Bebe água do Guandu? Adriana Calcanhotto fala da questão ambiental em sua obra e conta que tem nascente e filtro de barro em casa
Convidada do videocast 'Conversa vai' conversa vem', do GLOBO, compositora, que já criticou a quantidade de lixo nos oceanos e a pesca ilegal de baleias em seu trabalho, afirma que espécie humana destruindo o planeta parece 'erva de passarinho': 'Dá um cansaço' Em entrevista à jornalista Maria Fortuna no videocast 'Conversa vai, conversa vem', a cantora e compositora gaúcha Adriana Calcanhotto falou sobre a questão ambiental, que sempre marcou a sua obra. Ela, que já criticou a quantidade de lixo nos oceanos e a pesca ilegal de baleias, disse que anda um pouco cansada diante da atitude da Humanidade em relação ao planeta: - Temos microplástico na corrente sanguínea. Quando criança, eu ouvia falar que se não tomássemos atitudes certas, não ia dar tempo. Já aconteceu - alerta. A artista, que está lançando o disco "O quarto", de seu heterônimo infantil Partimpim, afirma que tem preferido comunicar sua preocupação com a Terra às crianças: - A geração que vai ouvir Partimpim agora não tem mais escolha. Tem obrigação de sobreviver. O país está em chamas, continua o desmatamento. Como vai fazer com a água? Uma das respostas do porque fazer Partimpim é: por que falar de meio ambiente com adultos, que têm toda a informação disponível? Trabalhar para adultos dá esse cansaço. Não é mais possível dizer que não há informação - lamenta. - A inteligência, anos atrás, era considerada um jeito de lidar com informações, como você joga com as informações que tem. Hoje, a ideia de inteligência é ter informações. Mas isso não é inteligente. Do ponto de vista da espécie, se temos as informações e não fazemos nada, somos, tipo, erva de passarinho. Pornografia, terapia sexual: Assista à entrevista de Carmo Dalla Vecchia no 'Conversa vai, conversa vem' Juliana Paes: 'Não conheço uma mulher que não tenha sofrido abuso' A jornalista quis saber se Adriana bebe água do Rio Guandu, que abastece a cidade do Rio de Janeiro. - Não, bebo água do alto da Boa Vista filtrada num filtro de barro. É um dos motivos pelos quais moro lá. Tem macaco, tucano. Preciso da mata. Tenho árvores que Suzana (de Moraes, cineasta e companheira de Adriana, morta em 2015) plantou, que o Wally Salomão (poeta, que morreu em 2003) deu. Ipês, palmeiras. Vejo elas crescendo. Não tem fuligem. Só tenho problemas urbanos quando desço para o asfalto. Vejo a cidade sendo maltratada, pessoas poluindo, campanhas vendendo ideias de petróleo, de combustível fóssil, tudo atrasado. Na mata, me sinto no tempo presente. No restante da entrevista, Adriana destrincha "O quarto", novo disco da Partimpim, seu heterônimo infantil lançado na última quinta-feira (10). Show, Partimpim só voltará a fazer em 2025, quando Adriana retornar de temporada na Universidade de Coimbra, Portugal, onde pesquisará a inteligência artificial na composição. Mas, antes disso, Adriana faz (como Adriana mesmo) apresentação com a Orquestra Sinfônica Brasileira no Projeto Aquarius no Rio, dia 2 de novembro. Vai cantar ao lado da baiana Luedji Luna.
Convidada do videocast 'Conversa vai' conversa vem', do GLOBO, compositora, que já criticou a quantidade de lixo nos oceanos e a pesca ilegal de baleias em seu trabalho, afirma que espécie humana destruindo o planeta parece 'erva de passarinho': 'Dá um cansaço' Em entrevista à jornalista Maria Fortuna no videocast 'Conversa vai, conversa vem', a cantora e compositora gaúcha Adriana Calcanhotto falou sobre a questão ambiental, que sempre marcou a sua obra. Ela, que já criticou a quantidade de lixo nos oceanos e a pesca ilegal de baleias, disse que anda um pouco cansada diante da atitude da Humanidade em relação ao planeta: - Temos microplástico na corrente sanguínea. Quando criança, eu ouvia falar que se não tomássemos atitudes certas, não ia dar tempo. Já aconteceu - alerta. A artista, que está lançando o disco "O quarto", de seu heterônimo infantil Partimpim, afirma que tem preferido comunicar sua preocupação com a Terra às crianças: - A geração que vai ouvir Partimpim agora não tem mais escolha. Tem obrigação de sobreviver. O país está em chamas, continua o desmatamento. Como vai fazer com a água? Uma das respostas do porque fazer Partimpim é: por que falar de meio ambiente com adultos, que têm toda a informação disponível? Trabalhar para adultos dá esse cansaço. Não é mais possível dizer que não há informação - lamenta. - A inteligência, anos atrás, era considerada um jeito de lidar com informações, como você joga com as informações que tem. Hoje, a ideia de inteligência é ter informações. Mas isso não é inteligente. Do ponto de vista da espécie, se temos as informações e não fazemos nada, somos, tipo, erva de passarinho. Pornografia, terapia sexual: Assista à entrevista de Carmo Dalla Vecchia no 'Conversa vai, conversa vem' Juliana Paes: 'Não conheço uma mulher que não tenha sofrido abuso' A jornalista quis saber se Adriana bebe água do Rio Guandu, que abastece a cidade do Rio de Janeiro. - Não, bebo água do alto da Boa Vista filtrada num filtro de barro. É um dos motivos pelos quais moro lá. Tem macaco, tucano. Preciso da mata. Tenho árvores que Suzana (de Moraes, cineasta e companheira de Adriana, morta em 2015) plantou, que o Wally Salomão (poeta, que morreu em 2003) deu. Ipês, palmeiras. Vejo elas crescendo. Não tem fuligem. Só tenho problemas urbanos quando desço para o asfalto. Vejo a cidade sendo maltratada, pessoas poluindo, campanhas vendendo ideias de petróleo, de combustível fóssil, tudo atrasado. Na mata, me sinto no tempo presente. No restante da entrevista, Adriana destrincha "O quarto", novo disco da Partimpim, seu heterônimo infantil lançado na última quinta-feira (10). Show, Partimpim só voltará a fazer em 2025, quando Adriana retornar de temporada na Universidade de Coimbra, Portugal, onde pesquisará a inteligência artificial na composição. Mas, antes disso, Adriana faz (como Adriana mesmo) apresentação com a Orquestra Sinfônica Brasileira no Projeto Aquarius no Rio, dia 2 de novembro. Vai cantar ao lado da baiana Luedji Luna.
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