Prefeitura de Curitiba exonera servidor suspeito de coagir funcionários a doar para campanha de Eduardo Pimentel
Superintendente obrigou subordinados a comprarem convites de R$ 3 mil para evento de candidato apoiado por prefeito, governador e Bolsonaro A prefeitura de Curitiba informou nesta terça-feira ter exonerado um servidor suspeito de coagir funcionários do órgão a fazer doações para a campanha de Eduardo Pimentel (PSD), atual vice e candidato a prefeito. A demissão ocorreu após o vazamento de um áudio de uma reunião em que Antônio Carlos Pires Rebello, que ocupava o cargo de superintendente de Tecnologia e Informação, afirma que os servidores teriam que comprar convites de R$ 3 mil para um jantar de arrecadação da campanha. Em nota, a prefeitura disse "repudiar" a atitude. A reportagem não conseguiu contato com Rebello. No áudio, revelado pelo portal Metrópoles, um dos servidores chega a chorar ao afirmar para o superintendente que não possui o valor para pagar o convite. Rebello responde ao homem que todos têm problemas e que não iria mais discutir, senão iria “demiti-lo”. O jantar a qual o superintendente se refere aconteceu em 3 de setembro. Rebello orienta que o repasse fosse feito por contas de parentes para que os pagamentos feitos por funcionários da prefeitura não pudessem ser identificados. Ele diz ainda que a doação se trataria de “ajuda para a campanha". "Melhor do que fazer caixa 2”, diz ele em um dos trechos da gravação. Ele sustentou ainda que o esquema não era ilegal. Um dos servidores, então, responde ser ilegal por estarem sendo obrigados a contribuir. Eduardo Pimentel é o nome apoiado pelo atual prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD). Ele também tem o apoio do governador do Paraná e seu correligionário, Ratinho Júnior, e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Procurada, a campanha de Pimentel afirmou ser "uma situação isolada" e "sem nenhum direcionamento da campanha", argumento usado também pelo PSD do estado, que diz repudiar a conduta. Em nota, a prefeitura de Curitiba afirma que "repudia toda e qualquer atitude que possa configurar ameaça ou constrangimento a servidores públicos no exercício de suas funções", e que Greca decidiu exonerar Rebello. Também diz que os fatos "serão apurados com o rigor necessário" e que a atitude do servidor não foi orientada pela Secretaria de Administração e Tecnologia da Informação ou por outra instância da gestão. "Desde o início do ano, todos os servidores municipais foram amplamente orientados sobre a legislação eleitoral vigente, conforme a Lei Federal 9.504/1997 e o Decreto Municipal 2.448/2023. Tais orientações foram detalhadas por meio de uma cartilha enviada por e-mail em fevereiro, abril e agosto, alertando para as regras claras que devem ser cumpridas durante o período eleitoral, assegurando o atendimento à população e evitando o favorecimento a candidatos", declara.
Superintendente obrigou subordinados a comprarem convites de R$ 3 mil para evento de candidato apoiado por prefeito, governador e Bolsonaro A prefeitura de Curitiba informou nesta terça-feira ter exonerado um servidor suspeito de coagir funcionários do órgão a fazer doações para a campanha de Eduardo Pimentel (PSD), atual vice e candidato a prefeito. A demissão ocorreu após o vazamento de um áudio de uma reunião em que Antônio Carlos Pires Rebello, que ocupava o cargo de superintendente de Tecnologia e Informação, afirma que os servidores teriam que comprar convites de R$ 3 mil para um jantar de arrecadação da campanha. Em nota, a prefeitura disse "repudiar" a atitude. A reportagem não conseguiu contato com Rebello. No áudio, revelado pelo portal Metrópoles, um dos servidores chega a chorar ao afirmar para o superintendente que não possui o valor para pagar o convite. Rebello responde ao homem que todos têm problemas e que não iria mais discutir, senão iria “demiti-lo”. O jantar a qual o superintendente se refere aconteceu em 3 de setembro. Rebello orienta que o repasse fosse feito por contas de parentes para que os pagamentos feitos por funcionários da prefeitura não pudessem ser identificados. Ele diz ainda que a doação se trataria de “ajuda para a campanha". "Melhor do que fazer caixa 2”, diz ele em um dos trechos da gravação. Ele sustentou ainda que o esquema não era ilegal. Um dos servidores, então, responde ser ilegal por estarem sendo obrigados a contribuir. Eduardo Pimentel é o nome apoiado pelo atual prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD). Ele também tem o apoio do governador do Paraná e seu correligionário, Ratinho Júnior, e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Procurada, a campanha de Pimentel afirmou ser "uma situação isolada" e "sem nenhum direcionamento da campanha", argumento usado também pelo PSD do estado, que diz repudiar a conduta. Em nota, a prefeitura de Curitiba afirma que "repudia toda e qualquer atitude que possa configurar ameaça ou constrangimento a servidores públicos no exercício de suas funções", e que Greca decidiu exonerar Rebello. Também diz que os fatos "serão apurados com o rigor necessário" e que a atitude do servidor não foi orientada pela Secretaria de Administração e Tecnologia da Informação ou por outra instância da gestão. "Desde o início do ano, todos os servidores municipais foram amplamente orientados sobre a legislação eleitoral vigente, conforme a Lei Federal 9.504/1997 e o Decreto Municipal 2.448/2023. Tais orientações foram detalhadas por meio de uma cartilha enviada por e-mail em fevereiro, abril e agosto, alertando para as regras claras que devem ser cumpridas durante o período eleitoral, assegurando o atendimento à população e evitando o favorecimento a candidatos", declara.
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