Mãe de Ágatha Felix desabafa após júri absolver PM pela morte da filha: 'muita tristeza, indignação, mentiras e revolta'
Criança foi baleada em incursão no Complexo do Alemão em setembro de 2019 Após a absolvição do PM Rodrigo José de Matos Soares no 1º Tribunal do Juri do Rio na última madrugada, Vanessa Sales Félix, mãe de Ágatha Félix — morta em 2019 durante incursão da Polícia Militar —, usou as redes sociais para desabafar sobre o resultado e a sentença. Por 4 votos a 3, os jurados entenderam que o policial disparou o tiro que matou a menina de 8 anos, mas sem intenção e o absolveram. Ela afirma que irá recorrer da sentença. A Justiça deste país é lamentável, mas a Justiça de Deus não vai falhar', diz tia sobre absolvição de PM que matou a pequena Ágatha Deputada Lucinha: Órgão Especial do TJRJ mantém condenação à prisão e perda de mandato ; recurso de defesa foi rejeitado "08 de novembro de 2024, o dia mais massacrante da minha vida e da minha família. Foram 10 horas que tivemos que submeter e reviver o pior dia da minha vida. No final a sentença: Ele atirou, sim, porém o absolvemos. (Júri popular - 4X3). Um cenário de muita tristeza, indignação, mentiras e de revolta para mim, família e todos aqueles que choraram ainda choram conosco nesses 5 anos de espera. Para mim ele já está condenado desde do dia 20 de setembro de 2019 e isso nunca vai mudar. Porém, para os homens eles os absolveram. Mas como quem eu creio é maior que tudo que há, não desistiremos e recorreremos. Não posso deixar de acreditar que é o tempo de Deus e que há um propósito maior. A força de um injustiçado é maior do que um absolvido. Conversei com Deus e como Ele sempre esteve e estará comigo irei me reerguer. Reafirmo a vontade do Senhor é boa perfeita e agradável e assim eu vou vencer. Provérbios 19:21 "Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor". Em Colossenses 3:25, está escrito que quem cometer injustiça receberá injustiça de volta, sem favoritismo. Em Salmos 5:4-6, está escrito que o Senhor não gosta de injustiça e não tolera o mal, por menor que seja", escreveu Vanessa em sua conta. Censo 2022: Rio tem oito das dez favelas com mais apartamentos do Brasil; Rocinha é comunidade mais vertical A morte de Ághata Agatha estava em uma kombi com a mãe, quando foi baleada nas costas por estilhaços de uma bala de fuzil . Segundo os moradores, PMs atiraram contra uma moto que passava pelo local com dois ocupantes.Uma das balas ricocheteou em um poste atingindo criança. Urbanismo: Prefeitura quer mudar Plano Diretor para permitir novo hospital em Botafogo Na época, a PM informou que, por volta das 22h daquela noite, soldados lotados na UPP Fazendinha foram atacados em várias localidades da comunidade ao mesmo tempo e que policiais revidaram. A versão foi desmontada posteriormente. Decisão revolta avô Os advogados da família anunciaram que vão recorrer da sentença. O Ministério Público também tem a intenção de recorrer. Em entrevista à GloboNews logo após o resultado, a avô de Ágatha, Ayrton Félix, se mostrou revoltado com o desfecho. — Pergunta a ela (a Vanessa, mãe de Agatha) onde está minha neta! Não está com a gente, está debaixo da terra. Porque o policial deu um tiro nas costas da minha neta. Matou. Aí se espera cinco anos para ver essa decisão? — indignou-se Ayrton. À saída do prédio do Tribunal de Justiça, no Centro do Rio, o avô deu entrevista ao G1: — É minha neta, não é qualquer uma não. Nós moramos na favela, no morro, mas somos dignos, trabalhadores, queremos respeito. Respeito, não queremos policial despreparado que atira na minha neta. Pergunta a minha filha onde tá a única filha dela agora? Não está aqui com a gente, está debaixo da terra — completou Ayrton. ''Eu quero respeito', disse mãe após a sentença No momento da sentença. Vanessa se mostrou inconformada. — Eu quero respeito à minha dor pela morte da minha filha — disse Vanessa, dirigindo-se ao PM, que ficou de cabeça baixa, no banco dos réus, como mostraram imagens da TV Globo. Antes do início do julgamento, Vanessa dizia esperar que o acusado fosse condenado: — Eu estou com um mix de emoções. Ansiedade, tristeza, euforia… Tudo ao mesmo tempo. Mas com esperança de que a Justiça seja feita. Acredito na Justiça. Réu pela morte da menina Ágatha Félix, o PM Rodrigo José de Matos Soares é julgado após cinco anos Gabriel de Paiva /; Agência O Globo No depoimento à corte, Vanessa relembrou o dia da morte da filha. Ela relatou que a kombi havia parado para deixar passageiros quando os tiros foram disparados. Ágatha chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. ''Aconteceu um barulho que parecia uma bomba e ela gritando 'mãe, mãe, mãe'. Eu falando 'filha, calma'. Até hoje, quando eu chego em casa, tenho aquele sentimento de que algo está faltando", contou Vanessa. No julgamento, os PMs que participaram da operação sustentaram a versão de que uma dupla em uma moto passou atirando, o que foi contestado por testemunhas de acusação e por uma perícia feita pela polícia civil.
