Após ‘Tour da propina’, PM aprimora sistema de câmeras
Estão previstos alerta e punição a agentes que sabotarem equipamentos. Promotor adianta que outra investigação será instaurada Após a investigação da “Tour da propina”, que levou à prisão 22 agentes da Polícia Militar que extorquiam dinheiro de 54 comerciantes de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o sistema de câmeras será aprimorado, como informou o comando da Polícia Militar ao “Fantástico”. A denúncia do Ministério Público do Rio contra os PMs — todos presos — revelou que para recolher o “arrego” (propina), agentes tentavam manipular as filmagens das câmeras de uso obrigatório nos uniformes. Segundo o comando da PM, um sinal de alerta será emitido se um policial tentar vedar ou retirar a câmera, com posterior punição. 'Tour da propina': toque da sirene de viatura era sinal para que comerciantes levassem o dinheiro da extorsão para os PMs 'Não tem como olhar dez mil policiais': agente preso por 'tour da propina' ironiza fiscalização de câmera corporal Para não haver registro da prática dos crimes, os agentes viravam as câmeras para o lado, tapavam a lente com as mãos, retiravam o equipamento, largavam dentro da viatura ou até mesmo nas bases policiais. Num dos flagras, um policial deixa a câmera jogada em cima de uma bancada por mais de duas horas, tempo usado para extorquir dinheiro. — O investimento que o governo do estado está fazendo no aprimoramento do sistema vai permitir que, com essa nova contratação, se um policial tentar tapar a câmera ou retirá-la será emitido um alerta para os nossos mecanismos de controle e certamente a gente punirá esses maus policiais — disse o coronel Marcelo de Menezes, comandante da Polícia Militar do Rio, em entrevista ao programa da TV Globo. Ainda segundo o comandante da PM, as imagens causaram "indignação". — Eu quero reafirmar aqui que a Polícia Militar do Rio de Janeiro é composta de homens e mulheres dignos, que trabalham todos os dias para proteger a população. A gente entende que essa ocorrência é um recado para os maus policiais de que eles não vão ficar impunes — advertiu. Ao “Fantástico”, o promotor Paulo Roberto Cunha Junior, do Ministério Público, adiantou que outra investigação foi instaurada para analisar eventuais responsabilidades do comando do batalhão: — Tudo é grave nessa situação. Muito embora alguém possa dizer que não existe violência nem grave ameaça, eram policiais militares, agentes do Estado usando o equipamento do Estado num momento de serviço para praticar crime.
Estão previstos alerta e punição a agentes que sabotarem equipamentos. Promotor adianta que outra investigação será instaurada Após a investigação da “Tour da propina”, que levou à prisão 22 agentes da Polícia Militar que extorquiam dinheiro de 54 comerciantes de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o sistema de câmeras será aprimorado, como informou o comando da Polícia Militar ao “Fantástico”. A denúncia do Ministério Público do Rio contra os PMs — todos presos — revelou que para recolher o “arrego” (propina), agentes tentavam manipular as filmagens das câmeras de uso obrigatório nos uniformes. Segundo o comando da PM, um sinal de alerta será emitido se um policial tentar vedar ou retirar a câmera, com posterior punição. 'Tour da propina': toque da sirene de viatura era sinal para que comerciantes levassem o dinheiro da extorsão para os PMs 'Não tem como olhar dez mil policiais': agente preso por 'tour da propina' ironiza fiscalização de câmera corporal Para não haver registro da prática dos crimes, os agentes viravam as câmeras para o lado, tapavam a lente com as mãos, retiravam o equipamento, largavam dentro da viatura ou até mesmo nas bases policiais. Num dos flagras, um policial deixa a câmera jogada em cima de uma bancada por mais de duas horas, tempo usado para extorquir dinheiro. — O investimento que o governo do estado está fazendo no aprimoramento do sistema vai permitir que, com essa nova contratação, se um policial tentar tapar a câmera ou retirá-la será emitido um alerta para os nossos mecanismos de controle e certamente a gente punirá esses maus policiais — disse o coronel Marcelo de Menezes, comandante da Polícia Militar do Rio, em entrevista ao programa da TV Globo. Ainda segundo o comandante da PM, as imagens causaram "indignação". — Eu quero reafirmar aqui que a Polícia Militar do Rio de Janeiro é composta de homens e mulheres dignos, que trabalham todos os dias para proteger a população. A gente entende que essa ocorrência é um recado para os maus policiais de que eles não vão ficar impunes — advertiu. Ao “Fantástico”, o promotor Paulo Roberto Cunha Junior, do Ministério Público, adiantou que outra investigação foi instaurada para analisar eventuais responsabilidades do comando do batalhão: — Tudo é grave nessa situação. Muito embora alguém possa dizer que não existe violência nem grave ameaça, eram policiais militares, agentes do Estado usando o equipamento do Estado num momento de serviço para praticar crime.
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