Mais uma rede francesa decide boicotar produtos brasileiros; carne, suínos e aves deixarão de ser importados

Varejista Les Mousquetaires, dono das marcas Intermarché e Netto, diz que decisão visa apoiar comunidade agrícola da França, que vem fazendo protestos no país Mais um varejista francês aderiu ao boicote a produtos do Mercosul. O grupo Les Mousquetaires, dono das marcas Intermarché e Netto, publicou em seu site um comunicado afirmando que "em apoio ao mundo agrícola, se comprometeu a não vender carne bovina, suína e de aves de países da América do Sul". O boicote é mais amplo que o anunciado pelo Carrefour nesta semana. Na quarta-feira, o CEO da rede francesa, Alexandre Bompard, divulgou nota em uma rede social assumindo o compromisso para "não vender qualquer carne do Mercosul". Neste caso, não havia menção a aves ou suínos e a suspensão foi restrita aos países do bloco e não toda a América do Sul, como disse o Les Mousquetaires. Na nota, o Les Mousquetaires também se comprometeu a "eliminar a carne de países do Mercosul de seus pratos processados de marca própria" e informou que mudará a cadeia de suprimentos dessas matérias-primas. Disse ainda que vai solicitar aos fabricantes de marcas nacionais que apliquem o mesmo nível de apoio aos agricultores franceses e que se sejam mais transparentes sobre a origem das matérias-primas que usam, indo além da simples indicação “origem da UE” ou “origem fora da UE” até agora indicada. De acordo com o Les Mousquetaires, que tem lojas em França, Bélgica, Polônia e Portugal, a decisão segue compromissos assumidos pelo grupo em 4 de novembro deste ano para apoiar a agricultura francesa. Os produtores rurais do país estão fazendo protestos e bloqueando estradas desde segunda-feira. Eles se opõem ao acordo Mercosul-União Europeia, por temerem a competição com produtos sul-americanos. Na quarta-feira, o ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro, disse que há "uma ação orquestrada de companhias francesas" para suspender as importações de produtos do Mercosul. - Estão querendo arrumar algum pretexto para que a França não assine e continue com a posição contra a finalização do acordo Mercosul-UE. Era mais bonito e legítimo, só manter a posição contra, mas não precisava ficar procurando pretexto naquilo que não existe - disse ao GLOBO. Matéria em atualização

Nov 22, 2024 - 11:53
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Mais uma rede francesa decide boicotar produtos brasileiros; carne, suínos e aves deixarão de ser importados

Varejista Les Mousquetaires, dono das marcas Intermarché e Netto, diz que decisão visa apoiar comunidade agrícola da França, que vem fazendo protestos no país Mais um varejista francês aderiu ao boicote a produtos do Mercosul. O grupo Les Mousquetaires, dono das marcas Intermarché e Netto, publicou em seu site um comunicado afirmando que "em apoio ao mundo agrícola, se comprometeu a não vender carne bovina, suína e de aves de países da América do Sul". O boicote é mais amplo que o anunciado pelo Carrefour nesta semana. Na quarta-feira, o CEO da rede francesa, Alexandre Bompard, divulgou nota em uma rede social assumindo o compromisso para "não vender qualquer carne do Mercosul". Neste caso, não havia menção a aves ou suínos e a suspensão foi restrita aos países do bloco e não toda a América do Sul, como disse o Les Mousquetaires. Na nota, o Les Mousquetaires também se comprometeu a "eliminar a carne de países do Mercosul de seus pratos processados de marca própria" e informou que mudará a cadeia de suprimentos dessas matérias-primas. Disse ainda que vai solicitar aos fabricantes de marcas nacionais que apliquem o mesmo nível de apoio aos agricultores franceses e que se sejam mais transparentes sobre a origem das matérias-primas que usam, indo além da simples indicação “origem da UE” ou “origem fora da UE” até agora indicada. De acordo com o Les Mousquetaires, que tem lojas em França, Bélgica, Polônia e Portugal, a decisão segue compromissos assumidos pelo grupo em 4 de novembro deste ano para apoiar a agricultura francesa. Os produtores rurais do país estão fazendo protestos e bloqueando estradas desde segunda-feira. Eles se opõem ao acordo Mercosul-União Europeia, por temerem a competição com produtos sul-americanos. Na quarta-feira, o ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro, disse que há "uma ação orquestrada de companhias francesas" para suspender as importações de produtos do Mercosul. - Estão querendo arrumar algum pretexto para que a França não assine e continue com a posição contra a finalização do acordo Mercosul-UE. Era mais bonito e legítimo, só manter a posição contra, mas não precisava ficar procurando pretexto naquilo que não existe - disse ao GLOBO. Matéria em atualização

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