MPRJ denuncia PM pela morte da menina Eloah, de 5 anos, na Ilha do Governador, em 2023
A criança foi baleado no peito por um tiro de fuzil enquanto brincava em cima da cama, dentro de casa O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o terceiro-sargento da Polícia Militar André Luiz de Oliveira Muniz pela morte da menina Eloah da Silva dos Santos, de 5 anos. O caso aconteceu em 12 de agosto de 2023, na Avenida Paranapuã, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. A criança foi atingida por um tiro de fuzil, e um inquérito concluiu que o disparo partiu do PM. Violência: Família afirma que jovem foi assassinada em Belford Roxo após recusar pedido de namoro de traficante Série de agressões: Família afirma que criança de 6 anos, diagnosticada com autismo, é maltratada em escola municipal da Taquara A denúncia foi por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro. O órgão destaca que Muniz efetuou nove disparos em direção à comunidade do Dendê, "assumindo o risco de causar a morte de qualquer pessoa da localidade". Segundo a denúncia, não havia troca de tiros naquele momento ou ameaça iminente de pessoas armadas. Os disparos foram efetuados por arma de uso restrito, um fuzil Colt calibre 556. O MPRJ requereu, como medida cautelar, que, até o julgamento, o PM denunciado seja afastado das operações policiais e de funções externas de patrulhamento, devendo apenas realizar serviços internos no batalhão da corporação. "Efetivamente, não se pode pretender manter ativo na tropa, em patrulhamento, policial que efetua disparos contra a população, sem qualquer justificativa", destacou o órgão. Em junho deste ano, o terceiro-sargento foi indiciado pela Corregedoria da Polícia Militar por homicídio culposo da menina. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, onde corre sob sigilo, por haver indícios de cometimento de crime de competência da Justiça Militar. Caso Anic: técnico de informática, filha, filho e amante são denunciados por homicídio, extorsão e ocultação de cadáver Relembre o caso Eloah foi baleada enquanto brincava dentro de casa, na Ilha do Governador. A menina, de 5 anos, pulava na cama dentro de sua casa. O tiro aconteceu durante uma manifestação de moradores por conta da morte de um jovem de 17 anos que teria trocado tiros com a Polícia Militar, de acordo com a própria corporação. Durante o protesto, barricadas foram incendiadas. Já havia a suspeita de que um PM que tentava conter essa manifestação acabou disparando. À época, em nota, a PM informou que "não havia operação policial no interior da comunidade" no momento em que a criança foi baleada. O passo a passo do aconteceu Casa cheia de crianças após comemoração do aniversário Ana Cláudia da Silva dos Santos, mãe de Eloah, estava sozinha em casa cuidando das três filhas e de três primos com idades de um e seis anos. Todos brincavam no quarto do casal, no segundo andar, quando por volta das 6h30 ouviram gritos na rua. Manifestação e viatura da PM na rua principal Até aquele momento, Ana Cláudia não tinha ideia do motivo do protesto. Ela decidiu olhar pela janela do quarto que fica em frente à rua principal, na Av. Paranapuã, no morro do Dendê, para observar o que estava acontecendo. A dona de casa relatou que viu alguns moradores ateando fogo em objetos, e uma viatura da Polícia Militar tentando conter a ação dos manifestantes. Tiroteio e esconderijo na sala Neste momento, houve disparos. A mãe da menina disse que ouviu uma rajada de fuzil, com mais cinco disparos. Ana Cláudia, apavorada, pediu que as crianças descessem as escadas, com cerca de cinco degraus, para se esconder na sala. Eloah comia um pedaço de bolo em cima da cama, em frente à janela, e não conseguiu descer. Janela quebrada e tiro no peito Ana Cláudia foi, então, buscar a filha. Ao chegar, percebeu que a criança tinha sido atingida com um tiro no peito. A mãe tentou reanimá-la, mas a menina já estava morta. Tudo aconteceu em cerca de cinco minutos. O corpo da criança foi levada por parentes para o Evandro Freire, na Ilha.