Criança foi baleada em incursão no Complexo do Alemão em setembro de 2019 Após a absolvição do PM Rodrigo José de Matos Soares no 1º Tribunal do Juri do Rio na última madrugada, Vanessa Sales Félix, mãe de Ágatha Félix — morta em 2019 durante incursão da Polícia Militar —, usou as redes sociais para desabafar sobre o resultado e a sentença. Por 4 votos a 3, os jurados entenderam que o policial disparou o tiro que matou a menina de 8 anos, mas sem intenção e o absolveram. Ela afirma que irá recorrer da sentença. A Justiça deste país é lamentável, mas a Justiça de Deus não vai falhar', diz tia sobre absolvição de PM que matou a pequena Ágatha Deputada Lucinha: Órgão Especial do TJRJ mantém condenação à prisão e perda de mandato ; recurso de defesa foi rejeitado "08 de novembro de 2024, o dia mais massacrante da minha vida e da minha família. Foram 10 horas que tivemos que submeter e reviver o pior dia da minha vida. No final a sentença: Ele atirou, sim, porém o absolvemos. (Júri popular - 4X3). Um cenário de muita tristeza, indignação, mentiras e de revolta para mim, família e todos aqueles que choraram ainda choram conosco nesses 5 anos de espera. Para mim ele já está condenado desde do dia 20 de setembro de 2019 e isso nunca vai mudar. Porém, para os homens eles os absolveram. Mas como quem eu creio é maior que tudo que há, não desistiremos e recorreremos. Não posso deixar de acreditar que é o tempo de Deus e que há um propósito maior. A força de um injustiçado é maior do que um absolvido. Conversei com Deus e como Ele sempre esteve e estará comigo irei me reerguer. Reafirmo a vontade do Senhor é boa perfeita e agradável e assim eu vou vencer. Provérbios 19:21 "Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor". Em Colossenses 3:25, está escrito que quem cometer injustiça receberá injustiça de volta, sem favoritismo. Em Salmos 5:4-6, está escrito que o Senhor não gosta de injustiça e não tolera o mal, por menor que seja", escreveu Vanessa em sua conta. Censo 2022: Rio tem oito das dez favelas com mais apartamentos do Brasil; Rocinha é comunidade mais vertical A morte de Ághata Agatha estava em uma kombi com a mãe, quando foi baleada nas costas por estilhaços de uma bala de fuzil . Segundo os moradores, PMs atiraram contra uma moto que passava pelo local com dois ocupantes.Uma das balas ricocheteou em um poste atingindo criança. Urbanismo: Prefeitura quer mudar Plano Diretor para permitir novo hospital em Botafogo Na época, a PM informou que, por volta das 22h daquela noite, soldados lotados na UPP Fazendinha foram atacados em várias localidades da comunidade ao mesmo tempo e que policiais revidaram. A versão foi desmontada posteriormente. Decisão revolta avô Os advogados da família anunciaram que vão recorrer da sentença. O Ministério Público também tem a intenção de recorrer. Em entrevista à GloboNews logo após o resultado, a avô de Ágatha, Ayrton Félix, se mostrou revoltado com o desfecho. — Pergunta a ela (a Vanessa, mãe de Agatha) onde está minha neta! Não está com a gente, está debaixo da terra. Porque o policial deu um tiro nas costas da minha neta. Matou. Aí se espera cinco anos para ver essa decisão? — indignou-se Ayrton. À saída do prédio do Tribunal de Justiça, no Centro do Rio, o avô deu entrevista ao G1: — É minha neta, não é qualquer uma não. Nós moramos na favela, no morro, mas somos dignos, trabalhadores, queremos respeito. Respeito, não queremos policial despreparado que atira na minha neta. Pergunta a minha filha onde tá a única filha dela agora? Não está aqui com a gente, está debaixo da terra — completou Ayrton. ''Eu quero respeito', disse mãe após a sentença No momento da sentença. Vanessa se mostrou inconformada. — Eu quero respeito à minha dor pela morte da minha filha — disse Vanessa, dirigindo-se ao PM, que ficou de cabeça baixa, no banco dos réus, como mostraram imagens da TV Globo. Antes do início do julgamento, Vanessa dizia esperar que o acusado fosse condenado: — Eu estou com um mix de emoções. Ansiedade, tristeza, euforia… Tudo ao mesmo tempo. Mas com esperança de que a Justiça seja feita. Acredito na Justiça. Réu pela morte da menina Ágatha Félix, o PM Rodrigo José de Matos Soares é julgado após cinco anos Gabriel de Paiva /; Agência O Globo No depoimento à corte, Vanessa relembrou o dia da morte da filha. Ela relatou que a kombi havia parado para deixar passageiros quando os tiros foram disparados. Ágatha chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. ''Aconteceu um barulho que parecia uma bomba e ela gritando 'mãe, mãe, mãe'. Eu falando 'filha, calma'. Até hoje, quando eu chego em casa, tenho aquele sentimento de que algo está faltando", contou Vanessa. No julgamento, os PMs que participaram da operação sustentaram a versão de que uma dupla em uma moto passou atirando, o que foi contestado por testemunhas de acusação e por uma perícia feita pela polícia civil.
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