Maria Fernanda Cândido fala da conquista do prêmio de melhor atriz no Festival de Siena e da vida na França
Maria Fernanda Cândido recebeu recentemente o prêmio de melhor atriz por seu trabalho em “A paixão segundo G.H.” no Festival de Siena, na Itália. O longa também foi premiado na categoria melhor filme. Em entrevista, a atriz fala sobre a emoção com o reconhecimento: — Fiquei lisonjeada. Eu acho que a gente não trabalha para receber prêmio, obviamente, mas quando isso acontece, é uma alegria enorme. Eu fui convidada para ir ao festival durante a semana, mas não pude ir porque estava em outro compromisso. Eles pediram para eu ir no sábado, disseram que não tinham como confirmar nada, mas que achavam que o meu filme era um forte candidato, que eu era candidata a receber o premio de melhor atriz. Eu saí da França e fui para a Itália no próprio sábado, dia do encerramento do festival. Sabia que a chance existia, mas não tinha uma confirmação. Quando eles falaram meu nome, eu fui lá receber meu prêmio e voltei para o meu lugar naquela excitação. Depois de um tempo, o filme também ganhou. Subi novamente para receber o troféu. Foi bem emocionante. Entrevista: Enrique Diaz fala do papel em 'Volta por cima', da relação com as filhas e da amizade com Mariana Lima, sua ex-mulher E mais: Drica Moraes fala de 'Volta por Cima', celebra 40 anos de carreira e lembra cura da leucemia: 'Milagre estar aqui' Ela conta que o longa, baseado na obra homônima de Clarice Lispector, transformou a sua vida: — Fazer esse filme foi um processo muito profundo, muito intenso. É algo que me marcou e que vou carregar para o resto da vida. Este ano, Maria Fernanda fez uma breve participação no remake da novela "Renascer". Ela diz que, ao escolher os seus trabalhos, não costuma pensar no formato: — Eu sempre analiso o projeto, independentemente do gênero ou da plataforma. Penso na história, no conteúdo e em quem estará envolvido no processo, porque essas escolhas refletem diretamente no resultado final. A atriz, que completou 50 anos em maio, fala sobre como encara a passagem do tempo: — Cinquenta é um número redondo, simbólico. E além disso é meio século de vida. Eu me lembro que quando eu tinha feito uns 48, 49 anos, já estava vivendo esses 50 anos. Então, quando eu completei essa idade, já tinha vivido um pouco essa emoção, foi positivo. Vamos agora para os próximos 50, vamos ver o que vai acontecer. Os anos te dão uma experiência de vida. Isso é uma espécie de instrumento, de bússola que te ajuda nessa navegação, nessa jornada. E é muito bem-vindo, porque pelo menos contrabalanceia o próprio envelhecimento do corpo, da pele. Não que torne o envelhecimento algo bom, não, isso não é algo prazeroso de ser vivido. É ruim, mas existem coisas boas nessa passagem do tempo que são muito preciosas. Sobre etarismo, disse ainda não ter vivido situações específicas, mas reconhece sua existência: — Eu acabei de fazer 50 anos. Estou chegando ainda nessa discussão, mas já ouvi muitos relatos, a gente escuta muitas histórias. Provocar o debate é importante, pois ajuda a promover mudanças, ainda que de forma lenta. Em 2000, a atriz foi eleita a mulher mais bonita do século durante uma votação no "Fantástico". Ela conta como se sentiu com o título: — É um sentimento meio a meio. Ao mesmo tempo em que uma parte minha ficou lisonjeada, por ser uma manifestação popular, esse não é o objetivo do meu trabalho. Não devemos levar isso tão a sério, assim como também não devemos levar a sério as críticas. TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp Morando há sete anos na França com o marido, Petrit Spahija, e os filhos Tomás, de 18 anos, e Nicolas, de 15, Maria Fernanda afirma sentir saudades do Brasil. — Eu sinto muita falta da nossa alegria, do calor humano, da música e da dança. Mas busco aproveitar o melhor de cada lugar. Não existe país perfeito, todos têm seus pontos positivos e negativos — diz. Ao comentar a maternidade, afirma ter vivido várias fases: — Eu comecei como uma mãe muito grudada e sentia que precisava compensar minhas ausências por conta do trabalho. Com o tempo, percebi que precisava aceitar meu papel e minha história. Hoje, meus filhos já cresceram, estão se tornando independentes, e isso é uma nova fase, uma transição que não tem fórmula pronta. Estamos sempre aprendendo. Galerias Relacionadas Maria Fernanda Cândido com o marido, Petrit Spahija, e os filhos Reprodução/Instagram Initial plugin text
