Niterói 451 anos: cidade é convite aos esportes ao ar livre

Número de adeptos das mais diversas práticas, realizadas em cenários de tirar o fôlego, cresce exponencialmente Com uma diversidade natural e paisagens de tirar o fôlego, Niterói é um convite às mais variadas práticas esportivas ao ar livre, e o número de adeptos cresce exponencialmente a cada ano desde a pandemia. Das primeiras horas, com a luz da manhã, até depois do pôr do sol, as praias, calçadas, ciclovias, quadras e montanhas da cidade estão sempre cheias de pessoas em busca de saúde e lazer. É como um esquema de pirâmide do bem, um vai incentivando o outro em corrente, e até os esportes que eram tradicionalmente individuais se tornam coletivos. 'Maracanã do Va’a': Niterói recebe o Pan-Americano de canoa havaiana Mostras: Ponte e mulheres são temas de mostras no Espaço Correios de Niterói Há um ano, a social media Elyne Simões resolveu começar a correr para aliviar crises de ansiedade e não parou mais. Inspirada pelo seu personal Nicholas Barbosa, que também é atleta e corredor, ela acabou de participar da sua primeira meia maratona. Confira niteroienses praticando esportes ao livre na cidade — Estava cansada de ficar fazendo só musculação, e o meu treinador sugeriu a corrida. Eu estava realmente esgotada no ano passado, mentalmente e fisicamente. Brinco que a corrida me salvou de mim mesma. Ela me trouxe novas perspectivas, mais resiliência para outras áreas da minha vida, não só para o esporte. Trabalho com o público, com gerenciamento de redes sociais, e ser uma pessoa ansiosa acabava me atrapalhando muito. Eu mudei pela corrida. Hoje acordo 4h30 para fazer meus treinos, tenho horários fixos de trabalho e durmo cedo. Correr em Niterói é incrível. Temos vistas lindas, e a corrida me proporciona conhecer locais pelos quais antes eu só passava de carro— relata Elyne, que faz parte de um grupo de corredores da cidade, da assessoria de corrida Runners Old School. Na água Conhecida como o “Maracanã do Va’a” devido ao número expressivo de praticantes de canoa havaiana e aos grandes eventos do esporte na cidade, Niterói é palco do Campeonato Pan-Americano de Va’a 2024, que começou na quarta-feira e vai até domingo. Nas águas de São Francisco, cerca de 800 atletas de sete países — Argentina, Chile, Guiana Francesa, México, Panamá, Peru e Brasil — estão competindo em disputas acirradas. Praticante de surfe e canoa havaiana e das trilhas de Niterói, o fotógrafo Teo Cury fala da sua paixão pela natureza da cidade, marca registrada do seu trabalho. Ele também registra os principais campeonatos de surfe na Praia de Itacoatiara. — A natureza é minha maior fonte inspiradora, tanto para os esportes que pratico quanto para as fotos que faço. Tento sempre explorar as belezas naturais de Niterói nas minhas fotos, seja das praias, das montanhas ou dos mangues. Surfo quase sempre em Itacoatiara e remo pelas praias oceânicas ou dentro da Baía de Guanabara — conta. Após o boom da canoa havaiana registrado na cidade na última década, as melhores condições de balneabilidade das praias da Baía de Guanabara estimularam o crescimento de outro esporte: a natação no mar. Moradora do Barreto, a analista de sistemas Lívia Santa Clara diz que se descobriu no esporte. Há pouco mais de um ano, ela nada diariamente na Praia de Icaraí e participa de diversas competições, em praias da Região Oceânica e de outras cidades. Para melhorar a performance, também começou a correr na areia. — Em abril do ano passado, quebrei o dedo mindinho, me impossibilitando de fazer atividades físicas. Estava chateada, vi uma postagem de uma amiga com óculos de natação na praia e resolvi experimentar. Comecei na Praia da Boa Viagem, mas como sou muito competitiva e participo de muitas provas, quis ampliar minha técnica e comecei a treinar na Praia de Icaraí. Além de muitos amigos que fiz na natação, eu me reinvento a cada treino. É um esporte completo, que trabalha o corpo todo e a mente, e poder executá-lo em contato com a natureza, nessa cidade linda que é a nossa, é incrível — relata, destacando que o número de nadadores no mar cresceu muito desde que iniciou no esporte. Sua equipe, a Mar Adentro, começou com seis alunos na pandemia e hoje conta com mais de cem. Bola para o alto Moradora do Jardim Imbuí, em Piratininga, a advogada Clara Milward é daquelas pessoas apaixonadas por diversos esportes ao ar livre e aproveita a natureza que cerca sua casa no Tibau para praticar atividades. Amante do ciclismo e de trilhas, ela descobriu o futevôlei há cinco anos e hoje pratica diariamente com um grupo só de mulheres, liderado pela treinadora Monique Gois, na Prainha de Piratininga. — Eu sempre pratiquei musculação e bicicleta. A bicicleta é meu principal meio de transporte, mas com o passar dos anos virou um esporte também. Faço trilhas de bike em locais como o Caminho de Darwin e Serra Grande. Também faço muitas trilhas a pé, no Mirante da Tapera. Com a pandemia parei de ir ao Rio todos os dias e comecei a trabalhar de casa. A bicicleta era minha válvu

Nov 22, 2024 - 11:53
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Niterói 451 anos: cidade é convite aos esportes ao ar livre

