pedem recomendações”, confidencia Rojas, que este ano não hesita em afirmar que, em termos de números e orçamento, vale a pena visitar o país vizinho em 100%. “Você paga pela cerveja na praia o mesmo preço que custa no quiosque ou no supermercado, e eles te dão cadeiras e guarda-chuva por dois pesos. Sempre foi assim no Brasil, é como se eles nunca quisessem tirar vantagem disso. Além disso, você tem mil opções para comer gastando pouco e restaurantes espetaculares com preços acessíveis. E sem falar daqueles que vão para Florianópolis de carro", diz Rojas. Artigo: projeto verão: cilada ou gatilho? Sobre a situação econômica que o país atravessa, Grandinetti – formado em administração de empresas e amante das finanças – acredita que o cenário atual registra o mesmo nível de atraso cambial que marcou o período 2012-2013. “Naquela altura, muitas pessoas visitaram o Sudeste Asiático, a Europa ou os Estados Unidos, e algo semelhante aconteceu em 2017, o que sugere que isto parece não ser sustentável”, explica. No ranking nacional de verão, os seguintes destinos aparecem no top 5 do Despegar: Buenos Aires, Bariloche, Foz, Mar del Plata e Mendoza. “Nas procuras por alojamento neste verão, destacamos um aumento de 35% na Costa Leste em relação a algumas semanas atrás. Chapadmalal teve alta de 15% no mesmo período, e de 14% em Cariló”, acrescenta Festa. Para os Recanati, as férias costumam ser “um problema” porque o litoral argentino não é uma opção no verão. “Adoramos, mas fora de época. Nos últimos anos experimentamos outros destinos e fomos a Mendoza, Bariloche e uma vez com amigos a Necochea", conta Paula Recanati, mãe de dois filhos adolescentes. "Mas este ano vamos para Ilha Grande, no Brasil. A verdade é que não estava comparando preços antes, mas agora que algumas famílias amigas já reservaram para o verão, fiquei bastante chocada com os valores aqui. Por uma casa em Pinamar, justamente na Costa Esmeralda, a 200 metros da praia e muito bonita, claro, pagaram 330 dólares (cerca de R$ 1.900,00) por noite. Muito mais caro do que pagamos pela estadia, e, mesmo somando as passagens aéreas, é conveniente.” A empresa de transporte terrestre Plataforma 10 indica que os valores médios das passagens para Florianópolis são de 200 mil pesos (cerca de R$ 1160,00), para janeiro de 2025, enquanto que para o Rio de Janeiro sobem para 231 mil pesos (cerca de R$ 1340,00), também por trecho para janeiro de 2025.
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