Maria Fernanda Cândido recebeu recentemente o prêmio de melhor atriz por seu trabalho em “A paixão segundo G.H.” no Festival de Siena, na Itália. O longa também foi premiado na categoria melhor filme. Em entrevista, a atriz fala sobre a emoção com o reconhecimento: — Fiquei lisonjeada. Eu acho que a gente não trabalha para receber prêmio, obviamente, mas quando isso acontece, é uma alegria enorme. Eu fui convidada para ir ao festival durante a semana, mas não pude ir porque estava em outro compromisso. Eles pediram para eu ir no sábado, disseram que não tinham como confirmar nada, mas que achavam que o meu filme era um forte candidato, que eu era candidata a receber o premio de melhor atriz. Eu saí da França e fui para a Itália no próprio sábado, dia do encerramento do festival. Sabia que a chance existia, mas não tinha uma confirmação. Quando eles falaram meu nome, eu fui lá receber meu prêmio e voltei para o meu lugar naquela excitação. Depois de um tempo, o filme também ganhou. Subi novamente para receber o troféu. Foi bem emocionante. Entrevista: Enrique Diaz fala do papel em 'Volta por cima', da relação com as filhas e da amizade com Mariana Lima, sua ex-mulher E mais: Drica Moraes fala de 'Volta por Cima', celebra 40 anos de carreira e lembra cura da leucemia: 'Milagre estar aqui' Ela conta que o longa, baseado na obra homônima de Clarice Lispector, transformou a sua vida: — Fazer esse filme foi um processo muito profundo, muito intenso. É algo que me marcou e que vou carregar para o resto da vida. Este ano, Maria Fernanda fez uma breve participação no remake da novela "Renascer". Ela diz que, ao escolher os seus trabalhos, não costuma pensar no formato: — Eu sempre analiso o projeto, independentemente do gênero ou da plataforma. Penso na história, no conteúdo e em quem estará envolvido no processo, porque essas escolhas refletem diretamente no resultado final. A atriz, que completou 50 anos em maio, fala sobre como encara a passagem do tempo: — Cinquenta é um número redondo, simbólico. E além disso é meio século de vida. Eu me lembro que quando eu tinha feito uns 48, 49 anos, já estava vivendo esses 50 anos. Então, quando eu completei essa idade, já tinha vivido um pouco essa emoção, foi positivo. Vamos agora para os próximos 50, vamos ver o que vai acontecer. Os anos te dão uma experiência de vida. Isso é uma espécie de instrumento, de bússola que te ajuda nessa navegação, nessa jornada. E é muito bem-vindo, porque pelo menos contrabalanceia o próprio envelhecimento do corpo, da pele. Não que torne o envelhecimento algo bom, não, isso não é algo prazeroso de ser vivido. É ruim, mas existem coisas boas nessa passagem do tempo que são muito preciosas. Sobre etarismo, disse ainda não ter vivido situações específicas, mas reconhece sua existência: — Eu acabei de fazer 50 anos. Estou chegando ainda nessa discussão, mas já ouvi muitos relatos, a gente escuta muitas histórias. Provocar o debate é importante, pois ajuda a promover mudanças, ainda que de forma lenta. Em 2000, a atriz foi eleita a mulher mais bonita do século durante uma votação no "Fantástico". Ela conta como se sentiu com o título: — É um sentimento meio a meio. Ao mesmo tempo em que uma parte minha ficou lisonjeada, por ser uma manifestação popular, esse não é o objetivo do meu trabalho. Não devemos levar isso tão a sério, assim como também não devemos levar a sério as críticas. TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp Morando há sete anos na França com o marido, Petrit Spahija, e os filhos Tomás, de 18 anos, e Nicolas, de 15, Maria Fernanda afirma sentir saudades do Brasil. — Eu sinto muita falta da nossa alegria, do calor humano, da música e da dança. Mas busco aproveitar o melhor de cada lugar. Não existe país perfeito, todos têm seus pontos positivos e negativos — diz. Ao comentar a maternidade, afirma ter vivido várias fases: — Eu comecei como uma mãe muito grudada e sentia que precisava compensar minhas ausências por conta do trabalho. Com o tempo, percebi que precisava aceitar meu papel e minha história. Hoje, meus filhos já cresceram, estão se tornando independentes, e isso é uma nova fase, uma transição que não tem fórmula pronta. Estamos sempre aprendendo. Galerias Relacionadas Maria Fernanda Cândido com o marido, Petrit Spahija, e os filhos Reprodução/Instagram Initial plugin text
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