A criança foi baleado no peito por um tiro de fuzil enquanto brincava em cima da cama, dentro de casa O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o terceiro-sargento da Polícia Militar André Luiz de Oliveira Muniz pela morte da menina Eloah da Silva dos Santos, de 5 anos. O caso aconteceu em 12 de agosto de 2023, na Avenida Paranapuã, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. A criança foi atingida por um tiro de fuzil, e um inquérito concluiu que o disparo partiu do PM. Violência: Família afirma que jovem foi assassinada em Belford Roxo após recusar pedido de namoro de traficante Série de agressões: Família afirma que criança de 6 anos, diagnosticada com autismo, é maltratada em escola municipal da Taquara A denúncia foi por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro. O órgão destaca que Muniz efetuou nove disparos em direção à comunidade do Dendê, "assumindo o risco de causar a morte de qualquer pessoa da localidade". Segundo a denúncia, não havia troca de tiros naquele momento ou ameaça iminente de pessoas armadas. Os disparos foram efetuados por arma de uso restrito, um fuzil Colt calibre 556. O MPRJ requereu, como medida cautelar, que, até o julgamento, o PM denunciado seja afastado das operações policiais e de funções externas de patrulhamento, devendo apenas realizar serviços internos no batalhão da corporação. "Efetivamente, não se pode pretender manter ativo na tropa, em patrulhamento, policial que efetua disparos contra a população, sem qualquer justificativa", destacou o órgão. Em junho deste ano, o terceiro-sargento foi indiciado pela Corregedoria da Polícia Militar por homicídio culposo da menina. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, onde corre sob sigilo, por haver indícios de cometimento de crime de competência da Justiça Militar. Caso Anic: técnico de informática, filha, filho e amante são denunciados por homicídio, extorsão e ocultação de cadáver Relembre o caso Eloah foi baleada enquanto brincava dentro de casa, na Ilha do Governador. A menina, de 5 anos, pulava na cama dentro de sua casa. O tiro aconteceu durante uma manifestação de moradores por conta da morte de um jovem de 17 anos que teria trocado tiros com a Polícia Militar, de acordo com a própria corporação. Durante o protesto, barricadas foram incendiadas. Já havia a suspeita de que um PM que tentava conter essa manifestação acabou disparando. À época, em nota, a PM informou que "não havia operação policial no interior da comunidade" no momento em que a criança foi baleada. O passo a passo do aconteceu Casa cheia de crianças após comemoração do aniversário Ana Cláudia da Silva dos Santos, mãe de Eloah, estava sozinha em casa cuidando das três filhas e de três primos com idades de um e seis anos. Todos brincavam no quarto do casal, no segundo andar, quando por volta das 6h30 ouviram gritos na rua. Manifestação e viatura da PM na rua principal Até aquele momento, Ana Cláudia não tinha ideia do motivo do protesto. Ela decidiu olhar pela janela do quarto que fica em frente à rua principal, na Av. Paranapuã, no morro do Dendê, para observar o que estava acontecendo. A dona de casa relatou que viu alguns moradores ateando fogo em objetos, e uma viatura da Polícia Militar tentando conter a ação dos manifestantes. Tiroteio e esconderijo na sala Neste momento, houve disparos. A mãe da menina disse que ouviu uma rajada de fuzil, com mais cinco disparos. Ana Cláudia, apavorada, pediu que as crianças descessem as escadas, com cerca de cinco degraus, para se esconder na sala. Eloah comia um pedaço de bolo em cima da cama, em frente à janela, e não conseguiu descer. Janela quebrada e tiro no peito Ana Cláudia foi, então, buscar a filha. Ao chegar, percebeu que a criança tinha sido atingida com um tiro no peito. A mãe tentou reanimá-la, mas a menina já estava morta. Tudo aconteceu em cerca de cinco minutos. O corpo da criança foi levada por parentes para o Evandro Freire, na Ilha.
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