Número de adeptos das mais diversas práticas, realizadas em cenários de tirar o fôlego, cresce exponencialmente Com uma diversidade natural e paisagens de tirar o fôlego, Niterói é um convite às mais variadas práticas esportivas ao ar livre, e o número de adeptos cresce exponencialmente a cada ano desde a pandemia. Das primeiras horas, com a luz da manhã, até depois do pôr do sol, as praias, calçadas, ciclovias, quadras e montanhas da cidade estão sempre cheias de pessoas em busca de saúde e lazer. É como um esquema de pirâmide do bem, um vai incentivando o outro em corrente, e até os esportes que eram tradicionalmente individuais se tornam coletivos. 'Maracanã do Va’a': Niterói recebe o Pan-Americano de canoa havaiana Mostras: Ponte e mulheres são temas de mostras no Espaço Correios de Niterói Há um ano, a social media Elyne Simões resolveu começar a correr para aliviar crises de ansiedade e não parou mais. Inspirada pelo seu personal Nicholas Barbosa, que também é atleta e corredor, ela acabou de participar da sua primeira meia maratona. Confira niteroienses praticando esportes ao livre na cidade — Estava cansada de ficar fazendo só musculação, e o meu treinador sugeriu a corrida. Eu estava realmente esgotada no ano passado, mentalmente e fisicamente. Brinco que a corrida me salvou de mim mesma. Ela me trouxe novas perspectivas, mais resiliência para outras áreas da minha vida, não só para o esporte. Trabalho com o público, com gerenciamento de redes sociais, e ser uma pessoa ansiosa acabava me atrapalhando muito. Eu mudei pela corrida. Hoje acordo 4h30 para fazer meus treinos, tenho horários fixos de trabalho e durmo cedo. Correr em Niterói é incrível. Temos vistas lindas, e a corrida me proporciona conhecer locais pelos quais antes eu só passava de carro— relata Elyne, que faz parte de um grupo de corredores da cidade, da assessoria de corrida Runners Old School. Na água Conhecida como o “Maracanã do Va’a” devido ao número expressivo de praticantes de canoa havaiana e aos grandes eventos do esporte na cidade, Niterói é palco do Campeonato Pan-Americano de Va’a 2024, que começou na quarta-feira e vai até domingo. Nas águas de São Francisco, cerca de 800 atletas de sete países — Argentina, Chile, Guiana Francesa, México, Panamá, Peru e Brasil — estão competindo em disputas acirradas. Praticante de surfe e canoa havaiana e das trilhas de Niterói, o fotógrafo Teo Cury fala da sua paixão pela natureza da cidade, marca registrada do seu trabalho. Ele também registra os principais campeonatos de surfe na Praia de Itacoatiara. — A natureza é minha maior fonte inspiradora, tanto para os esportes que pratico quanto para as fotos que faço. Tento sempre explorar as belezas naturais de Niterói nas minhas fotos, seja das praias, das montanhas ou dos mangues. Surfo quase sempre em Itacoatiara e remo pelas praias oceânicas ou dentro da Baía de Guanabara — conta. Após o boom da canoa havaiana registrado na cidade na última década, as melhores condições de balneabilidade das praias da Baía de Guanabara estimularam o crescimento de outro esporte: a natação no mar. Moradora do Barreto, a analista de sistemas Lívia Santa Clara diz que se descobriu no esporte. Há pouco mais de um ano, ela nada diariamente na Praia de Icaraí e participa de diversas competições, em praias da Região Oceânica e de outras cidades. Para melhorar a performance, também começou a correr na areia. — Em abril do ano passado, quebrei o dedo mindinho, me impossibilitando de fazer atividades físicas. Estava chateada, vi uma postagem de uma amiga com óculos de natação na praia e resolvi experimentar. Comecei na Praia da Boa Viagem, mas como sou muito competitiva e participo de muitas provas, quis ampliar minha técnica e comecei a treinar na Praia de Icaraí. Além de muitos amigos que fiz na natação, eu me reinvento a cada treino. É um esporte completo, que trabalha o corpo todo e a mente, e poder executá-lo em contato com a natureza, nessa cidade linda que é a nossa, é incrível — relata, destacando que o número de nadadores no mar cresceu muito desde que iniciou no esporte. Sua equipe, a Mar Adentro, começou com seis alunos na pandemia e hoje conta com mais de cem. Bola para o alto Moradora do Jardim Imbuí, em Piratininga, a advogada Clara Milward é daquelas pessoas apaixonadas por diversos esportes ao ar livre e aproveita a natureza que cerca sua casa no Tibau para praticar atividades. Amante do ciclismo e de trilhas, ela descobriu o futevôlei há cinco anos e hoje pratica diariamente com um grupo só de mulheres, liderado pela treinadora Monique Gois, na Prainha de Piratininga. — Eu sempre pratiquei musculação e bicicleta. A bicicleta é meu principal meio de transporte, mas com o passar dos anos virou um esporte também. Faço trilhas de bike em locais como o Caminho de Darwin e Serra Grande. Também faço muitas trilhas a pé, no Mirante da Tapera. Com a pandemia parei de ir ao Rio todos os dias e comecei a trabalhar de casa. A bicicleta era minha válvula de escape. Aí, quando liberaram atividades ao ar livre, passei a fazer funcional na praia e futevôlei. Entrei para aprender a jogar altinha, mas me apaixonei pelo futevôlei, pelo astral que esse esporte traz. Ninguém vai treinar de manhã cedo de cara amarrada. A prática esportiva é prioridade na minha vida, sou viciada na endorfina do esporte e tem a questão dos benefícios para a saúde mental. Estar em contato com a natureza é muito bom, surreal!

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